domingo, 4 de dezembro de 2016

Concursos mais fáceis no Paraná?

A Consulplan é a banca responsável pela realização do concurso do TRF da 2ª Região-2016, concurso no qual realizarei, concorrendo em dois cargos. Não obstante, qualquer concurseiro que se preze sabe que uma ótima forma de se estudar para concursos é responder questões antigas da banca realizadora do certame.

Pois bem, resolvi procurar questões de direito constitucional realizadas pela banca e me deparo com a seguinte:

A Constituição da República Federativa do Brasil, também chamada de Constituição Federal, é a lei fundamental e suprema do país. Ela regula e organiza o funcionamento do estado, limitando poderes e definindo os direitos e deveres do cidadão. A Constituição Federal do Brasil foi promulgada em:  

a) 22 de abril de 1500.
b) 31 de março de 1964
c) 5 de outubro de 1988.
d) 7 de setembro de 1822.
e) 15 de novembro de 1889.

Ta certo que a banca tem fama de ser fácil, mas isso é ridículo. Eu não sabia de cabeça o dia e mês da promulgação da CF, mas, como a maioria das pessoas, sei o ano, e eles colocaram somente uma opção com o ano de 1988, se tivessem posto mais uma, só para confundir... O curioso é que as outras opções correspondem a outras datas marcantes da História do Brasil, o que me leva a pergunta, será que o elaborador achou mesmo que utilizar outras datas marcantes iria confundir algum candidato, ainda que utilizando anos como 1500 e 1889? Ou o elaborador é apenas um fanfarrão? Bom, de qualquer forma isso me inspira a criar uma série de posts aqui no blog, chamarei de "questões de concursos elaboradas por fanfarrões".

A prova foi realizada para o cargo de telefonista para a prefeitura de Cascavel, no Paraná, cidade com 316 226 hab., ou seja, uma cidade de médio porte, pela pequena experiência que tenho em concursos, essa pergunta foi fácil demais.

Agora vem a informação que me deixou estarrecido.

Segundo arquivo disponibilizado no site da Consulplan somente 329 candidatos se inscreveram no concurso, destes, apenas 23 tiraram pelo menos 60 na prova, sendo que o primeiro colocado fechou a prova com meros 75 pontos.

Esse tipo de coisa é difícil de ver aqui no RJ, mesmo em municípios muito menores do que Cascável. Isso significa que os certames no Paraná estão mais fáceis do que aqui?

Partiu Paraná!?


sábado, 3 de dezembro de 2016

Estudando para o TRF da 2ª Região: Direito Previdenciário

Recentemente saiu o edital para o Tribunal Regional Federal - TRF da 2ª Região (RJ e ES). desnecessário dizer que me inscrevi no concurso, digo "desnecessário" porque está é sem dúvidas uma ótima oportunidade para quem, assim como eu, mora no interior do RJ. Afinal, desde o inicio de 2016, quando a tríade INSS, IBGE e MP-RJ lançou concursos com provas mais ou menos na mesma época, que não temos oportunidades de alto nível salarial para o interior fluminense, desnecessário também dizer que essa escassez de concursos provavelmente passará a ser comum daqui pra frente, afinal temos atualmente um executivo federal com características de gestão que se aproximam mais do neoliberalismo econômico... então essa é possivelmente uma rara oportunidade para os concurseiros neste e nos próximos anos.

Me inscrevi em dois cargos, Analista Judiciário sem especialidade e Técnico Judiciário/Sem Especialidade - Área Administrativa, o primeiro é um cargo de nível superior, o segundo - no qual eu pretendo focar meus estudos - é de nível médio.

3/4 da prova objetiva são referentes a direito, não é exagero dizer que alguém que é formado em direito já larga na frente... Também já larga na frente os [bons] candidatos que fizeram o concurso do INSS da CESPE no inicio deste ano - eu não fiz -,afinal está com o Direito Previdenciário 'fresco' na mente. Como já mencionei eu não fiz esse ultimo certame do INSS, optei pelo IBGE, o qual tinha matéria diversa e banca completamente diferente (era FGV, e não CESPE), ou seja, fazer esses dois concursos com datas muito próximas um do outro seria total suicídio. 

Resolvi então começar a estudar, faltando pouco mais de três meses pro dia previsto da prova, que ocorrerá em março de 2017, um ingênuo não iniciado no mundo dos concursos pode dizer que eu comecei a estudar cedo, na verdade comecei bem tarde, se você considerar que tem gente estudando pra esse concurso há mais de  meia década - pelo menos é o que dizem nos grupos do facebook dedicados ao certame.

Resolvi começar a estudar por algo que nunca estudei antes: Noções De Direito Previdenciário. É com menos de uma semana de estudo afirmo que já dei uma geral boa nessa matéria. Não é algo que se diga "nossa, como esse cara ta picão das galáxias em Noções De Direito Previdenciário", mas já dá pro gasto...

Transcrevo a seguir - leia-se ctrl+c ctrl+v - o que o edital pede á respeito do tema:

Seguridade social, previdência social, saúde e assistência social: conceituação, princípios e disposições constitucionais. Lei nº 8.212/1991: Do financiamento da seguridade social, dos contribuintes, da contribuição do segurado, contribuinte individual e facultativo, do salário de contribuição. Lei nº 8.213/1991: Do plano de benefícios da previdência social; dos regimes de previdência social. Do regime geral de previdência social: dos beneficiários, dos segurados, dos dependentes. Dos benefícios: da aposentadoria por invalidez, da aposentadoria por idade, da aposentadoria por tempo de serviço, da aposentadoria especial, do auxílio-doença, do salário família, do salário maternidade, da pensão por morte, do auxílio reclusão, dos pecúlios, do auxílio acidente. Regime de Previdência Complementar: Lei nº 12.618/2012.

Uma coisa que você tem que notar é que esse trecho do edital é muitíssimo similar ao que constava no edital para Analista Judiciário – Área JUDICIÁRIA – SEM ESPECIALIDADE, elaborado pela FCC em 2014:

Seguridade social, previdência social, saúde e assistência social: conceituação, princípios e disposições constitucionais. Lei nº8.212 /1991: Do financiamento da seguridade social, dos contribuintes, da contribuição do segurado, contribuinte individual e facultativo, do salário de contribuição, da arrecadação e recolhimento das contribuições, da modernização da previdência social. Lei nº 8.213/1991: Do plano de benefícios da previdência social: dos regimes de previdência social. Do regime geral de previdência social: dos beneficiários, dos segurados, dos dependentes, das inscrições. Das espécies de prestações. Dos benefícios: da aposentadoria por invalidez, da aposentadoria por idade, da aposentadoria por tempo de serviço, da aposentadoria especial, do auxílio-doença, do salário família, do salário maternidade, da pensão por morte, do auxílio reclusão, dos pecúlios, do auxílio acidente. Do serviço social, da habilitação e da reabilitação profissional, da contagem recíproca de tempo de serviço. 

Exceto nos trechos que destaquei em vermelho, e no fato de que o edital da Consulplan (a banca do TRF2 deste ano) solicita "Regime de Previdência Complementar: Lei nº 12.618/2012", o conteúdo é o mesmo. Portanto essa prova de 2012, embora feita por uma banca diferente, é uma boa pedida para se dar uma olhada e buscar o que foi solicitado em matéria de direito previdenciário.

O que mais me chama a atenção é que ambos os editais solicitam o estudo de "pecúlios", embora tal beneficio tenha sido extinto... Além disso, no fim das contas acabou não sendo cobrado na prova da FCC. Claro que sempre muita coisa prevista no edital acaba ficando de fora d aprova...

Por enquanto é só, farei outras postagens sobre meus estudos para o TRF 2 em breve.


terça-feira, 15 de novembro de 2016

"Cavaleiros do Zodíaco" e Concursos

Bom, vou dar um tempo nos assuntos importantes sobre concursos para tratar de algo mais relevante: "Cavaleiros do Zodíaco".

Creio que esse anime dispense apresentações no Brasil, afinal foi um dos animes mais populares por aqui nos anos 1990, tendo sido apresentado na finada TV Manchete, talvez o melhor "canal aberto" que já tenha existido no Brasil. 

Eu era muito novo nessa época, nasci em 1992, portanto não me lembro muito bem da febre que foi, mas a galera se esquece que posteriormente, já no inicio dos anos 2000 o Cartoon Network também apresentou o anime em seu extinto bloco Toonami e foi aí que eu acompanhei a animação pela primeira vez. Posteriormente a Band também apresentou a saga, na verdade de modo mais completo que a Manchete, pois também apresentou a Saga de Hades, melhor saga do anime em minha humilde opinião e que nem existia na época que a Manchete ainda era "viva".

O fato é que "Cavaleiros do Zodíaco" é meu anime favorito, eu o considero bastante superior inclusive a "Dragonball Z", que parece ser o mais popular no Brasil.

Mas porque demôn**s eu estou falando desse anime aqui nesse espaço dedicado a concursos públicos? Bom, se você é concurseiro e gosta de "Cavaleiros do Zodíaco", eu elaborei uma brincadeira para deixar sua carreira de concurseiro mais divertida, de modo que assim como os cavaleiros no anime, vamos separar cargos dos concursos públicos em diferentes categorias, de acordo com a qualidade do cargo.

Confuso? É, as vezes eu escrevo bem mal... Mas tente acompanhar a seguir minha escala que talvez você me entenderá melhor:


Concurseiro ainda não aprovado = Ainda não conquistou uma armadura


Se você ainda é um concurseiro em inicio de carreira e ainda não foi aprovado em nenhum concurso publico, então é nessa etapa que você se encontra. Ainda não está acostumado a esse ritmo, mas já treina (estuda) arduamente todos os dias para conseguir sua sonhada armadura (cargo público).

Armadura de bronze = cargo público que pague até 3 mil reais



Você estudou muito e conseguiu um cargo público. Mas o cargo ainda não paga muito bem e alguns amigos seus que são escravos empregados na iniciativa privada ainda podem te zoar por ganharem pouco mais que você, ainda que se matando de trabalhar de segunda a Sábado e com risco de demissão a qualquer momento. Assim como um cavaleiro de Bronze, você tem um emprego que lhe agrada, mas ainda está longe de estar satisfeito, pois ainda não atingiu seu pleno potencial. A maioria das armaduras de Bronze são encontradas em cargos de todos os níveis, principalmente no poder público municipal em pequenos municípios do interior.

Armadura de Fênix = cargo público que pague até 3 mil reais, mas que seja bastante tranquilo


Assim como a armadura de Fênix é um caso a parte no anime, por ser bem mais poderosa que uma armadura de bronze comum (apesar de também ser classificada como uma armadura de bronze), neste tipo de emprego, apesar de ganhar mal, você tem pouco serviço e consequentemente mais tempo e mais potencial para conseguir uma armadura (emprego) melhor.

Armadura de Prata = Cargo que paga entre 3 mil e 10 mil reais


Acho que aqui já deu pra entender a minha ideia. A maioria das armaduras de prata são encontradas em cargos que exijam pelo menos nível médio nos âmbitos estaduais e federal. Em muitos casos, já fica quase impossível os seus amigos da iniciativa privarem te zoarem pelo seu emprego, ainda que tenham trabalhado meio século na mesma empresa. Muitos cavaleiros (concurseiros) se acomodam nesse nível e perdem o interesse de atingir o seguinte.

Armadura de Ouro = Cargo que paga entre 10 mil e 30 mil reais



Impossível encontrar um cargo deste nível que exija apenas o nível fundamental. A esmagadora maioria pede pelo menos nível Superior, com algumas raras exceções que exigem nível médio, como em concursos do Congresso Federal. Se você tem um cargo destes nem perde tempo lendo blogs sobre como passar em concursos. Está muito ocupado tomando champanhe em uma cobertura Zona Sul do Rio. Geralmente você só consegue um  cargo destes após muitos anos de treinamento árduo e possivelmente antes de conquistar uma armadura de ouro passou por uma de prata e/ou uma de bronze.

Armadura de Ouro Divina= Cargo que paga mais de 30 mil reais



Bom, esse aqui é realmente absurdamente difícil de atingir, é preciso ter um nível de dedicação absurdo  e mesmo inimaginável em seu treinamento (estudo). São raríssimos os cargos públicos que pagam mais de 30 mil, a maioria dos que fazem isso nem exigem concurso, como no caso de Ministros do STF.


Bom, é isso, evidentemente que dentro de um mesmo nível há armaduras (cargos) mais fracos ou fortes por diversas razões, também existem cargos no setor privado que não pertencem a essa mesma hierarquia (marinas, espectros e guerreiros deuses), além também dos cargos terceirizados em repartições públicas (cavaleiros negros), mas eu teria que ser muito atoa para discorrer sobre isso agora, já deu minha hora.

Mas e você, que tipo de armadura possui atualmente?


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O perigo da zona de conforto para um concurseiro


Como meus pais não são ricos eu não posso depender deles para me sustentar durante anos para que eu possa ficar apenas estudando para passar em concursos picas da Galáxia, que paguem mais de 10 mil mensais, desse modo eu tenho um plano de vida bem simples enquanto concurseiro: ir estudando aos poucos, ganhando experiência, trabalhando em cargos públicos que não pagam muito bem mas que me possibilitem estudar para outros cada vez melhores, daí o nome do blog "Carreira de concurseiro". Sem dúvidas eu não sou a única pessoa na História dos concurseiros a traçar essa estratégia.

Mas aí pode surgir um dilema no meio do caminho, me refiro ao fato de que alguns concurseiros passam em concursos medíocres, que pagam menos que 4 mil mensais, mas se acomodam, param de estudar em busca de novas oportunidades e resolvem ficar a vida toda no mesmo emprego medíocre. Isso senhores é simplesmente deprimente - além de ser um estilo de vida muito chato.

Posso dar uns exemplos que conheço pessoalmente para ilustrar melhor o que eu quero dizer. Tenho uma amiga (vamos chamá-la de Carol) que é assistente administrativa em uma faculdade publica estadual - a UERJ - empreguinho tranquilo, apesar de não paga muito é o suficiente para ela se manter, já que não tem família para sustentar, porém é claro que está longe de ser o melhor que o serviço público pode oferecer, não é o emprego dos sonhos da Carol (ainda bem). Ela já trabalha la há uns oito anos, nesse meio tempo concluiu um mestrado e iniciou um doutorado - ela já era graduada quando começou no emprego, além disso ela segue estudando e prestando outros concursos melhores. Como podem ver a Carol não é acomodada, mas os colegas dela - que passaram no mesmo concurso da Carol - são, outros assistentes administrativos, almoxarifes e demais ocupantes de cargo de ensino médio na mesma instituição que a Carol nunca mais estudaram depois que passaram no concurso, se acomodaram em uma zona de conforto da qual aparentam não planejar sair.

Nesse ponto eu lhes pergunto, caros leitores, o que leva uma pessoa a ficar acomodada num emprego medíocre que chutando alto não deve pagar mais do que 4 mil mensais? Eu não criticaria os colegas da Carol se tentassem e falhassem, mas o que me deixa extremamente puto é ver caras com um emprego tranquilo, o qual lhes proporciona tempo livre - além de estressar pouco - abrindo a possibilidade de estudarem para concursos melhores. Como alguém pode se acomodar tão fácil? Eu tenho um amigo que é acomodado sendo escrivão da polícia civil, mas ainda posso entender, agora assistentes administrativos de uma facul estadual? Será que eles estão satisfeitos com o que atingiram? Acham que alcançaram todo o seu potencial? Não da pra entender, é simplesmente decepcionante, para não dizer revoltante.

Bom, eu não estou desdenhando desse tipo de emprego da Carol, somente quero alertar que ele deve ser apenas utilizado como transição e não como ponto final de uma carreira de concurseiro.

domingo, 13 de novembro de 2016

É uma boa ideia beber um energético antes de um concurso?




Bom, taí algo que eu costumo fazer antes de realizar uma prova de concurso, ou mesmo na faculdade quando eu tinha provas de manhã e acordava de ressaca, no caso da faculdade o energético era bom para me deixar em estado de alerta. Já quanto aos concursos, mesmo naqueles em que eu não estava de ressaca, procurei beber energético pois supus que me ajudaria a manter o foco e não cansar, graças a grande quantidade de cafeína que bebidas como RedBull, TNT e Monster possuem.

Eu acho que funciona para mim, mas pesquisando na internet sobre essa estratégia de concurseiro - pensei até que fosse algo muito comum de se fazer no âmbito dos concurseiros - fiquei surpreso ao descobrir que na verdade beber esse tipo de bebida antes da prova não é algo indicado de se fazer.

De modo geral o que  dizem sobre beber tais bebidas antes de uma prova é que estas irão dar-lhe uma sensação artificial de alerta. Elas vão impedir que você seja capaz de se concentrar em sua prova, de recordar informações importantes, e de desenvolver raciocínios de qualidade. 

Fiquei surpreso ao constatar tais informações pois nas ocasiões em que bebi energético para a realização de provas eu acho que a bebida havia me ajudado.

Entretanto, estou certo de que bebidas energéticas não lhe dão capacidade extra de raciocinar ou milagrosamente ajudam a resolver problemas de matemática. Não são como poções mágicas que ajudam a memorizar ou entender as coisas mais facilmente. 

Um funcionário público liberal é um hipócrita?


Ok, vou admitir. Eu tenho estado na folha de pagamento do governo por quase toda a minha vida adulta. Como um pai zeloso, o gigantesco Estado brasileiro me alimentou, me vestiu e possibilitou que eu perpetuasse minha honrada bem como sagrada gelada de fim de semana com os amigos. O poder público foi bom para mim.

Trabalhei pouco no setor privado, mas ainda assim pude notar uma série de grandes diferenças na filosofia, mentalidade e supervisão entre os setores privado e público. Ainda assim, apesar de tudo que recebi do Estado, eu me considero defensor de uma economia de teor liberal. Um concurseiro Liberal!? Isso mesmo, permitam-me explicar minha posição.

Além da corrupção em todos os setores da administração pública escancarada graças a Operação Lava Jato, podemos destacar um outro fator que explica  a crise econômica que acomete nosso país atualmente: má gestão pública. Me refiro ao total amadorismo demonstrado por nossos governantes nos últimos anos, que não souberam aproveitar a bonança ocasionada pelo boom das commodities dos anos 2000, os recursos financeiros obtidos foram quase que completamente direcionados ao aumento de despesa com pessoal e os investimentos públicos em infra estrutura são quase que nulos. Isso ocorreu no Brasil todo, embora hajam casos de destaque - como a gestão do Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, a qual ocasionou a crise que vemos agora.

Juízes ganham mais de 4 mil reais somente de auxílio moradia, isso é uma completa incoerência para um país que tem uma saúde pública de qualidade ridícula onde muitas vezes faltam os remédios mais básicos. Mas este é apenas um exemplo dentre muitos que eu poderia elencar, um fato que fica claro é que os salários pagos aos funcionários públicos brasileiros são quase sempre completamente surreais, de modo que um servidor público recebe muito mais daquilo que fornece em troca para a sociedade.

Não consigo pensar em outra solução para os problemas do Brasil que não seja a diminuição deste Estado inchado, corrupto e incompetente. Sim, eu sou favorável a uma política econômica liberal por parte do Estado, e ao mesmo tempo sou concurseiro e funcionário público. Seria hipocrisia de minha parte?

De modo algum, eu apenas estou dançando conforme a música, não apoio a forma atual do Estado brasileiro, mas isso não me impede de fazer parte dele, afinal se eu não ocupar meu cargo outra pessoa necessariamente terá de fazê-lo, e quem sabe até essa pessoa possa ser algum funcionário público que não tenha a minha ética no trabalho, que não se esforçaria como eu faço para atender a sociedade, sabe, um daqueles arquétipos que passa a tarde jogando paciência no pc.

Eu procuro ser um ótimo funcionário público, ético e eficiente, porém não é difícil constatar que eu devo ser minoria no meio, portanto o ideal para o Brasil seria optar por um caminho liberal.

A tão falada PEC 241 que se aprovada limitará os gastos públicos nos próximos vinte anos é um ótimo começo como ferramenta de diminuição do gigantismo do Estado brasileiro...

Por enquanto é só, ainda não sou rico, então sigo na luta nessa minha carreira de concurseiro.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Concurso de Alerj e valores abusivos em inscrições

Há algumas semanas a Alerj - Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - abriu dois editais de concurso público pela FGV - Fundação Getúlio Vargas. Um dos editais, o de procurador, não me interessava, não pelo salário, superior aos 30 mil mensais, mas sim pelo fato de que exigia formação em Direito. E tragicamente eu não sou formado em Direito - em um post futuro gostaria de escrever mais sobre essa questão do quão é desastroso para um concurseiro de vinte e poucos anos não ser formado em Direito. No momento gostaria de me dedicar a outra questão e ela está relacionada a um segundo edital lançado pela Alerj junto com o edital para procurador.

Nesse edital, que previa diversos cargos de nível superior havia uma posição que era liberada para formados em qualquer área de nível superior, ou seja, válido para bacharéis, tecnólogos e licenciados em QUALQUER curso de nível superior. Pode ser numa Uniesquina ou numa Federal pica das galáxias, pode ser educação física, bem como pode ser medicina. QUALQUER uma. Fiquei feliz, pois eu tenho uma graduação e poderia concorrer ao referido cargo.

Mas aí veio UM problema...


Ou 118 problemas para ser mais exato. 118R$. Era esse o valor da inscrição no concurso.

Infelizmente nas ultimas semanas eu tive alguns gastos bastante inesperados, como por exemplo um exame médico de 400R$ que tive que realizar. E simplesmente não consegui, por mais que me esforça-se, desprender 118R$ de meu orçamento para poder me increver no concurso.

Eu queria muito realizar o concurso mais fui impedido com esse valor altíssimo da inscrição. Tenho certeza que, assim como eu, muitos outros bons candidatos acabaram impossibilitados de se inscrever devido a esse valor.

Nessas horas vemos a emergência que uma legislação que regulamente os concursos nesses aspectos, para que bancas não cobrem valores abusivos impedindo que concurseiros realizarem provas em decorrência de questões financeiras.

Por hora deixo uma dica para os leitores concurseiros. Vocês precisam criar um fundo de emergência dedicado a concursos públicos. Se você é concurseiro então precisa guardar pelo menos um décimo de seu salário todo mês para criar um fundo de reserva EXCLUSIVO para realizar concursos, principalmente para pagar inscrições, mas também gastos com transporte para realizar a prova e  (porque não) inclusive gastos pequenos, como lanche a ser consumido no dia na prova e compras de canetas esferográficas em corpo transparente, das cores azul e preta.

Espero que nos próximos meses eu consiga juntar (13º vem aí) um fundo de emergência para concursos de pelos menos uns 500R$ e nunca mais passar por essa decepção que é querer fazer um concurso mas não poder devido a questões financeiras.   :/

Por enquanto é isso, continuo na luta. É ganhar 20 mil mensais no serviço público ou ganhar na loteria. 


Abraços.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Direito: o melhor diploma que um concurseiro pode ter


Se por um acaso muito grande você tem uns 17 ou 18 anos e chegou a este blog, está iniciando a carreira de concurseiro agora e ao mesmo tempo escolhendo um curso de nível superior para estudar, não vacile e siga minha dica: faça Direito.

Trata-se do melhor diploma que um concurseiro pode ter, afinal os melhores salários do setor público são para pessoas formadas na área, além do que concursos para formando em Direito nunca faltam.


Mas e a tão falada saturação...

Esse argumento dos contrários a realização do curso é um clichê. De fato, Direito é um curso super saturado, na verdade, segundo a própria OAB existem mais cursos superiores de Direito no Brasil do que em todos os outros países do  mundo junto! Mas você que é concurseiro profissional ou ainda em inicio de carreira não deve se espantar com esse número absurdo de formados na área. Afinal a maioria dos formandos em Direito é de qualidade medíocre. Eu te garanto, a maioria desses formandos e formados em direito são de baixa qualidade, não estudam muito e sequer passam no exame da OAB.

E por falar em exame da OAB...

Justamente pelo número absurdo de faculdades de direito existentes em território nacional que a OAB faz o temido exame da Ordem, para restringir o número de profissionais no mercado e não saturá-lo ainda mais. Em média, pelos menos 80% dos que realizam a prova - olha que tem muito formado que nem se arrisca a fazê-la - não conseguem a aprovação. Vamos jogar com esse percentual 80% - lembrando que muitas vezes é superior -, a primeira vista parece um número elevado, desafiador, mas se você é um concurseiro experiente então não deve temer esses 80%, afinal onde achará um concurso público que ganhe razoavelmente bem, digamos pelo menos uns 5 mil mensais, e que ao mesmo tempo o número de vagas corresponda a 20% (100% - 80%) dos inscritos? Nessa perspectiva o exame da Ordem não parece mais tão temido, não é mesmo. Eu mesmo tenho amigos que nem são lá muito estudiosos e conseguiram aprovação em tal exame de primeira, ainda por cima disseram que é uma prova fácil.

Mas e se a faculdade for uma Uniesquina?

Se por alguma razão você não conseguir fazer uma facul de Direito pública (que é o ideal), ou pagar caro em uma faculdade particular de alta qualidade, terá então que se matricular em uma das infames uniesquinas, faculdades particulares de baixa qualidade que proliferam feito praga pelos quatro cantos do Brasil, ainda por cima recebendo auxilio estatal através de bolsas públicas fornecidas pelo governo federal (mas isso é outra estória, matéria para outro post). Afinal, vale a pena estudar numa dessas uniesquinas somente para pegar o diploma de Direito e fazer concursos que pagam bem? Meu palpite é que sim, mas só de você tiver plena ciência de que a faculdade que cursa é de baixíssima qualidade e só está la pelo diploma que lhe abrirá portas em diversos concursos de alto nível.

O ideal para quem tem tempo e dinheiro é cursa Direito numa Uniesquina já tendo outra faculdade completa, assim estará mais acostumado a estudar por conta própria.

Bom, por enquanto é isso, ainda não ganhei na loteria, mas também não passei num concurso público pica das galáxias, então sigo na luta.

Abraços.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Os bons e os maus no funcionalismo público

Frequentando diversos redutos da internet sobre o assunto vida de concurseiro, pude constatar em comentários ou em textos mais complexos, uma verdadeira falácia calcada em preconceito sobre os chamados concurseiros, ou seja, indivíduos que passam horas a fio estudando e são fortemente dedicados a passar em concursos públicos cada vez melhores e mais concorridos.

O que se fala sobre esses indivíduos é que seriam futuros parasitas de nosso dinheiro público, sem comprometimento algum para com a(s) estatal(is) onde viriam a trabalhar e só iriam ao trabalho, conquistado após muita luta - para bater cartão e coçar o sac*. Contra evidências não há argumentos, não vou mentir que isso é uma análise justa e eu mesmo defendo uma diminuição do tamanho do Estado, seja em salários, seja na privatização de empresas públicas e de sociedades de economia mista; Os correio mesmo são exemplo de serviço de péssima qualidade, além do que esse ano deram prejuízo ao Estado. Forte candidato a privatização, já estando na mira de Michel Temer.

Em defesa dos concurseiros

Entretanto nem todos os concurseiros caem nessa análise arquétipa feita por muitos, entenda, muitos concurseiros - e eu sou um deles -, justamente por terem se esforçado bastante para conseguirem seu emprego dos sonhos, quando chegam a conquistá-lo não marcam bobeira e se dedicam como podem. O que ocorre é que há sim muitos funcionários ruins em estatais, a maioria não concursados, que receberam seu emprego de mão beijada, ou mesmo alguns concursados anti éticos. Essa minoria infelizmente acaba virando um clichê aos olhos daqueles que observam a situação. E assim a exceção vira a regra.


Concurseiros, muitas das vezes, são indivíduos bastante inteligentes e esforçados - os de sucesso pelo menos - que por alguma razão simplesmente não conseguem no setor privada boas oportunidades e desse modo acabam enxergado no concurso público a única possibilidade de mobilidade social nessa maldita economia brasileira onde reina o apadrinhamento politico, seja no setor público, seja no setor privado.

Por isso cara leitor, meça suas palavras antes de criticar a instituição do concurso público, a qual se encaixa perfeitamente na sociedade brasileira, como uma forma de combate a colocação de imbecis em bons empregos simplesmente porque são parentes ou conhecidos de algum fulaninho.


Bem vindos ao "Carreira de Concurseiro"


Sejam todos bem vindos ao "Carreira de Concurseiro", neste blog pretendo contar todas as minhas experiências relacionadas ao mundo dos concurseiros.

Não irei revelar meu nome neste site por questões de segurança, mas posso dizer alguns pontos gerais sobre mim.

Sou formado na área de humanas em uma faculdade federal do estado do Rio de Janeiro, com a recente crise que se abateu sobre o Brasil recentemente (malditos petistas) me vi desempregado em um mercado de trabalho muito concorrido e cruel com o jovem com pouca experiência profissional no currículo. Percebi então o quanto eu era vulnerável a crise.

Eu simplesmente não consigo boas oportunidades no setor privado, além do que não quero estar em um emprego no qual eu esteja ganhando pouco e ao mesmo tempo não me sentir realizado. Sem falar na forte carga de importância que um bom Q.I (quem indica) tem na seleção de empregos no setor privado, afinal vivemos no país que é ligado a cultura do toma la da cá, do apadrinhamento, ou seja, do fulaninho conseguir bom emprego não por competência, mas sim porque conhece fulaninho. Na verdade vemos isso até no setor público, graças aos inúmeros cargos comissionados e contratados que tiram boas oportunidades de excelentes profissionais concurseiros. 

Desse modo cheguei a conclusão que somente conseguirei um bom emprego - não digo nem ótimo, me restrinjo ao "bom" mesmo - se eu for funcionário público. 

Na verdade já sou, estou em meu terceiro cargo público, trabalho 30 horas por semana e é um emprego interessante, que me desafia (sim, eu sou da geração Y), porém ganho muito mal, portanto estou a procura de algo novo, de modo que nunca pretendo me acomodar, sempre buscarei um emprego cada vez melhor no qual eu ganhe mais, daí o nome do blog "Carreira de concurseiro".

Quem me conhece pode até me chamar de hipócrita por ser concurseiro, pois defendo uma politica mais liberal por parte do Estado no âmbito econômico, infelizmente não é o que vemos no Brasil, portanto devemos procurar dançar conforme a música.

Bom, por enquanto é isso, continuarei escrevendo mais sobre minhas experiências como concurseiro, como concursado e dando dicas relacionadas a concursos, como bons editais lançados, técnicas de estudo, estilo das bancas etc. 


Aquila non capit muscas