domingo, 18 de julho de 2021

O tiozinho vendedor de canetas superfaturadas de porta de concurso

Bom, concursos ainda escassos, embora a pandemia esteja regredindo, PEC 32 se arrastando no Congresso sem muitas novidades... não tenho muito a escrever aqui, e como o blog está as moscas resolvi fazer uma profunda análise de um já folclórico personagem, muito conhecido dos concurseiros: o tiozinho vendedor de canetas de porta de concurso.

Sabe quando você tá la fazendo um concurso e muitas vezes tem alguém despreparado na sala que dispara atônito: "Estou sem caneta!"

O cara foi querer jogar futebol sem ter a bola em mãos. 

Ora, as vezes quem esqueceu a caneta foi você mesmo e isso nem sempre é um sinal determinante de um bucha de canhão, concurseiros experientes e profissionais acabam, por nervosismo esquecendo o mais importante.

Ou até lembram da ferramenta de escrita, mas erram a cor determinada no edital. 

Felizmente há sempre um concorrente bondoso ou um fiscal de prova prestes a salvar a pele do concurseiro descanetadado. 

O seguro morreu de velho, gosto de me garantir e levar ao menos umas três canetas, se precisar ajudar alguém, já teria ao menos uma em mãos.

Mas a ajuda dentro da sala pode não ser sempre uma garantia e, às vezes o candidato lembra que esqueceu a caneta com um lembrete visual, sim, ele, o tiozinho vendedor de canetas de porta de concurso.

Um empreendedor nato, vende canetas superfaturadas na porta dos locais de prova, fazendo assim uma graninha pra gelada do fds.

A garantia de venda de canetas sempre é boa.

Nas grandes cidades, acaba sendo desafiado pelo seu inimigo natural, as gostosas vendedoras de cursinhos preparatórios que distribuem panfletos de seus empregadores, anexados a uma barrinha de cereal e... a uma caneta extra! 

Como vivo no interior, e talvez os cursinhos locais não tenham tanto caixa assim pra essa divulgação, não vejo muitas dessas vendedoras, mas já passei por locais de provas na capital e eu mesmo já fiz uma certa vez, elas estão la, dando canetas de graça e, prejudicando sem querer o empreendimento do tiozinho vendedor de canetas superfaturadas. 

Quando era bem novo, me recordo de esperar meu pai fazer um concurso na porta de uma escola, os candidatos já tinham entrado, faltava menos de um minuto pro fechamento do portão, a rua estava vazia e somente eu e um tiozinho vendedor de canetas estávamos la, quando de repente um retardatário dobra a esquina, suado, correndo, vê o tiozinho, precisa comprar uma caneta, pergunta o preço, o tiozinho cobra três vezes mais, o candidato atrasado faz cara de irritado, mas compra mesmo assim, oferta e demanda na prática, o tiozinho enfiou a mão do bolso do rapaz, e o cara ainda teve que agradecer. O portão então se fecha, nosso herói recolhe seus produtos e vai para casa verificando não haver mais ali possibilidade de lucro.


E você, tem estórias envolvendo este tipo de vendedor de porta de concursos? Não deixe de registrá-la nos comentários, abraços!


4 comentários:

  1. "E você, tem estórias envolvendo este tipo de vendedor de porta de concursos? " se comprei alguma coisa, foi no máximo 1 vez e nem tenho certeza
    infelizmente, tem muito candidato aventureiro

    abs!

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  2. Então os cursos de concursos melhoraram, porque na minha época nem contingente para entregar panfletos tinham.

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    1. Pode ser, PS. Mas aminha evidência anedótica pode não ser representativa da realidade como um todo, vi isso uma ou outra vez, pode não ser tão comum como pensei. Abraços.

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas