segunda-feira, 16 de abril de 2018

Sobre o privilegio de morar perto do trabalho

Imagino que isso seja bem mais difícil de conseguir para quem mora em cidades grandes por conta do alto valor dos imóveis nas áreas onde a maior parte da força laboral está, mas em cidades de médio porte como a minha aluguéis no centro podem ser encontrados a preços aceitáveis o que me garante um micro luxo moderno que é morar perto ao trabalho.

Com uma breve caminhada de 10 minutos já chego ao prédio onde trabalho, parece bobo de minha parte valorizar tanto isso, mas alguém como eu que em certa época da vida precisou fazer um translado de ônibus diário de média de 2h (para ida e volta) sabe o valor de morar próximo ao trabalho.

Quando precisava pegar transporte público para o meu emprego anterior, posso afirmar categoricamente que a viagem casa-emprego me estressava mais do que o trabalho em si. E foi uma das razões para eu ter pedido exoneração mais cedo do que deveria e consequentemente tendo ficado alguns meses desempregado em 2017.

Meu velho arqui inimigo, o transporte público

Além do tempo que perdia, havia também a questão do inferno que é frequentar transporte público no Brasil: Veículos lotados e desconfortáveis. Paradas intermináveis que multiplicam em muito o tamanho de uma viagem... felizmente, como não tinha jeito e eu precisava utilizar ônibus todos os dias, acabei me adaptando a realidade, sempre baixava um filme para assistir, ou caso estivesse estudando, assistia videos relacionados a matéria do concurso.


quinta-feira, 5 de abril de 2018

Jogando com suas cartas


"Life is not a matter of holding good cards but of playing a poor-hand well." ~ Robert Louis Stevenson.

Uns dias atrás ouvi um conhecido meu dizer algo que me deixou um tanto pensativo - e levemente irritado até. Como por razões pessoais vocês sabem que não exponho minha identidade por aqui, não posso informar o nome do protagonista de meu post, então o identificarei por dois adjetivos que resumem bem a personalidade e o estilo de vida do mesmo: vamos com "vagabundo cachaceiro". Não me levem a mal os cachaceiros, eu mesmo me considero muito bom de copo - com toda a modéstia a parte. De modo que o segundo adjetivo pode nem sempre ser necessariamente uma critica, exceto quando acompanhado do primeiro adjetivo... Digo, eu não me importo de sair pra beber em alta frequência, desde que não prejudique minha vida acadêmica, profissional, familiar etc. Se bem que nos últimos meses cortei bem a birita... 

... mas, isso é assunto pra outro post, olha só, me deem um teclado na mão e eu começo a divagar, e tem blogueiro com preguiça de manter blog, estes posts de causos pessoais são muito fáceis de se escrever, difícil é escrever posts que precisam de pesquisa... opa, divaguei de novo... vamos ao que me levou a escrever hoje.

O que acontece é que 

um terceiro amigo meu começou uma faculdade de Direito recentemente e tem se mostrado animado com o curso, tanto é que em meio a uma mesa de bar tentou persuadir o vagabundo cachaceiro a entrar no curso de direito. O problema, prontamente apontado pelo Vagabundo Cachaceiro é que ele não tem dinheiro e nem ninguém para pagar pela cara faculdade, bem como não consegue passar num vestibular para faculdades públicas de direito.

Pensando sobre este ocorrido, creio que uma solução para o Vagabundo cachaceiro sair da situação em que se encontra seria entrar em uma faculdade mais fácil de se passar e, posteriormente, com o novo trunfo conquistado conseguir um emprego melhor e assim ter condições de entrar na sua sonhada faculdade de direito. 

Isso é claro é só uma, dentre muitas soluções que ele poderia criar, podem não ser as soluções ideias, mas são as cartas que ele tem para jogar agora enquanto não consegue cartas melhores. Uma faculdade fácil de entrar iria conceder ao sr. vagabundo cachaceiro uma nova carta e a possibilidade de conquistar outras. Na vida deve-se jogar de modo estratégico, sempre atuando com as cartas que se tem em mãos nos momento. Alguns já nascem com os ases, mas os desperdiçam, outros os conquistam no meio do caminho. 


O que não pode é estagnar e achar que você tem que morrer com as cartas que começou, porque isso aqui não é póquer, isso é a vida real e o jogo de cartas a que me refiro é só uma metáfora.

🃏🃁🃋🃍🂽🂡




Aquila non capit muscas