segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Marajás em Brasilia, cadeirada em Marçal e a qualidade da politica no Brasil

 Cena histórica na televisão brasileira, é algo assim que o apresentador do debate paulista descreve a cena de uma cadeirada do candidato José Datena no outro, Pablo Marçal.

Estou aqui parafraseando porque não lembro exatamente qual foram as palavras, lembro que foram severas, mas não deixaram de sublinhar o caráter marcante da cena, ficará para os anais da História, ainda que pela infâmia, talvez porque se não há qualidades, só nos reste a infâmia, o circo, o barraco.

A cadeirada em si e o debate como um todo são sintomas de um problema endêmico do Brasil e bem mais amplo: a baixíssima qualidade daqueles que entram pra politica. Gente despreparada que só esta lá pra minar os cofres públicos, ideologias e ideias são quase inexistentes.

Quando existentes, nada mais que são do que máscaras para disfarçar o verdadeiro objetivo: sequestrar o patrimônio público para o respectivo clubinho politico.

O problema é cultural, a população é iletrada e se digladia achando que o problema está a esquerda ou a direita, quando na verdade, esta com os marajás fumando charutos em Brasília. 



domingo, 15 de setembro de 2024

Carreira de Concurseiro vai ao CNU

 Bom, este post aqui vai ser estilo Akira Toriyama, de modo que começo a redigi-lo sem saber exatamente o que por no papel. Só tenho o título e o tema geral em mente.

Sim, após anos parado sem jogar sério, eu fiz um concurso, sim, foi o Concurso Nacional Unificado, vulgo CNU para os mais íntimos, ou ENEM dos concursos para jornalistas de pouca criatividade.

A prova foi num domingo qualquer em agosto, tive que fazê-la numa cidade diferente da minha. Cheguei na véspera com calma, ainda sou pobre mas não tanto como era quando startei este blog, posso pagar um hotelzinho de categoria mínima e descansar pro grande dia ao invés de fazer um bate volta que tem potencial pra me deixar cansado antes mesmo do apito inicial da prova.

A cidade tinha praia, quem me conhece, sabe que gosto de praia, passei a tarde numa, cerveja sem álcool pra não correr o risco de acordar de ressaca.

Amanheceu o grande dia, tomei café com calma numa padaria perto do hotel e dali fui pro estádio (leia-se escola onde faria a prova). Gosto de ser um dos primeiros a chegar, mas administro audazmente o momento certo de entrar no prédio da escola onde ocorrerá o evento. 

O movimento fora do prédio já era grande. Ali tem uma mistura de adversários, a maioria é bucha de canhão, mas vários são muito bons, a questão é que não sei quem é quem. Mas sempre ouço pessoal bater papo sobre esta vida de concursos. pessoalmente procura evitar puxar assuntos neste momento e quando alguém puxa comigo, não dou muita corda. Embora eu não seja assim no dia a dia, a questão é que ali, naquele instante pré prova, eu estou concentrando.

Confesso que eu estava estudando muito pra prova quando ela ocorreria em abril, quando ela foi adiada, parei de estudar. Então achei que apanharia feio.

Mas no momento da prova d a manhã, fiquei perplexo ao constatar o nível de facilidade, cheguei a olhar a capa da prova mais de uma vez para afirmar que eu estava com a prova em mãos e não teria recebido por engano uma prova para  auxiliar de creche em Pindamonhangaba.

Mas a prova era aquela mesmo, ou estava muito fácil ou eu teria ficado muito bom em concursos após tantos anos. O certo seria que ela estava muito fácil.

Conferi o gabarito no dia seguinte, acertei 18/20. Consegui a proeza íncrivel de não gabaritar.

Fui almoçar, intervalo para o segundo tempo.

Começou o segundo tempo, outra provinha fácil, embora não tanto como a primeira. Aparentemente a CesgranRio é conhecida por fazer provas fáceis, o que é ruim, deixam a coisa toda ainda mais incerta com um monte de gente acertando quase tudo.

Acho que não chego a classificar, mas voltei pra casa com a auto estima nas nuvens após um belo desempenho.

Aquila non capit muscas