sábado, 26 de junho de 2021

Banco do Brasil anuncia Processo Seletivo com mais de 2 mil vagas

O Banco do Brasil tornou pública no dia 23 de Junho a realização de um processo seletivo para este ano de 2021, o qual tem como objetivo o preenchimento de 2240 vagas, bem como a formação de cadastro reserva, para o cargo de escriturário, nas áreas de agente de tecnologia e agente comercial, distribuídas entre diversos estados brasileiros.

Creio ser bastante razoável dizer que após a prova da PF, este deve ser o segundo maior concurso para o ano, bem como excelente oportunidades para quem quer dar o pontapé inicial em uma carreira de concurseiro.

Pessoalmente não me interesso pelo concurso, uma coisa que me assusta é o fato de ser regido por CLT, prefiro ser estatutário, se bem que com uma eventual aprovação daquele texto horrível da PEC 32 (reforma administrativa) vai acabar sendo mais vantajoso ser regido por CLT mesmo, mas isso é assunto para outro post... 

Confira a seguir o quantitativo de vagas ofertadas para o cargo, segundo o edital disponibilizado pelo site da banca responsável, que será a Cesgranrio: Acre (23), Alagoas (18), Amapá (16), Amazonas (47), Bahia (79), Ceará (37), Espírito Santo (26), Goiás (80), Maranhão (78), Mato Grosso (140), Mato Grosso do Sul (80), Minas Gerais (237), Pará (52), Paraíba (12), Paraná (140), Pernambuco (41), Piauí (18), Rio de Janeiro (35), Rio Grande do Norte (12), Rio Grande do Sul (154), Rondônia (70), Roraima (14), Santa Catarina (75), São Paulo (426), Sergipe (17), Tocantins (31) e Distrito Federal (240).

A taxa de inscrição é surpreendentemente barata: R$ 38,00, o que sem dúvida é positivo e possibilita que pessoas mais pobres tenham chances de tentar o processo seletivo.




sábado, 5 de junho de 2021

Épico do Concurseiro: Parte III - Iniciando a carreira de concurseiro

 Bom, no último episódio de nossa aventura, descrevi em síntese o que se passou comigo no meio dos concursos no quadriênio 2009-2013.

Vamos seguir para 2014 então.

2014: Meu primeiro concurso

"Até a jornada de mil milhas começa com um pequeno passo..." - Provérbio japonês.


Neste ano me encontrava desempregado, já formado no nível superior, sem perspectiva de vida, resolvi fazer um concurso dentre os muito editais que saíam naquele período.

Notei que para realizar muitas das provas deveria ir a capital de meu estado, mas eu não tinha dinheiro para isso, puts, mal tinha dinheiro para a inscrição.

Foi aí que eu tive a ideia, faria um concurso modesto em minha cidade e depois, já empregado, teria capital para fazer concursos maiores. 

Escolhi um concurso que teria prova dali a cerca de três meses então, um concurso básico de ens. médio no âmbito federal.

Resolvi não estudar, achava que por ser mais inteligente e por ter mais estudo que a maioria da população poderia passar sem estudar.

Grave erro, hoje em dia já sei que é praticamente impossível classificar sem estudar em concursos, ainda que nos básicos, creio somente ser possível fazer isso naqueles concursos de prefeitura pequena que não pagam nem um salário minimo liquido, mas convenhamos, estes mal contam.

A interpretação de textos  - se não for da FGV - até desce bem para desavisados que não estudaram, mas chegando em matérias simples para quem estuda, notadamente, eu diria, informática, a coisa pega. Afinal, você pode até usar seu pc satisfatoriamente no dia a dia, mas talvez não saiba muito bem trabalhar determinada fórmula no Excel, sem dúvidas, é preciso estudar.

Naquela época eu não entendia nada de concursos, sequer sabia da nota de corte para classificar, hoje estimo que até nos concursos básicos o ideal é fazer pelo menos 90% da prova, ou seja, cada questão importa e deve ser analisada com minúcia.

O resultado, o leitor já pode imaginar, fui humilhado, obtendo uma posição medíocre na prova, talvez o primeiro entre as buchas de canhão.

O salário inicial deste concurso para 2014 era entre 2k e 3k. por favor, considere que o salário minimo em 2014 era de R$ 724,00 e você notará que este cargo não era lá grande coisa, embora, claro, para a maioria da população brasileira seja uma boa oportunidade para sair da pobreza - isso se você for solteiro -, mas enfim, divago, voltemos a nossa história.


A derrota veio, mas pelo menos trouxe uma lição de humildade junto. Deste dia em dia, creio nunca mais ter subestimado uma prova na vida, respeita a prova, é o que eu sempre digo, uma coisa que odeio é quando estou saindo da prova de um concurso e vejo alguns candidatos puxando assunto do tipo, "nossa que, prova fácil", há é? Gabarita ela então filhão, porque com uma nota medíocre você não entra! Amadores!

Bom, eu ainda não sabia disso, mas este foi o primeiro episódio de minha carreira de concurseiro. 

Neste mesmo ano de 2014 fiz e passei num concurso mais simples, obtendo o emprego sobre o qual falei no post No setor público também existem empregos ruins!

Mas, isso é conto para uma futura parte IV, abraços.





quinta-feira, 3 de junho de 2021

Épico do Concurseiro: Parte II - Um jovem adulto perdido, ainda um proto concurseiro?

The Knights then decide something very interesting.  They vow to each other that they will not go forth in a group, that doing such would be a disgrace.  Instead, a pact is created.  From here, each Knight will venture into the forest at the point of his choosing, when it is darkest and a point where there is no path - Queste del Saint Graal

Os Cavaleiros então decidem algo muito interessante. Eles juram um ao outro que não sairão em grupo, que fazer isso seria uma vergonha. Em vez disso, um pacto é criado. A partir daqui, cada Cavaleiro se aventurará na floresta no momento de sua escolha, quando estiver mais escuro e em um ponto em que não haja caminho. Queste del Saint Graal

Leia a primeira parte da saga aqui.

Nos posts desta série, pretendo relatar um pouco de minha biografia, o foco é o aspecto concurseiro dela, embora dê breves pinceladas em alguns pontos relacionados, está é parte II.

Anos 2009-2013

Ens. médio concluído, não perdi tempo, logo ingressei numa Universidade Federal, curso de licenciatura em História, queria um canudo o quanto antes.

18 anos completos em 2009, já poderia ser nomeado em cargos públicos, mas não fazia concursos, ora, porque não os fazia, se quando criança me empolgava realizar os testes da folha dirigida e pensava em concursos como se fossem esportes competitivos.

Uma das respostas é a minha arrogância descabida, de modo que eu desdenhava de concursos que exigiam apenas o ens. médio, achando que seriam cargos pouco complexos e que pagavam mal, não sendo dignos de alguém que cursa faculdade.

Que homem estupido eu era, hoje em dia, já pós graduado, ocupo um cargo de ens. médio...

Mas essa não era a única questão, eu ainda era um ingênuo sonhador e realmente queria ser professor, simplesmente ignorava a carga de estresse que tal cargo geraria...

Em 2012 a coisa começou a mudar, fiz um processo seletivo para o qual passei em primeiro lugar, sem estudar, também, o salário não era grande coisa, cerca de 150% do salário minimo vigente na época.

Duas coisas importantes ocorreram: notei que eu tinha aptidão para concursos e meu interesse nos mesmos deu uma leve renascida, mas eu ainda errava achando que poderia classificar em concursos mais razoáveis sem estudar, mais sobre isso depois.

A outra coisa importante que notei é que cargos de ens. médio em repartições públicas estão longe ser o fim do mundo: meus colegas efetivos em cargos de ens. médio ganhavam muito bem e, em sua maioria, ganhavam adicional de qualificação por ter nível superior, alguns até mestrado...

Mas eu ainda estava não só longe de ser o concurseiro ideal, como também de ser o servidor público ideal: eu gostava quando ficava a toa e fazia outras coisas pouco dignas. Compreensível, eu era um ignorante sem muito senso critico e não sabia muito como funcionava o mundo. Mais sobre isso na parte III.



Aquila non capit muscas