Memórias de um desempregado - Introdução
Quando passei no concurso para o cargo que exerço atualmente eu estava trabalhando em uma prefeitura de uma cidadezinha do interior.
Como eu gastava muito tendo que voltar a minha cidade natal todo santo fim de semana - pois não aguentava ficar longe da família e dos amigos e a vida naquela cidadezinha me deixava entediado - além do fato de que eu não via possibilidade de crescimento na prefeitura em que estava, pois embora fosse ótimo profissional, o fator político não demonstrava interesse em me possibilitar aumento financeiro, resolvi então tomar uma medida arriscada: pedir exoneração e voltar a morar em minha cidade natal em tempo integral enquanto aguardava convocação no concurso em que obtive aprovação - e que pagava (bem) melhor.
Pedindo exoneração
Procurei ser bastante discreto. Não havia avisado ninguém que pediria exoneração, apenas o fiz no dia, fiz isso principalmente para evitar uma festinha de despedida e toda a falsidade que viria com a mesma, na qual eu deveria fazer cara de que me importava em me despedir de todos os colegas, e sinceramente eu sou um péssimo ator para este tipo de coisa - principalmente as segundas-feiras.
Eu gostava sim de alguns colegas de trabalho, mas eram minoria, não que eu não gostava dos outros, era apenas indiferente.
Ingenuamente acreditava que o meu chefe comissionado iria negociar a minha não saída, me ofertando uma gratificação para realizar novas atividades ou algo assim, mas isso não aconteceu, o que sinceramente me decepcionou um pouco, afinal, acho que bons funcionários não caem do céu e deve-se lutar para preserva-los, mas o que estou dizendo? Estou no Brasil! Isso não vale no Brasil.
Enfim.
Semana 1
O plano era simples, eu tinha uma reserva de emergência guardada do último emprego a qual usaria com cautela enquanto aguardava a convocação. Como fui morar com meus pais, economizar dinheiro se tornou algo muito fácil de se fazer, embora eu odeie qualquer forma de parasitismo financeiro e por conta disso procurava ajudar com o pouco que podia naquele momento.
Filho desempregado = Pais nervosos
Foi justamente essa minha natureza não parasitária que me impeliu a buscar empregos provisórios no setor privado.
Para isso usei como principais ferramentas sites de empregos ou total ou parcialmente gratuitos. Dentre os quais destaco o vagas.com, o Infojobs e o SINE.
De cara vi que as opções eram muito escassas na cidade de médio porte em que me encontrava. Me perguntava se a maioria e as melhores vagas não eram anunciadas na internet, mas no boca a boca, temia também o famigerado Q.I. (quem indica) para conseguir um emprego privado no Brasil.
Mas eu não iria desistir sem lutar, me inscrevi até para cargos como porteiro. Não estou desdenhando, uso o "até" por conta de minha condição de pós-graduado que naquele momento já tinha uma vaga garantida e procurava emprego tendo em mente que não ficaria sequer dois ou três meses no cargo.
Bom, vou deixar mais pensamentos sobre minhas aventuras procurando emprego no setor privado para outros posts, bem como falarei de meu tempo livre enquanto desempregado, como o utilizava, inclusive para estudar para concursos.
Este aqui vou fechar por aqui.
:)
P.S.: Perdões se há erros gramaticais e/ou de digitação no texto acima, editei tudo isso num Cel. e ainda vou rever o texto assim que possível.