segunda-feira, 18 de maio de 2020

Tempos sombrios: Os comissionados são loucos?

O momento é de alerta.

A crise econômica que já se avizinha será cruel, talvez até pior do que no pior ano de Dilma, temos que nos preparar.

Infelizmente, o brasileiro não possui uma cultura de poupança e dessa forma, o brasileiro médio, o minimo denominador comum, não está preparado para a crise que virá.

Penso que o Estado, em interesse próprio, deveria ofertar aulas de finanças pessoais para tentar construir uma cultura de poupança e de investimento. Preparando o seu cidadão para momentos ruins, não para esta, mas para as próximas crises, elas virão, elas sempre chegam...

Agora a sorte já esta lançada, funcionários públicos talvez estejam a priori mais protegidos do que empregados do setor privado, mas fato é que muitos servidores públicos não se protegem financeiramente, acreditando que o pagamento sempre estará la, vivem de contracheque em contracheque, às vezes até fazendo empréstimos consignados.

Nossos salários estarão congelados por 18 meses, perderemos poder de compra sem reajustes até dezembro de 2021. 

Quem ganha gratificação, sempre esteve refém de uma eventual canetada de um gestor carrasco, o medo sempre foi mais irracional do que concreto, agora é diferente, a perde de uma gratificação é real.

Tempos difíceis, o servidor que se preparou, deverá sair da crise em boa forma, embora abalado, o servidor farrista, se enrolará para pagar suas dividas, já severas em tempos de bonança, minha pena é quando este tipo de canalha tem família, os filhos não tem culpa que os pais sejam inaptos na gestão financeira pessoal.

Os comissionados são loucos!?

E o comissionado então: Seu carguinho nunca foi certo, é bom que seja excelente profissional, se não pode ser vitima de um eventual encolhe no limite com folha, para adequação ao novo orçamento.

Outro dia volto aqui para relatar as grandes jogadas financeiras de alguns comissionados que conheço, e quando digo grandes jogadas financeiras, leia-se ironicamente, na verdade eu quero dizer grandes bizarrices.

Um chefe de papel meu por exemplo, ganha cerca de 8k mensais, resolveu comprar um carro, mas não um carrinho qualquer.

Eu não entendo muito de carros, mas sei que este custa por volta de 100k, ou seja, cerca de um ano do salário do pateta, de um emprego que ele não tem garantia nenhuma e pode ser livremente exonerado (demitido para os leigos em gestão pública).

Este mesmo senhor, outro dia havia se indignado comigo porque tinha que pagar 400 reais em remédios para sua filha. Como um cara reclama de pagar 400 em remédios para a filha, mas compra um carro de 100k, está além de minha compreensão.

Não gosto nem de me indignar publicamente com este episódio, vão dizer que eu tenho inveja do cara, quando na verdade, do fundo do meu coração, o que eu tenho é total perplexidade com a loucura financeira alheia.

Enfim...

Deixo a todos com um velha e famosa história que é didática quanto ao câmbio entre momentos de prosperidade e momentos difíceis:


E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou, e eis que estava em pé junto ao rio.
E eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado.
E eis que subiam do rio após elas outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; e paravam junto às outras vacas na praia do rio.
E as vacas feias à vista e magras de carne, comiam as sete vacas formosas à vista e gordas. Então acordou Faraó.
Depois dormiu e sonhou outra vez, e eis que brotavam de um mesmo pé sete espigas cheias e boas.
E eis que sete espigas miúdas, e queimadas do vento oriental, brotavam após elas.
E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então acordou Faraó, e eis que era um sonho.
E aconteceu que pela manhã o seu espírito perturbou-se, e enviou e chamou todos os adivinhadores do Egito, e todos os seus sábios; e Faraó contou-lhes os seus sonhos, mas ninguém havia que lhos interpretasse.
Então falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Das minhas ofensas me lembro hoje:
Estando Faraó muito indignado contra os seus servos, e pondo-me sob prisão na casa do capitão da guarda, a mim e ao padeiro-mor,
Então tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, cada um conforme a interpretação do seu sonho.
E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhe os nossos sonhos e ele no-los interpretou, a cada um conforme o seu sonho.
E como ele nos interpretou, assim aconteceu; a mim me foi restituído o meu cargo, e ele foi enforcado.
Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair logo do cárcere; e barbeou-se e mudou as suas roupas e apresentou-se a Faraó.
E Faraó disse a José: Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.
E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó.
Então disse Faraó a José: Eis que em meu sonho estava eu em pé na margem do rio,
E eis que subiam do rio sete vacas gordas de carne e formosas à vista, e pastavam no prado.
E eis que outras sete vacas subiam após estas, muito feias à vista e magras de carne; não tenho visto outras tais, quanto à fealdade, em toda a terra do Egito.
E as vacas magras e feias comiam as primeiras sete vacas gordas;
E entravam em suas entranhas, mas não se conhecia que houvessem entrado; porque o seu parecer era feio como no princípio. Então acordei.
Depois vi em meu sonho, e eis que de um mesmo pé subiam sete espigas cheias e boas;
E eis que sete espigas secas, miúdas e queimadas do vento oriental, brotavam após elas.
E as sete espigas miúdas devoravam as sete espigas boas. E eu contei isso aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse.
Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
As sete vacas formosas são sete anos, as sete espigas formosas também são sete anos, o sonho é um só.
E as sete vacas feias à vista e magras, que subiam depois delas, são sete anos, e as sete espigas miúdas e queimadas do vento oriental, serão sete anos de fome.
Esta é a palavra que tenho dito a Faraó; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó.
E eis que vêm sete anos, e haverá grande fartura em toda a terra do Egito.
E depois deles levantar-se-ão sete anos de fome, e toda aquela fartura será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra;
E não será conhecida a abundância na terra, por causa daquela fome que haverá depois; porquanto será gravíssima.
E que o sonho foi repetido duas vezes a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e Deus se apressa em fazê-la.
Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito.
Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura,
E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.
Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.
E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos.

Gênesis 41:1-37

Um comentário:

  1. Brasil né?
    O carango de 100k todo mundo vê, remédios não.

    O importante é OSTENTAR, mesmo que no fundo já esteja com os 2 pés na merda

    me recuso a trocar de carro em menos de 3 anos, e pretendo manter na mesma faixa de preço praticamente. Mas se pudesse nem teria mesmo esse passivo

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas