quarta-feira, 30 de maio de 2018

Imprensa de massas, redes sociais e a cobertura da "greve" dos caminhoneiros

O quarto poder na cobertura da "greve" dos caminhoneiros

Não é novidade para ninguém que a mídia de massas fora muito criticada pelos apoiadores do movimento dos caminhoneiros, isso porque a cobertura que a grande mídia, seja ela imprensa ou televisiva, possuía certa tendencia contrária ao movimento, centralizando sua oposição no argumento que a sociedade seria muito prejudicada pela falta de abastecimento e posteriormente - após o governo atender a demandas corporativistas dos caminhoneiros - a critica voltou-se para o fato que tal atendimento aos interesses particulares destes profissionais prejudicaria a sociedade como um todo, afinal o tesouro seria prejudicado e  o pagamento sairia, é claro do nosso bolso.

Esse é o resumo da Ópera até aqui.

Devo dizer que concordo com estes dois pontos elencados pelos veículos de imprensa, o que está coerente com meu pensamento e quem acompanha o "Carreira de Concurseiro" já conhece minha posição politica.

Acho que a paralisação faria muito mais sentido e teria o apoio de absolutamente todos, inclusive meu e da própria imprensa de massas se a pauta do movimento fosse mais abrangente, por exemplo, exigindo o corte de privilégios dos politicos e marajás do alto escalão dos três poderes. Claro que a briga seria maior e a greve estaria bem longe de acabar, mais o apoio seria quase que irrestrito e inclusive a população poderia se juntar em grande parte ao movimento.

A população, em contrapartida, apoiou fortemente a greve entendendo que teria benefícios financeiros a curto prazo - baixa no preço do combustível - sem entender - ou querer entender - que a Petrobrás e todos nós sairíamos prejudicados após está concessão. 

A imprensa criticou porque os repórteres, articulistas, editores etc. sabiam que o resultado seria esse, sabiam que eles mesmos seriam prejudicados, o governo poderia atender as demandas, mas jamais cortaria na própria carne, e caberia a sociedade cobrir o rombo.

Bom, depois desta semana, acho que os amigos esquerdistas vão 
ter que achar outra pessoa para "xingar" de "neoliberal

A inegável proliferação de Fake News nas redes sociais

Ao passo que os apoiadores do movimento criticaram duramente a cobertura feita pelos grandes veículos de comunicação, pude notar uma certa sacralização daquela informação perpassada de forma, digamos, amadora, nas redes sociais, sem checagem de fontes, pesquisa ou mesmo mero bom senso mesmo, na hora de compartilhar determinada informação ao toque de um botão.

Muitas vezes tenho a impressão que a pessoa possui ciência que a informação é falsa, mas, compartilha mesmo assim, eu sei la por qual razão.

Tomemos por exemplo o seguinte caso muito divulgado nas redes sociais:


Ao me deparar com uma informação destas eu tenho duas opções: pesquisar e confirmar ou sair divulgando por aí sem questionar qualquer aspecto da informação.

A imagem é por certo impressionante, mas uma breve pesquisa nos mostra que na verdade é a um frame retirado da filmagem de um engarrafamento gigantesco na China, como essa reportagem do britânico The Thelegraph indica.

Ou isso ou curiosamente tem muito asiático na Alemanha.

Em resumo, não consigo entender a critica a possíveis manipulações nos grandes jornais, quando nas redes sociais o fake news é descarado e ninguém demonstra se importar muito.


Os estatistas ainda tem mais força e palavra final.

Por fim um breve comentário sobre o fato de que, apesar de minha empolgação, uma das coisas que este evento mostrou é que os entusiastas de um Estado mais ineficiente e menos custoso ainda parecem poucos.

Sobre essa questão, recomendo a leitura deste artigo.

Pedro Parente: O ocaso de um liberal em terras de estatistas.
Acho que desta semana ele não passa no comando da Petrobrás.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Por que pessoas inteligentes muitas vezes falham?

Muitas pessoas de sucesso são bastante inteligentes.

Mas... Muitas pessoas inteligentes nunca atingem o sucesso.

Por que não?

Não é o tipo de pergunta que podemos responder com um mero sim ou não, mas eu tenho algumas teorias a respeito do tópico:

Elementos inerentes ao próprio individuo 

Preguiça - Talvez este seja o arqui-inimigo do inteligente e o pior de tudo é que muitas vezes é um inimigo não reconhecido. De modo que pessoas inteligentes tendem a ser preguiçosas, como possuem facilidade na escola, por exemplo, não tem a possibilidade durante a adolescência/ infância de aprender a se esforçar, o que pode ser prejudicial na vida adulta. De modo que um idiota esforçado pode muitas vezes superar um inteligente preguiçoso, por exemplo, se você é inteligente mas presta um concurso sem estudar corre o risco de ser superado por pessoas com habilidades cognitivas limitadas que estudaram para o certame, principalmente e claro na parte mais conteudista da prova, o detalhe é que o inteligente pode se dar bem com bem menos tempo de estudo, mas sua preguiça o impede.

Esperando reconhecimento e respeito


Na escola, as pessoas inteligentes recebem muitos elogios pelo quão bons e espertos elas são. Na realidade, ninguém dá a mínima para suas notas. Você é pago pelo que faz e pelo valor do que produz. Se seu amigo idiota é - por exemplo - advogado formado em uniesquina, enquanto você é digamos... Professor de educação básica, então seu amigo idiota possivelmente vai ganhar mais do que você, porque o diploma e emprego dele são melhores, ainda que ele seja um idiota e você seja inteligente.

Obter uma nota boa em um teste escolar não melhora a vida de ninguém e a sociedade não te dará nada so porque você é inteligente, raramente alguém até poderá cumprimentar pela inteligência, masss, convenhamos, massagem no ego não paga as contas e se bobear é muito mais fácil ser cumprimentado por coisas fúteis como altura ou pegar mulher do que por ser inteligente.

Não percepção da própria inteligência - pessoas inteligentes são cientes de seu potencial? Do que podem alcançar aplicando sua capacidade? As vezes, mas não sempre. Vide o que eu escrevi no posto sobre o efeito Dunning Krueger.


Elementos sócio-culturais

Sistema educacional falho - Moramos em uma país onde o sistema educacional falha com os seus discentes, professores de baixa qualidade não conseguem - ou mesmo não querem - ensinar. O aluno inteligente acaba ficando à mercê de um sistema que não o motiva. Mas, nem somente o ensino básico prejudica os mais desenvolvidos, o nível superior também é afetado, por exemplo, existe uma lei federal absurda que entrou em vigência em 2009 a qual impede que um mesmo discente curse mais de uma faculdade pública ao mesmo tempo, o que prejudica o individuo que tem capacidade para tal.

Cultura da não valorização do inteligente - No Brasil e em grande parte do mundo ocidental a inteligencia e o conhecimento parecem não ser valorizados e/ ou estimulados. Na nossa cultura laboral por exemplo, ser falastrão acaba contando bem mais do que ser um profissional técnico, competente, habilidoso etc. 






Bom, estes são alguns pontos que consegui pensar no momento. Pessoalmente me identifico muito principalmente com o primeiro, por sorte tenho amadurecido e identificado meu erro - antes tarde do que nunca. 

Ser inteligente para mim é, além de facilidade em resolver problemas, ter também facilidade em adquirir novos conhecimentos e adquirir habilidades (bem como aplicar tais conhecimentos e habilidades) e foi mais ou menos com esta definição em mente que escrevi o texto acima.


sábado, 5 de maio de 2018

Ser Cristão


Embora a popularidade - por assim dizer - da Bíblia pareça estar em declínio no mundo ocidental considero essa obra seminal como guia para o exercício de uma vida produtiva para a sociedade e para si próprio.

Digo, ainda que você seja ateu ou agnóstico não deveria negar a importância da Bíblia como guia de comportamento ético, ainda que retirando o aspecto transcendente da coisa, por assim dizer.

Ao ler determinados trechos bíblicos, costumeiramente me pego espantado com a atemporaneidade de muitas passagens. Embora, reconheça sim que algumas passagens podem ser vistas como inadequadas nos dias de hoje.

Algumas coisas boas que retiro da Bíblia para aplicação cotidiana:


Ética no trabalho

A critica a figura do preguiçoso e a exaltação do trabalho são comuns no meu livro favorito do antigo testamento: provérbios. Deste modo, procuro sempre ser um excelente profissional em meu trabalho, sem reclamar de serviço. Isso é bom para a sociedade que ganha com meu trabalho e é bom inclusive para mim, que me sinto mais completo bem como posso acabar ganhando o reconhecimento de forma financeira - ainda que este não seja o objetivo central da coisa. Imagine que sociedade maravilhoso seria, se não houvessem preguiçosos e todos estivessem sempre disponíveis e ansiosos por ajudar o próximo. Melhor para a economia, melhor para a sociedade, melhor para o individuo.

Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também

Isso me ajuda muito no dia a dia, principalmente em debates, seja na internet, seja na vida real. Quando alguém vem me repreender por qualquer motivo de forma agressiva procuro manter a tranquilidade e incentivar o diálogo produtivo, o que com certeza me ajuda muito na vida cotidiana.


Por enquanto só vou apontar estas duas questões, procurarei falar mais sobre o assunto em outras oportunidades.


Dica de filme


Para encerrar gostaria de indicar um filme muito bom relacionado a este assunto: Cruzada (2005) do genial diretor Ridley Scott. O filme narra a história de Baliam, um cavaleiro que viaja para Jerusalem no século XII. A rigidez ética do protagonista é inspiradora, para dizer o mínimo, algo bem diferente dos chamados anti heróis aparentemente tão populares nos dias de hoje. "Que homem é homem que nao vive para fazer do mundo um lugar melhor!?" Confira!



Pera... antes de terminar... nada a ver com o post em si, mas tem algo me incomodando neste poster de Cruzada. Vamos consertar isso.


Melhorou.


Página no facebook sobre teologia cristã.


Aquila non capit muscas