segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O tiro no pé dos concurseiros estatistas

Já defendi aqui em "Carreira de Concurseiro" pensamentos liberais, uma incoerência para um concurseiro, muitos poderão dizer, mas reafirmo que não é bem assim. Não defendo aqui que se aplique um liberalismo econômico ortodoxo na gestão do Estado brasileiro, mas qualquer idiota pode perceber que o modelo de gestão que tínhamos (uso o verbo no passado porque a situação já tem mudado um pouco) era totalmente insustentável a longo prazo.

Leio em muitos fóruns online que aparentemente a esmagadora maioria dos que se auto intitulam concurseiros são favoráveis a este Estado brasileiro mega inchado que temos hoje, o raciocínio é simples, quanto maior o tamanho do Estado, mais empregos e consequentemente mais concursos, entendo que os concurseiros defendam isso visando seu próprio interesse, mas está defesa de um Estado Gigante pode, a longo prazo se transformar em um tiro no pé, como já está ocorrendo no Estado do RJ.

Vejam bem, durante muitos anos nossos gestores públicos, prefeitos, governadores e presidentes, buscaram aumentar em muito os gastos estatais com folha de pagamento, aproveitaram os anos de bonança da economia durante a maior parte dos anos 2000 para tal.

Ao invés de investirem dinheiro com melhora na infra estrutura, não, aumentaram os gastos exponencialmente com folha de pagamento. Não vamos aqui cometer a ingenuidade de partidarizar a questão, Cabral fez isso no RJ enquanto Lula/ Dilma o fizeram a nível Federal, em um modelo de gestão que eu chamo de Casa da Mãe Joana, na qual o Estado se encarrega de empregar o máximo de indivíduos possível, muitos dos quais meros cabides de emprego representados por funcionários não concursados. Nos anos 2000 houve o que creio possamos chamar de boom no número de concursos públicos, infelizmente para mim a nível pessoal não aproveitei essa época porque ainda era menor de idade.

Em tese a lei de responsabilidade é clara ao estabelecer em 60% o limite de gastos com folha de pagamento, mas não costuma ser isso que ocorre na prática, até porque gastos com funcionários terceirizados não costumam entrar neste cálculo.

O que quero dizer com isso tudo é que este Estado gigante é na verdade nocivo para os concurseiros, afinal, do jeito que está o Estado não se sustenta, e a longo prazo poderá significar queda drástica no número de concursos, bem como dificuldade no pagamento de funcionários já efetivos e/ ou aposentados, como já vem ocorrendo no RJ, esse é o tiro no pé para um concurseiro que me referi no inicio do texto...


Uma evidência do que eu falo? Basta olhar o atual número de concursos abertos no RJ e comparar com o que tínhamos há uns 3 anos atrás para constatar o que procurei apresentar no texto.

Abraços!


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Que se phoda isso tudo! Vou ser gerente do McDonald's!

Ao longo do blog gostaria de relatar minhas experiências pessoais enquanto funcionário público, eu já falei aqui de modo geral de minha experiência pessoal trabalhando numa escola pública do RJ. Não cheguei a mencionar que uma das coisas que eu mais odiava no referido emprego era lhe dar com adolescentes. As crianças não eram um problema, respeitavam mais e só queriam saber de brincar. Agora, os aborrecentes, ah meu Pai, são provavelmente os seres mais alienados, mal educados, irritantes. imbecis e pedantes da face da terra. Ta, não vamos generalizar, mas eu diria que pelo menos 90% são assim...

Pois bem, neste meu emprego, às vezes eu conversava com esses seres. Eis que certo dia estava conversando com três da espécie, vamos chamá-los de Aborrecente A, Aborrencente B e Aborrecente C. 

Na verdade, por mais surpreendente que pareça, os Aborrecentes A e B até que eram bem inteligentes, cultos e sensatos para a idade, na faixa dos 17 anos. O Aborrecente C até que era gente boa, mas é um desses retardados de escola pública que entre outras coisas gosta de ouvir Funk carioca. 

Naquela época o Aborrecente C trabalhava de manhã como caixa de um McDonald's próximo a escola, bem como estudava no período da tarde.

O tópico da conversa, tendo em vista que faltavam poucos dias para o fim do ano ano letivo, era o que fazer após concluir o ensino médio, que por mais louco que isso possa parecer, pra essa gente é o equivalente a ter um PhD em astrofísica. 

Também conversávamos sobre como a diretora era uma megera - um dos poucos, senão o único assunto que eu tinha em comum com a maioria dos alunos -, Aborrecente C comentava o quanto ela pegava no pé dele por excesso de faltas, que poderia acabar sendo reprovado e eis que ele acabou soltando a seguinte pérola que quase me fez derramar lágrimas por conta de tamanha estupidez e visão pequena: "Ah, que se phoda, eu to quase virando gerente do McDonald's onde trabalho".

Percebam, para idiotas como o Aborrecente C ser gerente de um McDonald's é vencer na vida, o cara desdenhava o diploma de ensino médio, que convenhamos é o minimo que você precisa ter hoje em dia para não se suicidar economicamente.

Isso já ocorreu há cerca de 2 anos, lembro que na época o Aborrecente C já tinha uma namoradinha e permanece com ela até hoje, não que eu mantenha contato com ele, mas moramos no mesmo bairro e de vez em quando eu ainda cruzo com ele na rua, de mãos dadas com a citada. A moça tem o perfil de mulher que eu odeio, não consegue se virar por conta própria, completamente dependente de um marido. 

Foram feitos um para o outro, o tipo de gente inconsequente que acha que pode jogar a vida no level easy, não ligam para estudo nem para conseguir empregos descentes, com certeza dentro de alguns anos terão uma penca de filhos e serão fortes candidatos ao bolsa esmola do governo.

Senhores, apesar deste ser apenas um caso pontual que testemunhei certa vez, vocês precisam multiplicá-lo por milhões de situações similares Brasil a fora e entenderão porque - infelizmente - nossa querida nação sempre será o país do futuro e nunca do presente. Por isso hoje em dia sou um pessimista filho da mãe para com nossa sociedade como um todo, ultimamente procuro fazer o meu, tentar subir na vida financeiramente - através de concursos - e apenas lamentar o estado caótico do Brasil em que vivemos.

P.S.: Pelo que sei o Aborrecente C ainda não atingiu o sonhado cargo de gerente, mas ta la firme e forte ainda como balconista.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Chefia à brasileira

 Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.
- Abraham Lincoln

Uma coisa que sempre notei nos empregos que tive é o tratamento desigual dispensado pela chefia aos funcionários, mesmo em empregos públicos! De modo que quando você tem um dinossauro pré-histórico como seu chefe imediato, você pode acabar ouvindo grosserias indesejadas ao longo de sua semana laboral.

Normal - infelizmente - quando se tem uma chefia mal preparada para administrar, que muitas vezes sequer fez concurso, pois ocupa um cargo em comissão ou trabalha ali desde antes de 1988.

Mas o que me realmente me chama atenção ao longo de minha experiência pessoal, e é sobre isso que quero focar aqui, diz respeito ao fato que estes chefes mal educados parecem apenas direcionar sua ira para indivíduos que ocupem cargos da mais baixa hierarquia organizacional. Me refiro a copeiras, zeladores, faxineiros etc. 

Por exemplo, no cargo em que ocupo atualmente, em uma prefeitura municipal, noto quase que diariamente o meu chefe imediato tratar aos berros, sem se preocupar com qualquer forma de dignidade, o pessoal da limpeza. Entretanto, eu que ocupo um cargo administrativo, NUNCA tive que ouvir um berro deste mesmo chefe, ao contrário, ele me trata muito bem.
Foto real do meu atual chefe.
Mas eu nem sempre tive essa "sorte". Como já disse aqui em "Carreira de Concurseiro", já tive um emprego muito ruim em uma escola estadual onde tinha que aturar uma diretora insuportável. Evidentemente que meu cargo la era da base piramidal. 

Evidentemente também que estes chefes sem dúvida não são algo que se pode chamar de pessoas éticas e preparadas, me lembrei de uma frase que ouvi outro dia ao assistir ao filme "Missão Impossível 3", eu não vi ela em mais nenhum lugar, então vou supor que é uma frase original do filme: "Você pode dizer muito sobre o caráter de alguém pelo jeito como ele trata as pessoas que não têm de tratar bem". 

Resumindo, salário bom, tratamento bom, salário ruim, tratamento ruim. Isso é claro é algo que acomete a sociedade brasileira como um todo, não se restringindo ao ambiente laboral. "Você vale quanto tem no bolso", me disse um mendigo outro dia quando eu lhe dei um resto de long neck que não quis tomar, além de um pouco de meu tempo conversando com ele num banco de praça por alguns minutos.

Isso que dar viver em uma sociedade onde, entre outras coisas, juízes pensam que são deuses e pessoas te olham de cima simplesmente porque ganham mais do que você.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Pelo fim das cotas raciais em concursos

(...) ao longo das gerações, as pessoas que dizem falar em prol do "movimento negro" sofreram uma mutação de caráter: se antes possuíam uma alma nobre, hoje não passam de charlatães descarados.  Após a implantação definitiva de políticas de ação afirmativa nos EUA, esses charlatães perceberam que era muito fácil ganhar dinheiro, poder e fama ao redor do mundo ao simplesmente se dedicarem à promoção de ações e políticas raciais que são totalmente contraproducentes aos interesses das pessoas que eles próprios dizem liderar e defender.- Thomas Sowell, um dos economistas mais picas que você pode ler.

Cotas raciais em concursos públicos, este é sem dúvidas um assunto urgente, ainda que polêmico, inevitavelmente ao falarmos sobre o referido tópico podemos cair aqui na questão do racismo e suas implicações na sociedade brasileira de hoje. 

Gostaria de indicar minha opinião sobre o assunto, você evidentemente não precisa estar de acordo com ela.

Primeiramente, quero deixar claro aqui que abomino qualquer forma de discriminação, acho o racismo uma estupidez tremenda que precisa ser combatido em sociedades avançadas por meio de toda e qualquer ferramenta legal. 

Antes de prosseguirmos, cabe aqui ressaltar que eu sou branco - na verdade, tecnicamente como a maioria dos brasileiros, eu sou miscigenado, jamais me chamariam de caucasiano na terra do Trump ou no Velho Mundo, mas, na perspectiva cultural brasileira eu sou visto como branco. E enquanto uma pessoa branca, eu acho que não conseguiria entender o que é ser negro em uma sociedade racista como o Sul dos EUA ainda o é. Mas com toda a sinceridade, eu não creio que a sociedade brasileira seja majoritariamente racista, o que por si só já é um argumento contrário a cotas raciais.

A questão é que o racismo no Brasil não é assim tão comum como a mídia de massas pinta por aí, existem casos sim, porém escassos - evidentemente que apesar de raros devem ser combatidos e os culpados sumariamente punidos através da legislação vigente sobre o assunto.

Ou seja, não há razão para cotas raciais em concursos públicos na sociedade brasileira de hoje. Isso prejudica brancos pobres - como este que aqui escreve - ao passo qua auxilia negros ricos. De modo que cotas raciais são um beneficio gritante em concursos públicos, beneficiando indivíduos unicamente em razão da cor de sua pele. 

Existem poucos indivíduos negros no serviço público, você pode argumentar, eu não saberia responder, porque eu não me importo se servidores públicos são negros ou brancos, pois sou daqueles que acreditam que o racismo começa justamente a partir do momento que começamos a contar se há muitos ou poucos membros de determinada etnia em certo meio social. De modo que do meu ponto de vista, uma cota em concursos públicos para negros tem o mesmo sentido que fazer cotas sociais para ruivos.

Também é muito comum ver como argumento de defesa em favor das cotas a questão de uma espécia de compeçamento histórico pela escravidão sofrida pelos afro-descendentes no Brasil, este é sem dúvidas o argumento mais risível de todos, afinal por que demônios um individuo negro de hoje deveria ser compeçado por um mal causado a um antepassado que ele mal sabe quem foi? E quanto aos negros descendentes de indivíduos que chegaram ao Brasil no pós 1888, evidentemente não são descendentes de escravos.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Ficar num emprego ruim é pior do que estar desempregado

Já falei de minha experiência pessoal em um emprego público ruim neste post, pois bem, "empregos ruins", é sobre isso que quero falar hoje. Embora eu não me considere la um especialista no assunto, afinal a maioria dos empregos que se enquadram nessa categoria são encontrados no setor privado, ao passo que eu passei a maior parte de minha vida laboral em empregos públicos.

Mas posso analisar a situação de quem se encontra neste tipo de emprego olhando de fora, de cima - digo de cima não em um sentido arrogante, mas sim pelo fato que eu considero meu emprego atual melhor do que o de 90% das pessoas que eu conheço.

Ressalvo que o título do post é uma afirmativa, não uma pergunta, de modo que você já deve perceber qual a minha opnião sobre o assunto somente com base no referido título.

Eu possuo amigos de 20 e poucos e 30 e poucos anos que trabalham ainda hoje como vendedores em comércio, trabalhando de Segunda a Sábado, mais de 40 horas por semana pra ganhar uma merreca no fim do mês. 

Não vou entrar no mérito de se eles são ou não pessoas felizes, dizem que a felicidade não se compra, pode ser verdade, mas é preciso lembrar que o problema maior desses empregos não é somente o baixo salário, como também o alto desgaste que eles demandam.
"What is it you want, Mary? What do you want? You want the moon?" Desculpem, nenhuma relação com o
post em si, mas não posso escrever "A felicidade não se compra" e não lembrar de que este é o título deste filme no Brasil
Empregos ruins consomem muito de seu tempo e de sua energia, impedindo assim que você se dedique a outras atividades mais produtivas, como, por exemplo, estudar para concursos públicos. 

Ou seja, além desses empregos lhe propiciarem um presente ruim, eles te deixam numa situação que lhe tira as perspectivas de melhora, de modo que você pode acordar um dia daqui a 20 anos e ainda se encontrar mo mesmo emprego fajuto, contando moedas pra pagar o ônibus e se desgastando física e mentalmente. Talvez esperando que algo caía do céu, como ganhar na loteria, mas a mudança amigo, deve partir de você.

Se você se encontra num subemprego atualmente e tem a possibilidade de sair - por exemplo, se mora com os pais - eu recomendo fortemente que o faça, se meu conselho vale de algo. Converse com os seus pais e peça para que eles lhe banquem por pelo menos um ano para que você possa estudar para concursos públicos, não precisa ir direto no filé mignon, foque num cargo que embora não pague grande coisa possa te deixar tranquilo para estudar para concursos melhores. Pelo menos você terá um porto seguro e se tudo der errado, pelo menos você não vai encarnar o Garfield e acordar irritado toda a segunda, além do que sempre terá grana garantida pra gelada de sábado, ou mesmo, a longo prazo, terá juntado dinheiro para investir em algo. 

P.S.: Ainda sobre o tópico empregos ruins, não posso deixar de recomendar o ótimo filme "Office Space" (1999) - conhecido no Brasil pelo título "Como Enlouquecer Seu Chefe" - se você nunca viu, procure conferir, a película possui diversas críticas de qualidade sobre o assunto.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Grupos de concurso no Facebook e no whatsapp

Uma mania minha sempre que me inscrevo em um novo concurso público é procurar participar de grupos no facebook ou no whatsapp relacionados ao certame. Nada muito sério, serve mais para passar o tempo e trocar experiência mesmo, ou até rir um pouco.

Pessoalmente eu prefiro os grupos no Facebook do que no Whatsapp, afinal no Facebook a conversa é melhor setorizada por tópicos diferentes. Portanto concentrarei este texto nos grupos de facebook.

Gostaria de apontar algumas coisas muito comuns de se ver nos referidos grupos.

La vamos nós:


PERGUNTAS IDIOTAS 

Se você já esteve em um destes grupos de concurso no Facebook, deve ter notado que a maioria dos tópicos foi postada por n00bs dos concursos, geralmente fazendo questionamentos toscos que em sua maioria poderiam ser facilmente respondidos com breves consultas ao edital, são perguntas do tipo:
  • Onde faço minha inscrição?
  • Que dia é a prova?
  • O que precisa levar na hora da prova?
  • Já saiu a apostila do concurso na banca?

Igualmente comum é ver concurseiros mais experientes trolando os n00bs e respondendo as questões de forma irônica e criativa - morro de rir, e agora escrevendo sobre isso creio ser essa a principal razão pela qual eu entro nesses grupos! Hahahaha.

PROPAGANDAS FORA DE CONTEXTO

Outra coisa bastante comum nestes grupos é ver gente vendendo coisas completamente não relacionadas com o tópico central do grupo... mas, creio que infelizmente esse seja um problema comum na maioria dos grupos do facebook.

NINJAS QUE ESTUDAM 15 HORAS POR DIA

É claro que cada pessoa tem seu tempo e um perfil diferente para estudo, eu pessoalmente não conseguiria estudar mais do que 3 horas nem que estivesse sem trabalhar, simplesmente não consigo.

Mas, nesses grupos do Facebook há diversos ninjas que alegam estudar 8, 9, 10, 11, ou até 15 horas por dia! Não sei se estão trolando ou se são sinceros, no segundo caso, não me resta mais nada a não ser bater palmas para a determinação dessa gente.

REPORTAGEM DO FANTÁSTICO SOBRE FRAUDES EM CONCURSOS PÚBLICOS

Por fim, mas não menos importante, a ultima das coisas mais comuns de se ver em grupos de concurso do facebook, essa mítica reportagem do Fantástico feita em 2012:


Aí meus amigos, nenhum grupo de facebook é grupo de facebook se ainda nenhum de seus membros jogou essa mesma reportagem la. Pode procurar, consulte qualquer grupo de concurso no facebook e você verá, não interessa se a banca é a FGV, sempre alguém compartilha esse vídeo.

Acho que na maioria das vezes que ocorre não passa de uma estratégia para tentar desanimar os adversários, mas sei la, isso não pode explicar absolutamente todas as ocorrências, (rs).



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Superando formados em Direito em provas de concurso

Estou eu aqui tentando estudar para o concurso do TRF em meio a trabalho, uma pós que estou concluído entre outras atribuições. Confesso que, além do pouco tempo de que disponho, na verdade estou um tanto desanimado em estudar para essa prova. Uma das coisas que me desanima é o fato de que 75% das questões da prova objetiva são referentes a Direito. Sendo que a maioria das matérias, como Direito previdenciário, eu nunca havia estudado antes de me inscrever nesse concurso.

Ora, creio que não seria nenhum exagero afirmar que alguém formado em direito já tem mais do que meio caminho andado nesta prova. Afinal, Direito domina o edital.

Ademais é o curso que mais possui graduados no Brasil o que numa análise a priori aumenta em muito o número de potenciais concorrentes de qualidade.

Parecem suposições razoáveis de minha parte, não é mesmo? Mas, a verdade é outra. De modo que esse altíssimo quantitativo de formandos e formados em direito não deve assustar um concurseiro. Afinal a maioria desses diplomados são oriundos de uniesquinas e somente possuem o canudo e nada mais, de modo que tem um conhecimento muito raso da matéria em que são formados, pelas noticias que vejo na net somadas a minha experiência própria, posso afirmar sem medo de estar dizendo bobagens que um concurseiro dedicado que tenha meramente o ens médio consegue superar este tipo de adversário formado em direito.

Eu mesmo, recentemente fiz um concurso para Fazenda de Niterói, fiquei entre os 500 primeiros dentre mais de 27 mil candidatos inscritos para o cargo em que concorri, superando assim sem dúvidas diversos adEvogados que ali estavam inscritos. No cargo municipal no qual estou trabalhando atualmente, conheço pelo menos dois formados em direito que sequer ficaram entre os 100 primeiros na ocasião da prova.

O que me leva ao questionamento sobre o que diab*s essa galera fez ao longo de 5 anos de faculdade que os tornou sequer capazes de superar este vagabundo que aqui escreve, que estuda para concursos há não mais que 1 ano.

Confesso que as vezes é um tanto prazeroso superar esses tipo de adversário, porque como é sabido, ainda hoje estudantes de direito são - em grande parte - extremamente arrogantes, por alguma razão que eu não consigo entender qual. Não estou dizendo que há advogados arrogantes, estou dizendo que há estudantes do primeiro período da uniesquina arrogantes. Não vou aqui generalizar, mas ressalto mais uma vez que isso é comum.

Portanto senhores, não se assustem quando forem fazer um concurso onde Direito domina o edital, pode não ser tão difícil quanto parece superar os bacharéis da área.


Concurseiro deve fazer faculdade?

Um tópico muito comum nos redutos que eu frequento na internet em relação a finanças pessoais é a questão de se fazer ou não uma faculdade. Costumeiramente a maioria dos conselhos é pela opção negativa.

Eu respeitosamente discordo destes conselhos, embora eu aprecie opiniões adversas da minha, desde que, é claro, construtivas. Cabe ressaltar também que o pessimismo com os diplomados parece ser generalizado, essa ótima matéria da BBC Brasil ilustra bem isso. 

De modo que uma faculdade é essencial para o individuo crescer como pessoa, desenvolver o pensamento critico e consequentemente ser um membro mais útil a sociedade. Bom, é pelo menos assim nas faculdades públicas, não sei como é a realidade em uma faculdade particular, nunca estudei em uma, só ouvi dizer que não são boas.

Para um concurseiro um diploma de faculdade torna-se uma ferramenta ainda mais essencial, ainda que não pretenda exercer a função em que se formou, afinal existem diversos concursos públicos de qualidade que exigem apenas o nível superior em qualquer área. Nesse sentido, os cursos tecnológicos são uma boa pedida, afinal são mais curtos que licenciaturas e bacharelados, e contam como cursos de nível superior.

Eu por exemplo sou formado em Licenciatura em História e embora não pretenda ser professor, sou feliz por ser formado, posso fazer concursos de nível superior e graças a faculdade amadureci e aprendi a auto disciplina para estudar por conta própria, algo que creio que não conseguiria fora da Universidade.

Cabe observar que nunca gastei um centavo com a faculdade, nem com transporte, eu morava perto dela e ia a pé. Talvez isso conte como ponto favorável para que eu não me arrependa de tê-la feito.

Um ponto negativo ao se fazer a licenciatura é o fato de que você é obrigado a estudar matérias de pedagogia, não me leve a mal, não é que essas matérias sejam difíceis ou algo assim, pelo contrário, são as mais fáceis da grade, o problema é que são matérias inúteis, completamente desconexas da prática e dominadas pelas teses de Paulo Freire.

Outro ponto negativo de se estudar humanas em uma faculdade pública é o já manjado fato desta ser dominada por marxistas, sejam eles professores que ganham 20 mil R$ por mês e insistem em se rotularem como comunistas, ou alunos playboys bem mais ricos que eu e você que vão na onda deles.





quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Como eu aprendi a odiar a matemática

Hoje eu estava respondendo algumas questões de matemática da Consulplan, de modo a estudar para o concurso do TRF - RJ/ ES. Fazia isso inclusive em um intervalo de trabalho, la mesmo em minha mesa de labuta - aliás os novos comissionados que passassem por minha sala e vissem a cena talvez me achassem maluco, afinal eu falava sozinho enquanto rabiscava no papel procurando soluções para problemas matemáticos.

Nessa hora eu fui acometido a um pensamento sobre resolver questões de matemática ao longo de minha vida, de modo que eu não me divertia naquele instante resolvendo questões de matemática, apenas estava fazendo por obrigação, pois tenho que estudar para concursos.

Achei estranho não ficar empolgado decifrando aquelas questões, quebrando a cabeça para encontrar soluções e me dei conta que há anos é assim, mas nem sempre foi desse jeito, de modo que durante a minha infância e boa parte de minha adolescência eu sentia verdadeiro prazer ao responder problemas matemáticos. Quando criança eu possuía verdadeira paixão por resolver questões de raciocínio lógico de umas revistas antigas da coquetel, imprimidas em papel vagabundo - quem foi criança durante a década de 1990 vai lembrar, aliás ainda fazem essas revistas? -, sempre pedia para que minha mãe as trouxesse da banca.

Mas o que aconteceu, eu me pergunto? O que houve nesse hiato entre o meu eu criança e o meu eu de hoje que me fez perder o prazer por responder questões de matemática? Digo, eu sinto falta desta paixão, afinal tornaria o hábito de estudar uma das matérias mais comuns em concursos em uma atividade prazerosa.

Raciocinei um pouco sobre o assunto e somente pude encontrar uma resposta para que meu amor pela matemática fosse gradativamente convertido em ódio: os meus professores de matemática do ensino fundamental e do ensino médio.
Esses profissionais mal preparados me fizeram acreditar plenamente que a matemática era chata e, pior, me convenceram também que eu não era bom em matemática. O que é mentira, porque ainda hoje sou muito bom em matemática, tanto é que costumeiramente é a matéria que mais deixo de lado ao estudar para concursos.

Nada mais que raiva me acometeu ao me lembrar desses cretinos despreparados, como conseguiram? Como conseguiram me fazer acreditar que a matemática não era boa?

Vendo meu Histórico escolar hoje noto que matemática é uma das matérias que eu mais tenho notas baixas, o que simplesmente não faz sentido, tendo em vista que é uma das matérias que mais domino e que ainda me recordo da escola. Por Deus, eu não sei absolutamente nada sobre química hoje em dia e quão embasbacado eu fiquei ao notar quantos dez e noves eu tive em tal matéria - seria porque era justamente essa matéria lecionada por uma gostosa?

A quem possa interessar, minha prof de química
lembrava essa aí, só que com menos peitos e sem decotes
Isso senhores é só uma gota em meio ao enorme oceano que é o falho sistema educacional brasileiro.

Imagem real de um de meus professores
 de matemática do ensino médio

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O mito de que professor ganha mal

Parte 2 neste link

- Férias extensas por cerca de dois meses anuais.
- Carga horária baixa.
- Feriado pra dar e vender.
- Aposentadoria precoce, 5 anos mais cedo.

Só estes argumentos dariam ótimo material para iniciar um bela argumentação, correto?

Mas tem mais, gostaria de apresentar um outro argumento ao longo deste texto.

Vamos la.


Pra começo de conversa, este é realmente um assunto extenso, não pretendo esgotá-lo neste post, de modo que procurarei voltar a ele em outras oportunidades, digamos que essa é a primeira postagem de uma série.

Pois bem, dito isso, recentemente neste post eu falei um pouco sobre minha opinião a respeito do emprego de professor na rede pública de ensino, listei todos os benefícios aos quais tal profissional tem direito e porque estes indivíduos costumam reclamar de barriga cheia.

Você irá ficar rico sendo professor da rede pública de ensino? De modo algum. É o pior emprego do Universo como se pinta por aí? Também não. Pretendo demonstrar isto neste e em outros posts. 

Antes de prosseguirmos, quero ressalvar que quando eu falar sobre a função de professor, evidentemente estarei me referindo a ser professor na educação básica pública, ou seja, me refiro aqui a docentes de ensino médio e/ ou fundamental. Pelo amor de D*us, creio que sequer seja necessário escrever sobre professores de faculdades públicas que ganham mais de 10 mil por mês para darem aulinhas mal dadas e ainda fazerem lavagem cerebral nos alunos defendendo partidos como PT ou PSOL à moda esquerda caviar.

Mas enfim, vamos ao que interessa.

A sociedade brasileira de modo geral parece inclinada a defender com unhas e dentes - seja a esquerda, ou a direita - a ideia de que professores de escola ganham mal e o caminho do sucesso do Brasil somente pode ser trilhado através de aumento aos incentivos financeiros dos educadores.

Isso é - ao meu ver, e put* merd*, vc é claro não precisa concordar com minha opinião - uma tremenda barela. 

Essa barela está ancorada em um mito muito fortemente difundido na mente do brasileiro médio, e esse mito é o seguinte:


PROFESSOR É MAL REMUNERADO SE COMPARADO A OUTROS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR

Isso não passa de uma mentira convenientemente implementada pelos próprios professores inescrupulosos na mente de crianças e adolescentes sem muita informação a respeito do mundo em que vivem e portanto subjetiveis as investidas de lavagem cerebral efetuadas pelos seus "mestres".

A nível municipal essa mentira pode ser facilmente questionado quando vemos editais para concursos de prefeituras Brasil a fora nos quais vemos claramente que os salários dos professores de modo algum estão entre os mais baixos para os cargos de nível superior.

O ideal para mostrar meu ponto seria apresentar aqui uma amostragem boa de editais de concurso que ajudem-me a escancarar esta verdade, masssss, eu sou uma pessoa ocupada, então vou mostrar apenas um edital, você é claro pode procurar por outros disponíveis na internet e verá que eu não estou mentindo.

Veja o edital de 2016 para a prefeitura de Laje do Muriaé, no estado do Rio de Janeiro. Trata-se  um município bastante pequeno, portanto todos os salários são horríveis, entretanto você pode observar claramente no quadro de salários entre as páginas 1 e 3 que os cargos de professor são mais bem remunerados que os de engenheiro civil, assistente social, psicologo e veterinário, além do que a carga horária dos cargos para professor é menor, de 16 horas, ao passo que nos outros cargos é de 30 horas semanais.

Eu peguei este edital ao acaso, foi o primeiro que bati o olho pesquisando por concursos para professor realizados recentemente por prefeituras, entretanto garanto a você que pela minha experiência enquanto concurseiro, este não é uma exceção, é a regra, de modo que em todos os editais de municípios que vejo por aí, professor trabalha menos e ganha mais que veterinários, engenheiros, enfermeiros etc.

Ainda assim, não é difícil ver por aí, na internet ou fora dela, indivíduos exaltados defendendo a todo custo aumento salarial para os professores como se isso fosse resolver todos os problemas de educação do Brasil, que convenhamos, é um problema cultural que não será resolvido com o mero aumento do piso salarial dos docentes.

Aliás eu também fico abismado em constatar o quão empenhadas as pessoas costumam ser em defender o salários de professores, como se tais profissionais fossem verdadeiros heróis gloriosos, paladinos da justiça e empenhados com a educação, acho engraçado porque ao longo de todo o meu ensino básico, o qual cursei integralmente em colégios públicos, posso garantir que 99% dos professores com que tive contado possuíam domínio quase que nulo sobre a matéria que lecionavam, além do que não conseguiam manter a turma disciplinada.

Por enquanto vou encerrar, procurarei discorrer mais sobre os injustiçados professores em outras ocasiões.


Em tempo, o companheiro Scant me chamou atenção para este excelente artigo, o autor Claudio de Moura Castro vai muito além de raciocínios mais óbvios, recomendo bastante a leitura: 






segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Análise de concursos abertos para o RJ




Hoje estrearei uma nova série de posts aqui no blog que espero tornar em uma tradição que farei costumeiramente, irei fazer uma análise de oportunidades de concursos em aberto. Como evidentemente não posso analisar os concursos abertos em todo o território nacional, me limitarei ao meu Estado, o RJ. 

Cada concurso analisado será colocado em uma das seguintes 5 categorias de dificuldade: Muito Fácil, Fácil, Médio, Difícil e Muito Difícil. O nível de dificuldade se refere a conseguir uma vaga no concurso, mais do que meramente passar na nota de corte, porém fora do número de vagas.


Vamos começar:


TRF 2ª REGIÃO - RJ/ ES
Nível de dificuldade: Difícil 


Este é o concurso no qual estou inscrito atualmente - em dois cargos - já falei sobre ele aqui no blog em outras postagens, portanto não me prolongarei muito, trata-se ótima oportunidade para concurseiros mais experientes tentarem iniciar uma carreira federal, salários não inferiores a 7 mil R$, recomendo este aqui apenas a concurseiros mais experientes. De qualquer modo as inscrições já se encerraram.


PREFEITURA DE SILVA JARDIM
Nível de dificuldade: Fácil

Primeiramente uma coisa que me preocupa neste concurso é a organizadora, trata-se de uma empresa de Rio Bonito chamada IBDO. Há pouquíssimos concursos registrados em seu site, todos os homologados foram feitos em 2015 ou em 2016, para prefeituras de cidades pequenas como uma tal Paula Cândido em MG (9.271 habitantes) ou Maria da Fé (14.534 habitantes) também na terra do Pão de queijo. O layout do site curiosamente é muitíssimo similar ao do INCP, banca que faz diversos concursos de prefeituras aqui no RJ.

Outro problema ao se realizar o concurso é que essa banca não disponibilizou a maioria das provas que fez online, somente encontrei uma, para agente administrativo da prefeitura de Maria da Fé, se está prova representa o perfil da banca, então posso afirmar que a IBDO faz questões de nível muito fácil, conforme pude constatar após uma breve leitura da prova.

Confira alguns exemplos de questões:

Questão: Os primos chamados Alfa, Beta e Celta comeram juntos 48 pães de queijo que haviam em um pacote. Mas Alfa entendeu que a divisão dos pães de queijo foi desigual, tendo em vista que Beta comeu 4 pães a mais que ele, e Celta comeu mais pães do que Beta. Porém, sabe-se que as quantidades de pães de queijo que os 3 primos comeram, formavam uma P.A. Assim, quantos pães de queijo Alfa comeu?

A- 12
B- 16
C- 14
D- 8
E- 20

Gabarito: Letra A. 

P.S.: Não posso deixar de observar que eles utilizaram pães de queijo no texto da questão feita para um município em MG, hahahaha, fanfarrões.

Questão: Em certo momento nos EUA, todas as notas de dólares eram retangulares e do mesmo tamanho, tendo 14,5 cm de comprimento e 6cm de largura. Depois com as inovações tecnológicas, deixaram de ser assim. As novas notas de dólares continuarão a ser retangulares, mas passaram a ter tamanhos diferentes, dependendo de seu valor. As de 5 dólares, por exemplo, passará a medir 11,8cm por 5,5cm. Qual será, em çm, a redução no perímetro da cédula de 5 dólares?

A- 8,20
B- 7,25
C- 6,40
D- 4,50
E- 5,35

Gabarito: Letra C

Como podem ver, duas questões de matemática bastante fáceis. O salário do concurso é relativamente alto para uma prefeitura pequena. 

Em condições normais eu classificaria este concurso como muito fácil, porém Silva Jardim fica a menos de 2 horas da região metropolitana do RJ, e qualquer concurseiro que se prese, sabe que quanto mais próximo de grandes centros urbanos um concurso é feito, há maior possibilidade de um quantitativo de candidatos elevado. Some isso a crise pela qual passamos e qualquer salariozinho já atrai.

Destaque para o cargo de fiscal de tributos, que exige nível superior em qualquer área e tem jornada de trabalho de apenas 20 horas semanais.

Recomendo este concurso para concurseiros amadores.


UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Nível de dificuldade: Médio

Cargos de auxiliares administrativos em faculdades federais são sempre uma boa pedida pra quem quer dar o pontapé inicial em um cargo de âmbito federal.

O salário pode não ser espetacular, mas você já terá todas as vantagens que um servidor federal tem direito (vide lei 8.112) e aproveitará para se dedicar a outros concursos melhores. 

A maioria das vagas são para Niterói, ótimo município aqui do RJ, infelizmente o custo de vida la é elevado nos poucos bons bairros (região de Icaraí) e talvez o salário não compense. 


COLÉGIO PEDRO II
Nível de dificuldade: Fácil

Não se engane, o Colégio Pedro II é uma instituição de prestigio aqui do RJ, conheço inclusive um geógrafo que trocou um cargo em uma Universidade Federal do RJ para poder dar aula no Pedro II. Seus concursos para professores costumam ser boas oportunidades para quem tem licenciatura.

Entretanto, coloquei este aqui como sendo de nível fácil porque só há oportunidades nas áreas de dança e de teatro, ou seja, formação muito especifica se traduz em poucos candidatos/ pouca concorrência.


PREFEITURA DE CACHOEIRAS DE MACACU
Nível de dificuldade: Fácil

Ótima oportunidade para concurseiros iniciantes. Afinal são nada menos do que 150 vagas. 

Apesar de Cachoeiras de Macacu ter um centro urbano horrível, é uma das cidades do RJ que possui mais áreas verdes, ou seja, pede aquela cachoeira no fim de semana.

Somente não classifiquei o concurso como sendo muito fácil porque há uma segunda fase que é um teste de aptidão física, o que pode ser um problema se você - assim como eu - é uma pessoa sedentária.


PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO
Nível de dificuldade: Muito fácil

Salários no geral muito ruins, com exceções para cargos de nível superior. Destaque ao médico da família, que ganha mais de 8 mil R$, se bem que médicos não costumam ser concurseiros. Destaco também o cargo de biólogo, afinal o edital somente pede nível superior. Ou seja, se você tem uma licenciatura em biologia, então esta é uma boa oportunidade de fugir da sala de aula.

O problema maior do certame é que ele é apenas para cadastro de reserva, ou seja, você pode acabar gastando dinheiro atoa indo até São José do Vale fazer essa prova e acabar não sendo chamado, por outro lado concursos para CR assustam muitos candidatos, o que pode diminuir o quantitativo de adversários no concurso.


Por enquanto é só, volto em breve para realizar outras análises quando novas oportunidades surgirem.

Concurso para o STF!

Não, você não leu errado, tampouco sou um ingênuo ignorante, defendo sim que os membros do STF sejam concursados e não oriundos de indicação politica.

Permitam-me explicar minha posição.

Em primeiro lugar, eu sei perfeitamente que um membro do órgão máximo do judiciário indicado pelo chefe do executivo e aprovado pelo legislativo responde perfeitamente bem a ideia do "Sistema de Freios e Contrapesos" proposta por Montesquieu, mas creio ser evidente que tal sistema não está funcionando na realidade brasileira.

Você pode argumentar que esse sistema de indicações para compor o judiciário ocorre em qualquer país desenvolvido, por exemplo, assim o é na Supreme Court dos EUA, mas nessa hora eu lhe pergunto, quando é que algum presidente na História dos EUA cometeu o descalabro de indicar o próprio primo para ocupar uma vaga na Supreme Cort? Ou mesmo indicar o - literalmente - advogado de seu partido? Pois saiba que casos assim já ocorreram no Brasil e atualmente temos dois ministros do STF indicados nessas condições, são eles Marco Aurélio Mello e Dias Toffoli.

Toffoli é possivelmente o caso mais escandaloso, pois este individuo sequer tem Mestrado, além disso ele já fez concurso para Juiz e não passou - DUAS VEZES! Não sei você, leitor, mas eu acho que devem haver juristas Brasil afora com um currículo melhor que o do Toffoli, pelos céus! E ainda por cima o cara é petista!

Quanto ao Marco Aurélio, somente recomendo que você leia esse coice de mula que ele tomou do Barbosa certa vez.

Enfim, de modo resumido, o ponto que quero chegar é que embora esse sistema de indicações seja comum em diversos países, ele simplesmente não funciona na cultura brasileira, onde o famigerado Q.I (quem indica) se sobrepõe a uma escolha técnica, que prese pelo currículo do individuo. Não haveria problemas com tais indicações se elas fossem responsáveis, mas na maioria das vezes não o são.

O concurso público poderia melhorar a qualidade do STF, bem como melhorou a dos serviços públicos, outrora ocupados por apadrinhados incompetentes, nesse sentido, infelizmente, cabe observar que ainda existem nas repartições públicas muitos dinossauros oriundos do pré 88, além é claro dos funcionários comissionados, outra praga que precisa acabar com urgência, mas isso é assunto para outro post...

O Temer está prestes a indicar um substituto ao falecido Teori Zavascki, torçamos para que seja uma escolha estritamente técnica e não politica - não me custa sonhar.


Aquila non capit muscas