terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Resolvi fazer um concurso só pra distrair

 Eu fiz apenas um concurso em 2022, não, não foi o do Senado Federal.

Foi prum cargo de nível superior em um pequeno município do interior, com salário análogo ao meu atual.

Não, não me interessava a mudança.

Mas o Carreira de Concurseiro anda tão parado que resolvi fazer acho que pensando em ter o que escrever aqui.

Tirei um domingo qualquer e fui de carro próprio a cidade do concurso, uma cidadezinha destas muitas que tem no interior, vocês sabem o tipo ou até moram numa delas. Uns 20 ou 30 mil habitantes e com não muito o que fazer.

Os preços pelos menos são módicos, especialmente de imóveis, se comparados a cidade grande. Já pensou ganhar bem numa cidadezinha destas? Talvez num cargo federal que paga exatamente igual a seu homólogo na cidade grande...

Pois bem, cheguei cedo ao local e comi como um rei obeso na churrascaria mais popular do local, ao preço do restaurante mais barato que fica próximo a minha repartição em minha cidade de trabalho.

Péssima estratégia.

Comer pesado antes da prova torna a digestão mais trabalhosa, o que sobrecarrega nosso cérebro, não me peça uma explicação mais detalhada, eu  sou de humanas.

Mas, só estava fazendo a prova pra me distrair, então tanto faz.

Fui pra frente do local de prova e sentei num meio fio estreito e desconfortável. Um bando de roceiros se agregava próximo, esperando a abertura dos portões e falando um monte de bobagens, na cidade grande o cidadão médio fala muita bobagem, mas roceiros são mestres nisso.

Notei um conhecido meu próximo, sentado mais adiante no meio fio, estudando. Evidentemente que este cara levava o concurso a sério. Vou chamá-lo doravante de especialista fiscal. Porque há uns anos, creio que há uns sete anos, ele me disse que somente estudava pra área fiscal.

Um carequinha gente boa que era amigo de um amigo que frequentava boates comigo quando eu era mais novo. Sim, houve um período negro de minha vida em que eu frequentava boates, hoje sinto vergonha de dizer isso. Mas, divago.

Portões abertos. Dei meia hora mais la fora antes de entrar, como é estratégico, passei no banheiro e enchi a garrafa d'água, fui pra sala faltando uns 15-20 minutos pro inicio, perfeição!

O mau é que já não podia escolher a cadeira de minha preferência, a maioria estava ocupada, então se você é desses que quer escolher, é melhor tentar chegar um pouco mais cedo, exceto claro em provas de bancas que notoriamente já indicam a cadeira pra você sentar.

Mas nem tudo está sobre meu controle, a prova ainda atrasou uns cinco minutos pra começar em minha sala, enfim. Pelo menos não peguei um daqueles fiscais chatos que falam bem além do necessário. Este falava o essencial, o que eu espero de um fiscal.

Quando eu estava sentado, esperando a prova começar, quem entra na sala? Ele, o Especialista Fiscal. Não pude deixar o grau de nervosismo e agitação nos braços sempre na vertical e mais acentuada nas mãos que insistiam em mexer de um lado pro outro enquanto rentes ao corpo.

Nervosismo de quem estudou muito e depende da aprovação, bônus se já estiver estudando há anos sem resultados de classificação, o que me parece ter sido o caso.

O especialista fiscal sempre foi um cara educado e simpático, o tipo de cara para o qual você torceria num concurso.

Eu, fiz a prova  e não pude deixar de notar meu despreparo em certas matérias, estou há anos parado, se este concurso me serviu pra algo, serviu pelo menos pra me fazer notar o quanto eu estou destreinado. É preciso me atualizar.

Saí da escola. Um dos primeiros, provavelmente pontuando muito longe da classificação, mas pra mim não era jogo sério, se fosse eu teria brigado questão a questão e olha só, teve até uma que marquei errado no gabarito. Displicência amadora. 

Encontrei um antigo colega, de meu penúltimo emprego, o qual agora ocupa cargos em comissão razoáveis. Ele me perguntou como fui, disse que a prova estava chata e relativamente difícil pro salário que este cargo pagava, nada formidável. Ele concordou, mas disse assim "Mas Astronauta, se você acha que tá ruim pra gente, saiba que tem gente pior", concordei com a cabeça, me despedi com um abraço e caminhei ao meu carro pensando que sim, tem muita gente pior, este sempre foi o caso, são os bucha de canhão, mas tais figurantes não são e nem nunca foram meus adversários, brigo mesmo com os candidatos realmente competitivos. 

Em tempo, o Especialista Fiscal foi bem na prova, não classificou, mas está na cola dos primeiros.

E assim foi fazer um concurso por Hobby. Chamem-me de louco, mas eu faria de novo. Se por algo, pelo menos pra ter o que escrever aqui...

domingo, 25 de dezembro de 2022

Memórias de um Concurseiro que não faz concurso

 Os últimos anos tem sido relativamente gentis para mim. Relativamente. Talvez porque eu sempre estive acostumado a apanhar muito na vida, mas quando fui nomeado em meu cargo atual há uns quatro anos, a vida até que melhorou um pouco e se assentou.

Não é meu primeiro cargo público, mas de longe é o melhor, já falei de cargos públicos horríveis que tive aqui.

Me acostumei então a segurança de uma monotonia, de uma rotina diária que me traz uma segurança melancólica. 

Ontem, no entanto, fui trabalhar e notei que o dia estava particularmente cinza. Um desanimo se abateu sobre mim e me dei conta que meus sonhos de riqueza tem ficado distantes, em segundo plano ou mesmo esquecidos em prol de uma vidinha modesta e segura.

Não viverei para sempre, estou envelhecendo aos poucos nesta rotina. 

Isso, meus amigos, é a zona de conforto a qual me acostumei.

Ainda me identifico como concurseiro, no sentido que pelo menos desejo, fazer concursos. Mas não os faço.

A pandemia foi um baque, congelou novos editais... mas não foi só ela que me inibiu, eu também sou culpado.

Mas não sou irresponsável, procuro ser ético e tenho minhas responsabilidades em meu cargo atual, o público depende de mim, não posso fazer um trabalho porco.E sinceramente, agora que estou dentro desconheço que se se tenha tão pouca demanda assim num cargo público como reza a lenda, talvez isso seja verdade em outros órgãos, ou tenha sido em outros tempos... Mas, se você for um bom profissional, sempre te procurarão aumentando suas responsabilidades, geralmente pelo mesmo salário, e eu sou daqueles que não sabe dizer não.

Esta talvez seja a falha, admito, na estratégia Carreira de Concurseiro que eu prego aqui.

Você corre o risco de se acomodar num salário medíocre.

E se afundar em demandas daquilo que deveria ser apenas algo temporário, uma etapa de um Carreira de Concurseiro.

Entretanto, continuo afirmando que se você é pobre, não se pode dar  ao luxo de só ir em concursos de alto nível, faça o que pintar, para se manter.

Se você é rico e tem quem o banque, a carreira de concurseiro não é pra você, vá direto nos cargos muito bons.

Por fim, se for mesmo seguir a carreira procure, sempre que possível, favorecer cargos que sejam bastante tranquilos e que te possibilitem estudar pra outra coisa melhor, procure também se manter motivado, sempre estudando.

E tenha, claro, um Feliz Natal. Forte abraço.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Dica para concurseiros iniciantes: Agente de endemias

 Quer iniciar uma carreira de concurseiro num cargo que paga pelo menos dois salários mínimos mais insalubridade e que pode pintar em qualquer municipio, até em cidadezinha de interior?

Agora você pode!

Graças a essa linda emenda constitucional de 2022. confira (eu grifei os trechos mais interessantes):

§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) Regulamento

§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006)

§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias fica sob responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o trabalho desses profissionais.      (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias serão consignados no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não será inferior a 2 (dois) salários mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias terão também, em razão dos riscos inerentes às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos, adicional de insalubridade.    (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

É isso mesmo, neste cargo você terá constitucionalmente o direito garantido de ganhar ao menos dois salários mínimos mais insalubridade, tudo custeado pela União. Não terá risco de ter o salário defasado, tendo em vista que o SM é anualmente reajustado, sempre corrigindo a inflação.

Excelente oportunidade para iniciar uma carreira de concurseiro.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

"Seisou" com S de seis anos: Seis anos de "Carreira de Concurseiro"

 Serei muito breve, pois ando ocupado demais. 

Mas a tradição é dar uma palavrinha nesta data, aniversário de "Carreira de Concurseiro", seis anos não são seis dias.

Em análise retrospectiva, fiz poucos concursos ao longo da existência deste blog, estou no mesmo cargo há anos inclusive.

No noticiário, a data é marcada pela PEC 32, a tal da reforma administrativa, que assombra concurseiros em todo o país. Espero que não passe.

Espero que não passe porque ter uma cultura concurseira é bom para a sociedade comum um todo e é ótimo para a administração pública de qualidade. Que seleciona profissionais meritocraticamente e não por mero apadrinhamento politico. 

Espero que essa PEC seja apenas um susto. Para o bem deste país. Não podemos nos dar ao luxo de regredir. 

Quanto ao blog.

Está as moscas, o número de visitas diminuiu drasticamente, o que sinceramente me tira motivação para produzir conteúdo aqui, afinal, chega a muito pouca gente.

Mas vamos ver. Como já disse aí, não tenho planos nem razão para excluir o blog, ele sempre estará aí.

Todavia, tendo seguir a tendência que venho mostrando e postar menos conteúdo. 2022 está sendo o ano que menos postei aqui, desde o inicio do blog. Já não tenho o entusiasmo que tinha quando comecei a "blogar".

Quanto a mim.

Atualmente dedico muito tempo ao meu trabalho e ainda quero passar em um concurso de altíssimo nível, estilo Receita Federal.

É isso, que venham mais seis anos!

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Como um concurseiro deve votar no segundo turno? (2022)

 Bom, isso vai chatear a maioria dos eventuais leitores deste blog, que são bolsonaristas ou pelo menos anti petistas ao ponto de preferirem até o Bolsonaro do que o PT no poder.

De fato o assunto é delicado e aflora os ânimos de muitos.

Particularmente, eu considero ambos candidatos muitíssimo ruins e em qualquer país sério sequer seriam considerados a síndico de prédio, quanto mais a presidir a república.

Mas este, não é um país sério.

São essas as opções, por mais que queiramos outras: Lulo, Bolsonero ou se abster de escolher entre o menos pior.

Essa semana, o Amoedo, um político que respeito, até porque não é exatamente o que se entende no léxico brasileiro como "político", talvez por isso soe estranhe chamá-lo assim... 

Talvez seja porque no Brasil os políticos nascem ao contrário do ideal: é gente inútil que vai pra política pra enriquecer, ao invés de ser gente já feita que vai pra vida pública em busca do bem comum. O Amoêdo é o contrário deles, portanto é o ideal.

Pois bem, essa semana, o Amoêdo (deixa eu retomar o texto onde estava após essa longa observação) foi muito criticado por declarar o voto em Lula. Pessoalmente, penso que para ele o ideal seria declarar voto em branco, mas o camarada tem total liberdade de escolher o menos pior dos males e ele mesmo disse que seria oposição imediatamente no dia seguinte.

Mas e um concurseiro, como deve votar?

A resposta é óbvia.

Lula.

Dou a razão em linhas gerais: atualmente está tramitando no congresso um texto horrível da chamada reforma administrativa, assinada pelo próprio Paulo Guedes. 

Em diversos posts aqui no Carreira de concurseiro, expliquei porque esta PEC é muito ruim.

Fato é que os bolsonaristas conseguiram alto quórum em ambas as casas legislativas federais, o que pode ocasionar que essa "reforma" seja aprovada. O Lula no Executivo pode equilibrar as coisas, em outras palavras, os malucos extremistas se anulam.

O texto é ruim não só pra que pretende fazer concurso, como também o é pro usuário do serviço público, que terá que lidar majoritariamente com cabides de emprego apadrinhados políticos.

E eu? Como voto?

Bom, após a minha explicação acima, a resposta correta seria Lula, o momento seria de votar com o fígado.

Mas creio não ter estômago para isso.

Apesar de tudo, não tenho coragem de digitar o 13 na urna, ainda estou invicto quanto a isso.

Então devo votar em branco.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Socialização de dividas estudantis: No BR ninguém é contra

 Estava eu assistindo o debate presidencial no último domingo, quando um assunto usado como palanque pelo Bolsonero me chamou a atenção, em dado momento do debate: ele diz ter sido responsável por sanar dividas estudantis com o Fies em até 99%.

Basicamente, o cara faz política com a nossa carteira, dizendo orgulhosamente que todos nós pagamos por Uniesquinas usufruídas por outras pessoas.

Uma verdadeira socialização da dívida estudantil.

Quem acompanha a internet anglófona, especialmente em meios como o YouTube e o Reddit, sabe que a quitação de dívidas estudantis com o governo federal de lá é uma questão antiga que gera muitos debates acalorados.

Não sei mais em que pé está, mas num breve google, pude notar que o Biden já caminhou um pouco nesse sentido, não liberalizando geral, mas perdoando dívidas para ex-estudantes que atendam a certos parâmetros (vide BBC, em inglês). Provavelmente, se fosse um presidente do partido Republicans somado a  um Congresso dominado pelo mesmo partido, isso nem teria ido pra frente...

No Br é diferente! Todo mundo parece orgulhosamente feliz em poder perdoar dívidas de estudantes que realizaram cursos muitas vezes em universidades de péssima qualidade, vulgo uniesquinas, com preços lá em cima impulsionados justamente pela faculdade deste crédito estudantil ofertado pelo governo.

Não espero coisa diferente do que se entende por esquerda. É justamente isso que eles defendem...

O curioso é que por aqui, a chamada direita edita uma MP por meio de seu presidente ultra populista, a qual posteriormente é transformada em lei pelo Congresso, vide aqui.

À direita, apenas silêncio.

Os think tanks que poderiam dizer algo a respeito e tentar combater essa nonsense estão ocupados demais, se me perdoam a expressão de baixo calão, lanbendo as bolas do excrementício imbecil responsável pela edição desta MP, Sr. Jair M. Bolsonaro (gosto de pensar que o "M" é abreviação de merda).

Quem aí teve dívida perdoada com isso, vai ficar chateado com o meu texto, mas ta aí, publicada minha opinião, em linhas gerais, não acho legal que todo mundo pague por algo que nem todo mundo usou, Faço ressalvas com programas sociais que atendem os extremamente humildes, estilo auxílio Brasil, mas pagar universidade pra uma população majoritariamente de classe média é simplesmente bizarro. Ainda mais sendo, em sua maioria, universidades de muito baixa qualidade cobrando preços superestimados. 

Meus amigos, esse país é uma piada sem futuro.



domingo, 25 de setembro de 2022

Senado: Quantitativo de pedidos de isenção

 Confesso que tenho deixado os estudos para o Senado em segundo plano, ao passo que foco no concurso da Receita Federal, de modo que, para o Senado, só tenho estudado as matérias mais generalistas - português, inglês, informática etc, tendo em vista que são matérias em comum com a Receita.

Ainda assim, vou fazer a prova, ainda que provavelmente vá apanhar na parte específica. Estou inscrito no concurso, e sinceramente, cheguei num ponto que fazer concursos para mim é uma diversão. Na pior das hipóteses, vai ser um amistoso que servirá como treino pra Receita, jogo sério, pelo menos para mim.

Pois bem...

Quantitativo de pedidos de isenção: Termômetro do que virá?

Fui olhar o quantitativo de pedidos de isenção deferidos:

  • Um cargo de Analista que exige qualquer formação: 1.1615 pedidos. 
  • Um outro cargo de Analista que exige qualquer formação: 1.229 pedidos.
  • Policial Legislativo, que exige apenas o ens. Médio: 2.547 pedidos. 
  • Analista com formação específica em Informática: 208 pedidos.
  • Analista com formação em Enfermagem: 487 pedidos.
  • Analista com formação em Arquivologia: 57 pedidos.
  • Advogado: 634 pedidos. 

O que podemos constatar aqui?

Ora, algumas coisas óbvias.

Cargos que pedem qualquer formação superior são menos disputados que aqueles que pedem apenas ens. médio. Fato.

Porém, nem se comparam aos que pedem formação Superior específica. 

Dentre os que pedem formação específica, também há uma hierarquia clara de concorrência, com as formações mais raras trazendo bem menos concorrentes.



domingo, 4 de setembro de 2022

Concurseiro de 30 anos

Concurseiro pobre de 20 e poucos anos

O ano era 2014, ano de Copa, deu Alemanha. Há quem aquela época chorasse por um partida de futebol terminada em 7 a 1.

Eu talvez quisesse chorar por estar desempregado, com um canudo inútil na mão e sem perspectiva alguma de futuro. Resolvi me dedicar a concursos, seriam uma luz, ainda que incerta, no fim de um escuro túnel. 

Consegui algumas vitórias nestes anos, sem dúvidas a mais especial foi a de meu cargo atual, não é muita coisa, mas é trabalho honesto.

E neste ano de 2022 cheguei a casa dos 30 anos. Idade simbólica que representa o inicio de um novo ciclo na vida do indivíduo.

Concurseiro de 30 anos

No que diz respeito a concursos, a maior diferença para o inicio de minha Carreira de Concurseiro pra agora é que já não sou mais tão pobre. 

A vida é boa e eu sou um homem de gostos simples que procura não reclamar muito.

Mas concursos ainda me empolgam, gosto de fazer provas e procurar melhorar, caso contrário, você vê a vida passar estando acomodado no mesmo emprego ao longo de décadas.

Já não me interesso mais por concursos fracos de pequenas prefeituras nos cantões deste Estado que paguem mal, mas ainda há muito a se escalar nesta Carreira. Receita Federal já desponta no horizonte, Senado federal já tem edital na praça, ambos ofertando salários realmente excepcionais para os quais vale a pena se dedicar. Estes sim, cargos dignos de se encerrar uma Carreira de concurseiro.

"E quando a Carreira de concurseiro para?", você pode perguntar. Acaba só quando não se tem mais pra onde subir, quando você está naquele concurso de altíssimo nível e fazer outro somente significaria andar feito caranguejo em termos financeiros.

Aí você pode aposentar dos concursos de vez e focar em outras formas de crescimento - quem sabe avançar uma carreira acadêmica, buscar investir ainda mais etc.

A vida é curta, mas o céu é o limite.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Pra eles é só um domingo qualquer, pra você é o tudo ou nada

O concurso público como fomentador de mobilidade social

Desnecessário reafirmar algo que já bati muito a tecla aqui neste espaço: concursos públicos são umas das pouquíssimas formas de se alcançar sucesso financeiro neste país de 3º mundo.

Existem mais duas formas, pelo que escrevem por aí: cursar uma boa faculdade (especialmente medicina) ou empreender.

Pergunto, como um pobre faria algo assim, da onde o pobre tiraria dinheiro pra cursar medicina ou capital inicial para empreender? É inviável.

O que resta ao pobre é o concurso, um verdadeiro oásis em um deserto sem possibilidades de mobilidade social.

A chance de fazer um milagre, de encontrar uma saída da pobreza. Pode ser um atirador de elite e fazer diretamente um concurso de alto nível, mas creio que uma estratégia Carreira de concurseiro, que que eu prego aqui, seja o mais indicado pra quem sequer tem grana pra fazer faculdade ou se dar ao luxo de pagar muitas inscrições em concursos e fazer viagens a locais de prova.

A tarefa não é fácil.

Você contra esses desgraçados riquinhos

O pobre já saí em desvantagem, tendo que competir com ricos que tem uma estrutura muito melhor, que ganham mesadas gordas para viver estudando, que estudaram nas melhores escolas e faculdades, que podem pagar os melhores cursinhos particulares... mas quem falou que seria fácil, esses desgraçados riquinhos não tem algo que o pobre tem: a sede de vitória, a fome por dinheiro, algo que sempre lhe foi negado e nunca entregue de bandeja. 

Comece pelos concursos mais fáceis, garanto que muitas vezes concursos de até 4k sequer interessam aos riquinhos... mas nem todas as vezes, ainda assim muitas vezes eles tentam... mas não desanime, você tem algo que eles não tem, coração, vontade, desejo de mudança, necessidade de mudança.

Pra eles é só um domingo qualquer, pra você é o tudo ou nada.

Viver ou continuar apenas sobrevivendo...

Mas não desanime...

Faça um milagre.

Golias não é tão forte quanto aparenta, nem Davi é tão fraco.





domingo, 31 de julho de 2022

2022: Um Rio sem concursos

 Escrevo no ultimo dia do sétimo mês do ano, já estamos mais perto do fim de 2022 do que de seu inicio. O balanço geral aqui no Rio não é muito animador nestes primeiros sete meses, ora, se esperávamos uma inundação de concursos pós pandemia, por conta do que foi segurado nos anos de Covid, isso ainda não aconteceu.

De modo que os editais continuam escassos aqui no RJ, contrariando as expectativas, inclusive as minhas, que verificaríamos uma enxurrada de editais outrora represada pela pandemia de Covid-19. Olho para outros estados e vejo editais saindo com mais frequência, eu que sou do Sudeste vejo coisa boa saindo em MG e SP. 

Os mineiros devem estar empolgados com editais muito bons como o de sua Assembléia Legislativa e o da Fazenda estadual mineira, além de outros que estão por vir. Quem não é de MG, pode procurar mudar pra lá, terra de pão de queijo e outras comidas boas, só não tem praia, nem tudo é perfeito, como se diz...

Voltando ao Rio, os editais muitas vezes parecem ficar só na promessa, há quanto tempo fala-se em edital pra ALERJ? Ao passo que este ano já tivemos um excelente concurso pra Assembleia Legislativa de SP, ao passo que o da de MG, como dito, está rolando.

Claro que MG e SP são titãs econômicos neste país, claro também que o RJ é um estado quebrado. Fator este que contribuiu para este 2022 testemunhando um Rio sem concursos. 

Felizmente, há muitos concursos no horizonte aqui no RJ, alguns com banca já certa, destaco SEFAZ-RJ, TCM-RJ, CGM-RJ, ISS-RJ, CGM Niterói e, é claro, federais de alto nível, como Senado Federal e Receita Federal.

A expetativa é alta e os editais devem vir. Se não ocorrer, eu começo a mirar SP, quem sabe DF, mas isso é assunto pra outro post.



domingo, 10 de julho de 2022

A crueldade dos resultados de concurso

 Estive refletindo sobre essa questão ultimamente, não sei se já falei sobre isso aqui, digo, ao longo de anos já discorri sobre tantos tópicos relacionados a concursos aqui em Carreira de Concurseiro, que não me surpreenderia se eu tenha encostado nesta questão vez ou outra.

Provavelmente sempre foi um assunto periférico que nunca protagonizou um post, mas, como dizem, sempre há uma primeira vez para tudo, então aqui vai o que eu batizei de crueldade dos resultados!

O que quero dizer com isso?

Ora, qual o percentual de vagas sobre o número de candidatos nos concursos, especialmente os mais disputados (>5k)? Creio que se fizermos um levantamento, encontraremos não mais que 1% na maioria das vezes, incluindo índices de rotatividade, com convocações além das vagas - concursos pra formações especificas tendem a ofertar percentual maior.

Sendo assim, o normal, mesmo com preparo, é não classificar num concurso, o que eu pessoalmente chamo de passar, o que gera certa confusão, porque para muitos, passar em concurso é simplesmente passar na nota de corte, mas se você ficar longe das vagas, o máximo que ganhará por isso é um tapinha nas costas.

Ou seja, mesmo com preparo, se você fizer concursos esporadicamente (média de uma vez ao ano), afinal os concursos estão raros aqui no RJ, o normal é não classificar dentro das vagas. Muitas vezes por detalhe, uma questãozinha que você errou, talvez até marcada errada no gabarito em um momento de descuido, te lança num abismo da onde é impossível ser classificado.

Aí meu amigo, todo mundo que sabia que você fez o tal concurso - e que não entende nada de concursos, da sua tia ao porteiro do teu trabalho vai te aporrinhar. Porque eles não sabem que o normal mesmo é não classificar, mesmo sendo bom e preparado. 

Eles comparam seu resultado pra auditor da receita, bom, porém não classificatório, com aquele seu primo que classificou num concurso de sete candidatos pra formação especifica, como se concurso fosse tudo igual, não é.

O cerne da questão é que eles não entendem de concurso, as vezes até são inteligentes e cultos, mas nãos se interessam pelo tópico, outros são burros mesmo, afinal, vivemos num país de iletrados.

O que fazer então?

Eu sigo Marco Aurélio e os ensinamentos estoicos:

“Quando você acordar de manhã, diga a si mesmo: as pessoas com quem lido hoje serão intrometidas, ingratas, arrogantes, desonestas, ciumentas e grosseiras. Eles são assim porque não conseguem distinguir o bem do mal. Mas eu vi a beleza do bem e a feiura do mal, e reconheci que o iníquo tem uma natureza relacionada à minha — não do mesmo sangue ou nascimento, mas da mesma mente, e possuindo uma parte do divino. E assim nenhum deles pode me machucar. Ninguém pode me implicar na feiura. Nem posso sentir raiva do meu parente, ou odiá-lo. Nascemos para trabalhar juntos como pés, mãos e olhos, como as duas fileiras de dentes, superior e inferior. Obstruir um ao outro não é natural. Sentir raiva de alguém, virar as costas para ele: são obstruções”. - Marco Aurélio.

Mas, se ainda assim você tiver tendência a sentir raiva. O melhor mesmo é não comentar o assunto com outras pessoas, pra não precisar se indispor, você pode conversar sobre concursos aqui mesmo ou em outros fóruns online, ou quem sabe no órgão que você já estiver lotado - mas não com todo mundo, nem todo servidor público é concurseiro de carreira.

Ainda hoje me lembro sobre dois parentes conversando sobre um concurso que fiz há uns anos, sem querer eu ouvi um dizer ao outro:

 - Como o Astronauta não passou?! Ele só estuda!

Naquela época eu nem estudava pra concursos, estudava pra faculdade de licenciatura em História, mas este parente, em sua cabeça, achava que dava no mesmo, enfim, o jeito é não se indispor e entender que eles fazem isso muitas vezes sem maldade, mas por ignorância.

Por hoje é só, estou ciente que só abordei um aspecto deste tópico, volto a ele noutra oportunidade.

Abraços e tenham um ótimo dia!


quarta-feira, 30 de março de 2022

Ser puxa-saco ou trabalhar?

Puxar saco ou trabalhar duro, o que pode te fazer alçar maiores voos no ambiente de trabalho?

Bom, não vou linkar aqui, mas num breve google você encontrará estudos sobre o assunto que dizem que funcionários que se esforçam bajulando seus chefes são mais propensos a promoções, relaxar e a ser rudes com os outros.

Mas não precisamos de estudo, não é mesmo? Se você já tem uns anos nas costas de labuta, já deve ter notado isso ao longo de sua carreira profissional.

É diferente no setor público? Acho até que é pior, especialmente na esfera municipal onde políticos e suas politicagens comem soltos. 

Se puxar saco é mais vantajosos, então por que nem todo mundo faz isso? Ora, a resposta é encontrada num fator chave: ética de trabalho. Embora todos possamos fazer um trabalho medíocre e gastar mais energia puxando o saco, muitos de nos são impedidos de fazer issso por razões pessoais, calcadas em ser moral. 

Eu costumava ficar irritado com os puxa sacos e, com o tempo, percebi que eles são alimentados por uma insegurança profundamente enraizada. Afinal, se alguém estivesse realmente confiante em si mesmo, não teria que compensar com bajulação. A verdadeira pessoa confiante trabalha em silêncio e com humilde e só tem espaço para competir com a versão anterior de si mesma.



domingo, 27 de março de 2022

A obsessão do brasileiro médio com o mendigo "transudo"

É o assunto da vez, o mendigo "transudo", um simples caso de adultério foi elevado a centésima potencia por envolver um morador de rua na história. A mulher traí o marido rico e atraente com um mendigo. 

Eu também não escapei desta "notícia", não havia como, todos só falam nisso.

Um primo meu disse que ao entrar no xvideos outro dia, viu o vídeo do marido personal trainer espancando o mendigo na homepage do site que deveria ser focado em saudável entretenimento pornográfico.

A produção de memes disparou e o caso recebeu importância muitíssimo além do que deveria.

Já se fala em um mendigo deputado federal: Mendigo espancado por personal é convidado por 4 partidos a se candidatar. As chances de vitória nas urnas são grandes.

Parece uma piada de mau gosto, mas é apenas o Brasil.

Por que isso? Por que o brasileiro médio está obcecado com uma história tão trivial?

O Brasil é um país continental de duas centenas de milhões de pessoas. Em qualquer população tão grande, sempre haverá muitas pessoas que dizem e fazem coisas tolas e ridículas. Há cem anos, quando os cidadãos recebiam informações principalmente de jornais locais e fofocas pessoais, as expressões de estupidez ou extremismo político tendiam a permanecer... locais. Em meados do século XX, a imprensa evoluiu seu alcança para patamares nacionais, com rádio regional, notícias de TV nacional, notícias de jornais de sindicados e revistas semanais com um público leitor em todo o país, permitindo que declarações ou ações idiotas atingissem rapidamente um público mais amplo. Como o povão tende a gostar de histórias sensacionalistas, elas costumam ser populares. 

Nos dias de hoje, com notícias 24 horas por dia, 7 dias por semana, centenas de jornais e revistas com sites constantemente atualizados e o Facebook como ponto de encontro, fonte de amplificação para aqueles que trabalham para todos esses veículos, temos um dinâmica diferente. Atender ao desejo de histórias ultrajantes é uma maneira de gerar o público necessário para ganhar dinheiro online. Assim, os meios de comunicação têm um incentivo para destacar a declaração mais tola, mais estúpida, mais ridícula e extrema que puderem encontrar e dar atenção a ela – assim como autores, escritores, jornalistas, ativistas e pessoas que simplesmente desejam atenção têm um incentivo para dizer essas coisas para chamar a atenção para si.

Enquanto o pão e o circo rolam, a Economia, a Ucrânia e demais notícias de menor potencial atrativo são ofuscadas pelo mendigo "transudo".


sábado, 26 de fevereiro de 2022

Como escolher uma faculdade para prestar concursos?

Um diploma de faculdade é uma ferramenta formidável para um concurseiro, afinal possibilita que ele faça concursos com menor concorrência do que aquelas surreais notadas em concursos de ens. médio, de modo que muitas vezes acaba sendo mais fácil classificar num concurso de 10k com concorrência peneirada do que num de 3k para ens. médio.

Mas qual faculdade escolher?

Bom, já dei a a dica neste post de, como solução de curto prazo, fazer um tecnólogo para pelo menos desbloquear aqueles concursos que servem qualquer formação superior.

Também já listei a qualidade de certas faculdades para concurso.

Noutro post já indiquei que direito é o melhor diploma que um concurseiro pode ter - mas talvez a solução não seja tão linear assim, como veremos a seguir.

O fato é que decidir qual faculdade cursar é uma escolha que leva em conta fatores muito pessoais e portanto peculiares a cada individuo. 

No entanto, se o seu foco maior é concursos, recomendo, além das dicas dos posts anteriores, ponderar dois fatores e como eles se relacionam entre si.

Estes dois fatores a que tudo se resume na hora de se escolher uma boa faculdade para concursos são os seguintes:

          1- Quantidades de editais ofertados para a área
          2- Quantidade de gente formada na área

Em linhas gerais você quer um curso que tenha muita vaga, mas ao mesmo tempo quer enfrentar popuca concorrência.


Categoria 1
Cursos com muita vaga, porém muita gente formada:

Direito tem muita vaga para concurso, entretanto, a concorrência é quantitativamente alta e qualitativamente alta também, tendo em vista que muitos dos que fazem tal faculdade já a iniciam visando concursos.

Nunca fiz um levantamento a respeito, mas observo que comunicação social é uma área que sempre oferta muitas vagas, só não sei se há muita gente formada nisso... Pedagogia também, estando no mesmo patamar.


Categoria 2
Cursos com muita vaga e pouca gente formada (A ESCOLHA IDEAL!):

Estes são os da melhor categoria.

Cursos como arquivologia quase não tem formados, porém costumam pipocar em editais.


Categoria 3
Cursos com pouca vaga e muita gente formada:

Evidentemente que está é a pior categoria de faculdades para concursos. História por exemplo, é um curso com bastante gente formada, que oferece muito poucos editais - a grande maioria é para professor, os quais nem estou considerando aqui. Se for fazer uma licenciatura e tiver aptidão, recomendo física, química e biologia, que lançam mais editais, inclusive fora da área de educação, e, tem menos gente formada, o que me leva a nossa categoria seguinte...


Categoria 4
Cursos com pouca vaga e pouca gente formada:

Observe que esta categoria não é tão ruim quando a 3, pois embora ocorram poucos editais, a concorrência também é baixa. A maioria dos cursos nesta categoria são da área de exatas.


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Fatores a considerar ao escolher um concurso

 Caros amigos, um concurseiro profissional como este que vos fala não escolhe concursos aleatoriamente para fazer, leva em conta alguns fatores, alguns mais óbvios que outros. Tais fatores, listo e descrevo a seguir, estão em ordem, do mais ao menos importante.

Vamos lá.


1- Aspecto financeiro

Não há o que se discutir, o fator financeiro é o mais importante na hora de se escolher um concurso, em linhas gerais, diz respeito a remuneração líquida de um concurso, benefícios e possibilidades de aumento de ganhos ao longo da carreira, por exemplo, através de progressões, triênios e afins.

Na verdade, este fator financeiro é tão fundamentalmente importante, que se for muito brutal, por exemplo na casa dos 15k líquidos, pode ofuscar completamente todos os outros fatores que listarei a seguir.

Dentro do fator financeiro temos dois subitens importantes:

1.1- Custo de vida

Este aqui é importante e um tanto complexo, 1k vale mais no interior que na capital, onde as coisas são mais caras, mas, como dito, pode ser complexo e não muito óbvio comparar custos diversos entre cidades, nuns lugares, por exemplo, os imóveis são mais em conta, porém gastos com comida são piores.

1.2- Gastos essenciais para alocação (transporte e eventual aluguel)

Às vezes o concurseiro-concursado precisa se ajeitar nas proximidades do novo lugar de trabalho, o gasto com aluguel então pesa e deve, ao meu ver, ser considerado na hora de se calcular o salário liquido, especialmente se o concurseiro não pagar aluguel em sua cidade de origem, outra opção, mais econômica, seria viajar para o local de trabalho, mais fácil de fazer em distâncias pequenas e se o concurseiro for, por exemplo, plantonista, nesse caso também há gastos a se considerar que prejudicam o salário liquido.

Também há os gastos com transporte entre a cidade de trabalho, que não é seu lar, e sua cidade de origem, onde muitas vezes está sua família, isso deve ocorrer quase todos os finais de semana e ser considerado na hora do cálculo do rendimento liquido, embora com grau de importância menor.


2-  Cidade de trabalho

Este fator já é bem menos importante do que o nosso elencado no número 1, especialmente para concurseiros que estejam mais desesperados, mas ainda assim é importante. 

Diz respeito a cidade onde o concurseiro vai trabalhar, geralmente, quanto mais perto de casa, melhor, mas às vezes o concurseiro sempre quis morar em cidade X, e fazer um concurso lá pode ser uma boa oportunidade.

Às vezes ele é da serra, mas deseja morar na praia, às vezes é da praia, mas quer morar na serra. Às vezes é da cidade, mas quer morar no interior, e vice-versa.


3- Carga horária e flexibilidade através da possibilidade de Home Office 

Não muito o que explicar aqui, trabalhar 30 horas é melhor que trabalhar 40, te deixa com mais tempo livre pra estudar ou relaxar, se você preferir.

A possibilidade do Home Office também é um grande atrativo, como no setor público brasileiro as mudanças tendem a ser mais lentas, creio que uma melhor regulamentação do Home Office na maioria dos órgãos ainda caminhará a passos de formiga, sendo assim, órgãos que já oferecem essa possibilidade de cumprir parcela da carga horária via home office são atrativos. O tópico é grande e vai afetar muito (para melhor) a qualidade de vida do trabalhador nos próximos anos, vale um post a parte!


4- O que o concurseiro vai fazer (atribuições do cargo)

Este é apenas o quarto fator mais importante, conheço concurseiros que sequer leem as atribuições do cargo para o qual prestam concursos, focando apenas nos rendimentos e, apenas descobrem o que irão fazer após já nomeados.

Para mim mesmo, tanto faz, eu simplesmente não me importo muito, poderia ganhar para dar aula ou para trabalhar como almoxarife, o mais importante é o salário, este aqui talvez seja apenas um pequeno fator de desempate, coloquemos assim.

Ser servidor burocrático não é o sonho de infância de ninguém e simplesmente eu não me importo com o trabalho, desde que pague bem. Lembrando que isso não significa ser um trabalhador porco, pelo contrário, somos profissionais frios que fazem o serviço e são pagos por isso, lembre-se: um emprego é aquilo que você é pago para fazer, porque ninguém faria de graça.

5- Órgão de trabalho (Ambiente de trabalho)

Já falei do cargo, mas ser assistente administrativo no INSS é diferente de ser assistente administrativo numa escola de educação básica, afinal, apenas no segundo você ouve criançada gritando na hora do recreio. Assim, o órgão de trabalho se faz importante. Alguns órgãos tem, fama de ser ambientes mais saudáveis que outros, onde reina a discórdia e o conflito, mas isso varia muito em polos do mesmo órgão, de modo que a cultura de conflito pode ser muito influenciada pelos trabalhadores da repartição, especialmente pelo chefe da vez.

Geralmente só da pra descobrir quando você já trabalha lá dentro, e não não há muito que considerar neste fator, na hora da escolha. 

Um mesmo órgão tem seus prós e contras, vide universidades federais, geralmente professores universitários são figuras muito arrogantes e você terá que pisar em ovos ao ouvir conversas sobre politica, porém pode conhecer umas universitárias interessantes, se é que me faço entender com estes eufemismos educados.

Um subfator abrangido por este diz respeito a respeitabilidade do órgão pela sociedade, trabalhar na PF, por exemplo, te faz ser visto com bons olhos, por ser uma instituição muito respeitada, mas, apenas um pequenino fator que não pesa muito.

domingo, 2 de janeiro de 2022

Saiu TCE-RJ 2022

No último post eu havia elencado as alternativas de concursos mais atrativas para 2022 no Estado do RJ, TCE-RJ foi uma delas e, vejam só, o edital saiu.

Comentei na ocasião não possuir títulos para ficar mais competitivo na prova de Analista, mas, acabou que sequer há prova de Analista para minha área, há somente vagas para área de TI, excelente formação, diga-se de passagem, não só em concursos, mas como também para atuar no setor privado...

Mas enfim...

Não é lá um problema porque o edital de técnico ainda possui remuneração inicial muito atrativa, claro que um analista tende a ser bem menos concorrido, devido ao fato de que há poucas pessoas com nível superior, mas, se você só tem a possibilidade fazer este de ens. médio, vai esse mesmo.

Quanto a mim, segunda feira, primeiro dia útil do ano, vou ver se já pego estudando, se sentir que tenho condições de ser competitivo, no último dia para efetuar o pagamento, pago a inscrição, no valor de 124 bolsoneros, caso contrário, migro para outro concurso com inscrições abertas, já aproveitando o estudo com matérias basilares no TCE-RJ (direito administrativo, constitucional e português).

Este concurso corresponde a uma oportunidade muito boa, digna até, creio eu, de se encerrar com chave de ouro uma carreira de concurseiro, a partir daí, o concurseiro só faz concursos por esporte e investimentos passam a ser uma opção mais estratégica de enriquecimento a médio prazo.

Grande abraço!



Aquila non capit muscas