domingo, 7 de novembro de 2021

Eduardo Bolsonaro é concursado?

Bom, não é novidade para qualquer pessoa em sã consciência que viva atualmente sobre a Terra de Santa Cruz que o atual Presidente da República é completamente inapto em termos intelectuais, com seu vocabulário completamente limitado, bem como sua total dificuldade em entender a realidade e filtrar informações, ao compartilhar fake news absolutamente bizarras.

Mas e sua família perseguidora de servidores públicos, que há indícios de que adora uma rachada com assessor comissionado e viver encostada no Estado através de cargos eletivos, será que também padece de limitação intelectual?

Creio que sim, tivemos diversos episódios indicativos disso e o Twitter de Eduardo Bolsonaro per se é uma verdadeira máquina de produzir pérolas em escala industrial.

Pra ficar numa pérola ilustrativa, essa fora do Twitter, temos este episódio de 2019, digno de ser cena de um filme de comédia, no qual o sr. Deputado Federal Eduardo Bolsonaro apresenta dúvidas quanto a grafia das palavras bilionário e trilionário, indagando se elas possuem a letra "H".

Bom, dito isso, uma coisa que me deixa perplexo é saber que esse tal Eduardo Bolsonaro é concursado como escrivão da Polícia Federal. Ainda que este não seja lá dos cargos mais difíceis da estrutura federal, não é o tipo de coisa em que qualquer idiota é aprovado.

Eduardo Bolsonaro fez o concurso público em 2010, claro que há cerca de 11 anos os concusos não estavam neste nível de dificuldade surreal em que se encontram hoje em dia.

É o tipo de coisa pra deixar qualquer um perplexo, na lista de aprovados, Eduardo Bolsonaro aparece na posição 154º na primeira etapa, confira na imagem:


154º dentre quantos inscritos? Segundo documento da Cespe, foram 51444.

O primeiro colocado fez  111.87 pontos.


14 comentários:

  1. "Eduardo Bolsonaro fez o concurso público em 2010, claro que há cerca de 11 anos os concursos não estavam neste nível de dificuldade surreal em que se encontram hoje em dia." - falou tudo. Se compararmos questões daquela época com as de hoje em dia a diferença é brutal. E as questões de antes de 2010 só servem cono exercício de fixação. As dos anos 90, então, parecem de revistinha de passatempo para crianças.
    Você acha que a nota de corte nos concursos top (fiscais, AGU, CGU, MP, etc) aumentou ou diminuiu? Porque a dificuldade das questões nos leva a crer que diminuiu, mas eu acho que aumentou.
    O que você acha?

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    1. Faz sentido, Mago, nunca havia parado pra pensar sobre isso, mas concordo com vc, ora, se as provas estão bem mais difíceis, com certeza há o efeito de puxar as notas pra baixo, o que a primeira vista gera o fenômeno de fazer parecer que na verdade foram as notas que pioraram.

      Realmente as questões estão num nível cada vez mais absurdo, bem como os candidatos estão num nível cada vez mais profissionalizado.

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    2. só acompanho (pouco) provas da área jurídica e a única mudança que percebi foi começar a fazer perguntas de informativos (conjunto de julgados) de tribunais, o que aumentou o tempo de estudo pra poder decorar mais textos.

      na prática, isso apenas gera mais questões estilo "caso concreto"

      eventualmente, há alguma novidade (algum conceito novo importado de algum autor estrangeiro ou apenas um novo nome pra um conceito antigo)

      todas essa perguntas convivem ao lado de perguntas medianas que foram repetidas nos últimos 10-15 anos...

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    3. pra vc ter uma ideia, lá em 2011 fiz e passei numa prova de analista para um tribunal federal.

      umas das perguntas era um prazo de determinado recurso.

      depois que entrei em exercício, parei num órgão onde batendo um papo com um colega que já tinha mais 15 anos de casa, ele me disse que na prova dele caiu a mesma pergunta.

      ____________________________________________________________________________________________

      caramba, esse negócio de achar que concurso tá cada vez mais surreal só faz sentido pra quem começou a estudar ontem

      a maioria das perguntas são simplesmente recicladas

      "é um oceano de informação com um metro de profundidade"

      ressalto, fiz a prova em 2011 e era bastante disputada

      simplesmente, os concursos já chegaram há muito tempo no mais alto grau de dificuldade e se mantiveram. estão estacionados nesse grau de dificuldade há décadas

      não tem como ficar mais difícil, só tem como aumentar a quantidade de matérias;

      e mesmo que aumente a quantidade de matérias, não aumentam a quantidade de perguntas por prova (não há provas com 1000 perguntas e, se houvesse, não faria muita diferença)

      no final, é apenas uma questão de memorização

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    4. Scant, data venia, tendo a discordar, já peguei provas de concursos do inicio dos anos 90 mais ou menos da época do seu colega e devo dizer que o nível de dificuldade delas é simplesmente ridículo, acho que vc comparou uma questão coincidentemente em comum com seu colega, mas como é sabido no campo da estatística, o especifico nem sempre é representativo do todo e que sua história anedótica, embora valiosa, pode não ser indicativa geral da realidade. Sem falar que embora as questões tenham perguntando o mesmo prazo, talvez tenham o feito de forma diferente.

      Poderia até concordar que o nível de dificuldade entre meados de 2010 e 2020 talvez não seja tão diferente assim, mas nunca estudei muito o assunto a fundo.

      O ideal seria fazer uma analise quantitativa da relação candidato x vaga no período, bem como da evolução da nota de corte, tendo como amostragem diversas provas. Além de qualificar o grau de dificuldade de questões selecionadas.

      Abraço.

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    5. "provas de concursos do inicio dos anos 90" eu nunca falei que a dificuldade era a mesma do começo dos anos 90.
      eu falei algo como "meados dos anos 90"

      resumindo:

      em meados dos anos 90 a dificuldade começou a aumentar e em algum momento entre 95 e 2010 chegou num limite.

      não tem como ficar mais dificil anos após anos

      se fosse assim, ninguem passava

      a dificuldade estacionou há anos e agora é mais do mesmo, com mínimas variações

      abs!

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  2. "claro que há cerca de 11 anos os concusos não estavam neste nível de dificuldade surreal em que se encontram hoje em dia." sou concurseiro dessa epoca e não vejo mudança.

    concurso só era facil em parte da decada de 90.

    abs!

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  3. CC,
    Além do cara saber resolver questões de concurso, ele tem que adotar estratégias para resolver rápido, pois a quantidade de questões vem aumentando, sua complexidade também. Porém o tempo de prova é o mesmo. Por exemplo, já tive que deixar de resolver uma determinada questão que sabia, mas que tomava muito tempo.
    Abraço!

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  4. A dificuldade das provas acompanham o realidade social do momento. Concurso sempre foi difícil. O que acontece hoje é que tem-se mais acesso, então os examinadores são obrigados a acompanhar o desenvolvimento social e cultural dos estudantes. Antigamente ninguém sabia sequer o nome de um MINISTRO do STF. Hoje me dia....

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    1. Bem observado, Diogo, o acesso facilitado a informação possibilitou a melhora geral da população como um todo, grande abraço.

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  5. Outra: antigamente os concursos eram mais setorizados. Explico: pobre só fazia PM, Guarda, assistente adm. de PRefeitura, enfim. Poucos estavam preparados para TJ, TRF, TRE. Magistratura, Promotoria, Auditoria eram para as classes médias. Hoje qualquer um pode disputar concursos com quem estuda em escola particular de ponta. Basta um pouco de dinheiro e dedicação, muita dedicação. Lembrando que antigamente as provas tinham nível médio de escolaridade de ensino médio. Hoje os caros de nível médio são de nível superior.

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    1. " pobre só fazia PM, Guarda, assistente adm. de PRefeitura, enfim." isso não mudou

      "Poucos estavam preparados para" tb não mudou

      "qualquer um pode disputar concursos com quem estuda em escola particular de ponta." sim, mas quase ninguem disputa pq demanda muito tempo livre + muita grana

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas