sábado, 26 de fevereiro de 2022

Como escolher uma faculdade para prestar concursos?

Um diploma de faculdade é uma ferramenta formidável para um concurseiro, afinal possibilita que ele faça concursos com menor concorrência do que aquelas surreais notadas em concursos de ens. médio, de modo que muitas vezes acaba sendo mais fácil classificar num concurso de 10k com concorrência peneirada do que num de 3k para ens. médio.

Mas qual faculdade escolher?

Bom, já dei a a dica neste post de, como solução de curto prazo, fazer um tecnólogo para pelo menos desbloquear aqueles concursos que servem qualquer formação superior.

Também já listei a qualidade de certas faculdades para concurso.

Noutro post já indiquei que direito é o melhor diploma que um concurseiro pode ter - mas talvez a solução não seja tão linear assim, como veremos a seguir.

O fato é que decidir qual faculdade cursar é uma escolha que leva em conta fatores muito pessoais e portanto peculiares a cada individuo. 

No entanto, se o seu foco maior é concursos, recomendo, além das dicas dos posts anteriores, ponderar dois fatores e como eles se relacionam entre si.

Estes dois fatores a que tudo se resume na hora de se escolher uma boa faculdade para concursos são os seguintes:

          1- Quantidades de editais ofertados para a área
          2- Quantidade de gente formada na área

Em linhas gerais você quer um curso que tenha muita vaga, mas ao mesmo tempo quer enfrentar popuca concorrência.


Categoria 1
Cursos com muita vaga, porém muita gente formada:

Direito tem muita vaga para concurso, entretanto, a concorrência é quantitativamente alta e qualitativamente alta também, tendo em vista que muitos dos que fazem tal faculdade já a iniciam visando concursos.

Nunca fiz um levantamento a respeito, mas observo que comunicação social é uma área que sempre oferta muitas vagas, só não sei se há muita gente formada nisso... Pedagogia também, estando no mesmo patamar.


Categoria 2
Cursos com muita vaga e pouca gente formada (A ESCOLHA IDEAL!):

Estes são os da melhor categoria.

Cursos como arquivologia quase não tem formados, porém costumam pipocar em editais.


Categoria 3
Cursos com pouca vaga e muita gente formada:

Evidentemente que está é a pior categoria de faculdades para concursos. História por exemplo, é um curso com bastante gente formada, que oferece muito poucos editais - a grande maioria é para professor, os quais nem estou considerando aqui. Se for fazer uma licenciatura e tiver aptidão, recomendo física, química e biologia, que lançam mais editais, inclusive fora da área de educação, e, tem menos gente formada, o que me leva a nossa categoria seguinte...


Categoria 4
Cursos com pouca vaga e pouca gente formada:

Observe que esta categoria não é tão ruim quando a 3, pois embora ocorram poucos editais, a concorrência também é baixa. A maioria dos cursos nesta categoria são da área de exatas.


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Fatores a considerar ao escolher um concurso

 Caros amigos, um concurseiro profissional como este que vos fala não escolhe concursos aleatoriamente para fazer, leva em conta alguns fatores, alguns mais óbvios que outros. Tais fatores, listo e descrevo a seguir, estão em ordem, do mais ao menos importante.

Vamos lá.


1- Aspecto financeiro

Não há o que se discutir, o fator financeiro é o mais importante na hora de se escolher um concurso, em linhas gerais, diz respeito a remuneração líquida de um concurso, benefícios e possibilidades de aumento de ganhos ao longo da carreira, por exemplo, através de progressões, triênios e afins.

Na verdade, este fator financeiro é tão fundamentalmente importante, que se for muito brutal, por exemplo na casa dos 15k líquidos, pode ofuscar completamente todos os outros fatores que listarei a seguir.

Dentro do fator financeiro temos dois subitens importantes:

1.1- Custo de vida

Este aqui é importante e um tanto complexo, 1k vale mais no interior que na capital, onde as coisas são mais caras, mas, como dito, pode ser complexo e não muito óbvio comparar custos diversos entre cidades, nuns lugares, por exemplo, os imóveis são mais em conta, porém gastos com comida são piores.

1.2- Gastos essenciais para alocação (transporte e eventual aluguel)

Às vezes o concurseiro-concursado precisa se ajeitar nas proximidades do novo lugar de trabalho, o gasto com aluguel então pesa e deve, ao meu ver, ser considerado na hora de se calcular o salário liquido, especialmente se o concurseiro não pagar aluguel em sua cidade de origem, outra opção, mais econômica, seria viajar para o local de trabalho, mais fácil de fazer em distâncias pequenas e se o concurseiro for, por exemplo, plantonista, nesse caso também há gastos a se considerar que prejudicam o salário liquido.

Também há os gastos com transporte entre a cidade de trabalho, que não é seu lar, e sua cidade de origem, onde muitas vezes está sua família, isso deve ocorrer quase todos os finais de semana e ser considerado na hora do cálculo do rendimento liquido, embora com grau de importância menor.


2-  Cidade de trabalho

Este fator já é bem menos importante do que o nosso elencado no número 1, especialmente para concurseiros que estejam mais desesperados, mas ainda assim é importante. 

Diz respeito a cidade onde o concurseiro vai trabalhar, geralmente, quanto mais perto de casa, melhor, mas às vezes o concurseiro sempre quis morar em cidade X, e fazer um concurso lá pode ser uma boa oportunidade.

Às vezes ele é da serra, mas deseja morar na praia, às vezes é da praia, mas quer morar na serra. Às vezes é da cidade, mas quer morar no interior, e vice-versa.


3- Carga horária e flexibilidade através da possibilidade de Home Office 

Não muito o que explicar aqui, trabalhar 30 horas é melhor que trabalhar 40, te deixa com mais tempo livre pra estudar ou relaxar, se você preferir.

A possibilidade do Home Office também é um grande atrativo, como no setor público brasileiro as mudanças tendem a ser mais lentas, creio que uma melhor regulamentação do Home Office na maioria dos órgãos ainda caminhará a passos de formiga, sendo assim, órgãos que já oferecem essa possibilidade de cumprir parcela da carga horária via home office são atrativos. O tópico é grande e vai afetar muito (para melhor) a qualidade de vida do trabalhador nos próximos anos, vale um post a parte!


4- O que o concurseiro vai fazer (atribuições do cargo)

Este é apenas o quarto fator mais importante, conheço concurseiros que sequer leem as atribuições do cargo para o qual prestam concursos, focando apenas nos rendimentos e, apenas descobrem o que irão fazer após já nomeados.

Para mim mesmo, tanto faz, eu simplesmente não me importo muito, poderia ganhar para dar aula ou para trabalhar como almoxarife, o mais importante é o salário, este aqui talvez seja apenas um pequeno fator de desempate, coloquemos assim.

Ser servidor burocrático não é o sonho de infância de ninguém e simplesmente eu não me importo com o trabalho, desde que pague bem. Lembrando que isso não significa ser um trabalhador porco, pelo contrário, somos profissionais frios que fazem o serviço e são pagos por isso, lembre-se: um emprego é aquilo que você é pago para fazer, porque ninguém faria de graça.

5- Órgão de trabalho (Ambiente de trabalho)

Já falei do cargo, mas ser assistente administrativo no INSS é diferente de ser assistente administrativo numa escola de educação básica, afinal, apenas no segundo você ouve criançada gritando na hora do recreio. Assim, o órgão de trabalho se faz importante. Alguns órgãos tem, fama de ser ambientes mais saudáveis que outros, onde reina a discórdia e o conflito, mas isso varia muito em polos do mesmo órgão, de modo que a cultura de conflito pode ser muito influenciada pelos trabalhadores da repartição, especialmente pelo chefe da vez.

Geralmente só da pra descobrir quando você já trabalha lá dentro, e não não há muito que considerar neste fator, na hora da escolha. 

Um mesmo órgão tem seus prós e contras, vide universidades federais, geralmente professores universitários são figuras muito arrogantes e você terá que pisar em ovos ao ouvir conversas sobre politica, porém pode conhecer umas universitárias interessantes, se é que me faço entender com estes eufemismos educados.

Um subfator abrangido por este diz respeito a respeitabilidade do órgão pela sociedade, trabalhar na PF, por exemplo, te faz ser visto com bons olhos, por ser uma instituição muito respeitada, mas, apenas um pequenino fator que não pesa muito.

Aquila non capit muscas