No final do ano passado, o ministro da economia asseverou algo que pode ser antagônico para com a receita de bolo liberal, mas que é bastante pertinente: “O cara fuma muito? Bebe muito? Taca um imposto nele”.
Uma forma de compensar os malefícios sociais que o uso destas referidas substancias pode causar a quem optou por não fumar ou beber, o que é conhecido como Imposto pigouviano.
Pois bem, pessoalmente apoio a medida.
Admito não ter pesquisado dados a respeito, mas nos últimos anos notei um alto crescimento no consumo desenfreado de bebidas alcoólicas entre os mais pobres e jovens.
Convenhamos que os ultimo anos têm sido muito duros principalmente para os mais pobres e jovens depois que a gestão Dilma resolveu acabar com a já então capenga economia tupiniquim. Então o cenário já deplorável é favorável para que jovens pobres sem nenhuma visão de futuro, frutos de um sistema educacional falho encontrem no consumo desenfreado de bebidas uma válvula de escape a realidade cinza em que vivem.
Aqui no RJ, bebidas como a chamada Corote são surpreendentemente populares entre os mais jovens, associadas a cultura do binge drinking, ao preço barato (a garrafa de meio litro custa entre três e cinco reais) e sabor adocicado e um tanto suave se comparado a vodca pura, a coisa ficou popular e é desnecessário comentar os estragos que bebidas alcoólicas tão baratas podem ter para a sociedade como um todo.
O Carnaval tai, a III Guerra já chegou no Brasil e não tem nada a ver com as relações entre EUA e Irã.
A gravura que ilustra o post é datada de 1840, intitulada, "O rei álcool e seu Primeiro ministro". No canto direito os termos em inglês dão o resumo da opera: Pobreza, miséria, crime e morte.
Bebida não é só questão de problema financeiro, crises etc. Tem muita gente que bebe porque gosta mesmo.
ResponderExcluirGente rica, gente de classe média e gente pobre. Bebe porque porque tá feliz e quer comemorar, bebe porque tá trite e quer afogar as máguas, bebe pra se enturmar, bebe pra esquecer etc
São várias as supostas motivações. Ma no fim das contas a maioria bebe porque quer e gosta ou porque já são viciados.
A bebida não é tratada como algo sério na maior parte do mundo, especialmente no ocidente e vemos todos os dias as consequências do consumo desregrado e irresponsável do álcool.
Acidentes de carro, comas alcoólicos, violência doméstica, brigas em bares etc etc. Bêbados são levados na brincadeira, poucos se atentam as todo o contexto e todas as consequências na vida de um alcoólatra.
Enquanto o uso do álcool for encarado por muitos como requisito básico para a vida adulta todo esse contexto continuará, independente de crises econômicas e afins.
Espero que você largue mão da manguaça, esse negócio de ficar bebendo igual um opalão (especialmente a troco de nada) não leva a nada. E não invente desculpas para seu desequilíbrio com a bebida.
Seja inteligente e responsável e tome uma atitude firme.
Pode dobrar, triplicar o imposto sobre bebidas alcoólicas e cigarros que não é por este motivo que a pessoa irá largar o vício. Impostos exorbitantes só incentivam a sonegação e contrabando de produtos.
ResponderExcluirSe essa lógica fosse verdadeira, bastaria aumentar o imposto sobre combustíveis pra incentivar a população a andar de transporte público e deixar o carro na garagem.
Na verdade, o brasileiro não sabe quanto paga de imposto sobre produtos/serviços. Proporcionalmente, o imposto sobre consumo/serviço pesa mais no bolso da população de baixa renda.
Por exemplo: não faz diferença para o rico se o imposto sobre a energia é de 40%, pois ele não deixará de ligar o ar condicionado por causa disso. Agora para quem ganha um salário mínimo o aumento do imposto vai fazer diferença sim no final do mês.
Assim, o governo brasileiro é ganancioso e tributa tanto a renda quanto o consumo. O que deveria ser feito é aumentar o tributo sobre a renda (quem ganha mais, paga mais) e diminuir os tributos sobre consumo/serviço fazendo a economia girar. Mas nenhum governo quer mexer no bolso de quem ganha MUITO, ou seja, os poderosos.