Esse fato foi tão bizarro, que após meses parado resolvi ressuscitar o blog para falar muito brevemente sobre ele.
Se você acompanhou o noticiário essa semana, deve ter lido aquela sobre o procurador de MG que chamou de miserê o seu salário liquido de 24k mensais, se você não ouviu o áudio, recomendo fortemente que clique nesse link e o faça agora, a coisa dura cerca de três minutos e é simplesmente hilária, não da pra saber se o cara acredita mesmo em sua narrativa ou se é pura atuação.
Transcrevo a seguir um trecho da pérola:
"Sou perdulário porque pago R$ 4.500 de condomínio e IPTU por mês. Eu, ao longo da carreira, quis ter mais condição. Infelizmente não tenho origem humilde, não sou acostumado com tanta limitação. Talvez seja até mal visto. Aqui tá cheio de gente que diz que nós somos perdulários, que ganhamos muito, que nós é que temos que economizar. Gente que não gasta um centavo. Só vive economizando. Não é um, não é dois nem três".
Quer dizer, o ilustre procurador, além de tudo ainda critica os colegas que economizam, que vivem dentro de um orçamento, como se estes estivessem errados! Mais uma razão para acreditar que esse cara não deve estar falando sério.
Definitivamente eu não critico o procurador por sua ganância, nada contra querer ganhar mais, mas por favor, o faça fora do Estado, poderia ter economizado parcelas significativas dos salários volumosos que ganhou ao longo de décadas e posteriormente ter investido, se tivesse feito isso quem sabe neste instante a renda de procurador seria até secundária.
Mas ainda não acabou, vamos a cereja desse bolo de merda, como você talvez tenha lido no link do site da Gazeta que eu passei, o pessoal do G1 pesquisou os rendimentos do procurador no portal de transparência e descobriu que o camarada, somando todos os benefícios e indenizações, ganhou, em média, mas de 60k mensais ao longo dos últimos sete meses!
Nessas horas vemos que muitos servidores públicos de nosso país estão completamente fora da realidade.
Como vemos, parece faltar senso critico a muito servidor público, que aparenta não ter ciência que o dinheiro gasto com suas remunerações é oriundo do pagador de impostos e poderia ser muito melhor aplicado em infraestrutura ou até mesmo reduzido, visando posteriormente uma baixa na nossa carga tributária, que já é bem alta.
