sábado, 26 de fevereiro de 2022
Como escolher uma faculdade para prestar concursos?
domingo, 6 de fevereiro de 2022
Fatores a considerar ao escolher um concurso
Caros amigos, um concurseiro profissional como este que vos fala não escolhe concursos aleatoriamente para fazer, leva em conta alguns fatores, alguns mais óbvios que outros. Tais fatores, listo e descrevo a seguir, estão em ordem, do mais ao menos importante.
Vamos lá.
1- Aspecto financeiro
Não há o que se discutir, o fator financeiro é o mais importante na hora de se escolher um concurso, em linhas gerais, diz respeito a remuneração líquida de um concurso, benefícios e possibilidades de aumento de ganhos ao longo da carreira, por exemplo, através de progressões, triênios e afins.
Na verdade, este fator financeiro é tão fundamentalmente importante, que se for muito brutal, por exemplo na casa dos 15k líquidos, pode ofuscar completamente todos os outros fatores que listarei a seguir.
Dentro do fator financeiro temos dois subitens importantes:
1.1- Custo de vida
Este aqui é importante e um tanto complexo, 1k vale mais no interior que na capital, onde as coisas são mais caras, mas, como dito, pode ser complexo e não muito óbvio comparar custos diversos entre cidades, nuns lugares, por exemplo, os imóveis são mais em conta, porém gastos com comida são piores.
1.2- Gastos essenciais para alocação (transporte e eventual aluguel)
Às vezes o concurseiro-concursado precisa se ajeitar nas proximidades do novo lugar de trabalho, o gasto com aluguel então pesa e deve, ao meu ver, ser considerado na hora de se calcular o salário liquido, especialmente se o concurseiro não pagar aluguel em sua cidade de origem, outra opção, mais econômica, seria viajar para o local de trabalho, mais fácil de fazer em distâncias pequenas e se o concurseiro for, por exemplo, plantonista, nesse caso também há gastos a se considerar que prejudicam o salário liquido.
Também há os gastos com transporte entre a cidade de trabalho, que não é seu lar, e sua cidade de origem, onde muitas vezes está sua família, isso deve ocorrer quase todos os finais de semana e ser considerado na hora do cálculo do rendimento liquido, embora com grau de importância menor.
2- Cidade de trabalho
Este fator já é bem menos importante do que o nosso elencado no número 1, especialmente para concurseiros que estejam mais desesperados, mas ainda assim é importante.
Diz respeito a cidade onde o concurseiro vai trabalhar, geralmente, quanto mais perto de casa, melhor, mas às vezes o concurseiro sempre quis morar em cidade X, e fazer um concurso lá pode ser uma boa oportunidade.
Às vezes ele é da serra, mas deseja morar na praia, às vezes é da praia, mas quer morar na serra. Às vezes é da cidade, mas quer morar no interior, e vice-versa.
3- Carga horária e flexibilidade através da possibilidade de Home Office
Não muito o que explicar aqui, trabalhar 30 horas é melhor que trabalhar 40, te deixa com mais tempo livre pra estudar ou relaxar, se você preferir.
A possibilidade do Home Office também é um grande atrativo, como no setor público brasileiro as mudanças tendem a ser mais lentas, creio que uma melhor regulamentação do Home Office na maioria dos órgãos ainda caminhará a passos de formiga, sendo assim, órgãos que já oferecem essa possibilidade de cumprir parcela da carga horária via home office são atrativos. O tópico é grande e vai afetar muito (para melhor) a qualidade de vida do trabalhador nos próximos anos, vale um post a parte!
4- O que o concurseiro vai fazer (atribuições do cargo)
Este é apenas o quarto fator mais importante, conheço concurseiros que sequer leem as atribuições do cargo para o qual prestam concursos, focando apenas nos rendimentos e, apenas descobrem o que irão fazer após já nomeados.
Para mim mesmo, tanto faz, eu simplesmente não me importo muito, poderia ganhar para dar aula ou para trabalhar como almoxarife, o mais importante é o salário, este aqui talvez seja apenas um pequeno fator de desempate, coloquemos assim.
Ser servidor burocrático não é o sonho de infância de ninguém e simplesmente eu não me importo com o trabalho, desde que pague bem. Lembrando que isso não significa ser um trabalhador porco, pelo contrário, somos profissionais frios que fazem o serviço e são pagos por isso, lembre-se: um emprego é aquilo que você é pago para fazer, porque ninguém faria de graça.
5- Órgão de trabalho (Ambiente de trabalho)
Já falei do cargo, mas ser assistente administrativo no INSS é diferente de ser assistente administrativo numa escola de educação básica, afinal, apenas no segundo você ouve criançada gritando na hora do recreio. Assim, o órgão de trabalho se faz importante. Alguns órgãos tem, fama de ser ambientes mais saudáveis que outros, onde reina a discórdia e o conflito, mas isso varia muito em polos do mesmo órgão, de modo que a cultura de conflito pode ser muito influenciada pelos trabalhadores da repartição, especialmente pelo chefe da vez.
Geralmente só da pra descobrir quando você já trabalha lá dentro, e não não há muito que considerar neste fator, na hora da escolha.
Um mesmo órgão tem seus prós e contras, vide universidades federais, geralmente professores universitários são figuras muito arrogantes e você terá que pisar em ovos ao ouvir conversas sobre politica, porém pode conhecer umas universitárias interessantes, se é que me faço entender com estes eufemismos educados.
Um subfator abrangido por este diz respeito a respeitabilidade do órgão pela sociedade, trabalhar na PF, por exemplo, te faz ser visto com bons olhos, por ser uma instituição muito respeitada, mas, apenas um pequenino fator que não pesa muito.