quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Ainda vale a pena ser concurseiro em pleno 2020?

Politicos demagogos parece que descobriram um excelente bode expiatório para fazer projetos de lei que visem reduzir gastos públicos: servidores concursados.

Engraçado, que os agentes politicos não parecem assim tão preocupados para restringir e diminuir salários de comissionados, mas isso é assunto para outro post.

A pergunta que me proponho a responder aqui é se ainda vale a pena ser concurseiro com tanta possibilidade de um cenário não muito atrativo no futuro. Teria o tempo das vacas gordas já passado no serviço público?

Trata-se de um exercício de futurologia,  não adianta recorrer aos videntes da vida, o que temos que fazer é analisar a conjuntura atual, olhar tendencias do passado e descobrirmos como poderá ser o futuro.

Eu apostaria que sim, que o futuro ainda é promissor para servidores públicos, portanto a dedicação a uma boa e robusta carreira de concurseiro ainda vale a pena financeiramente. Massss. temos que torcer para o melhor e se preparar para o pior, então tenham em mente que talvez nos, servidores de hoje, não cheguemos ao fim de nossa carreira laboral com a mesma qualidade salarial dos que vieram antes de nos, o mundo é outro. 


Desse modo, horas de estudo ainda valem a pena, no minimo, se você não conseguir um cargo interessante, pelo menos terá adquirido uma carga formidável de novos conhecimentos, a qual poderá utilizar no dia a dia e, inclusive, em empregos na iniciativa privada.

11 comentários:

  1. Eu sou empreendedor, tenho sangue de empreendedor, mas se fosse para me dedicar a concursos eu só se fosse na carreira policial indo para o lado Jurídico. Objetivo seria fazer Direito, passar na PM > Civil > Federal > Delegado > Juiz. Eu acho que é um bom caminho a ser galgado, visto que a área policial sempre tem vagas.

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    1. Isso vai do gosto de cada um, Peão, já eu, não tenho aptidão pra carreira policial, pularia umas escadas aí e faria só pra juiz mesmo, se eu fosse formado em direito.

      Grande abraço.

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  2. Não só concursados, mas comissionados também, só que a mídia não dá tanto foco. Não é natural ter tantos encostados nos setores produtivos, o normal é enxugar mesmo.

    Abraços!

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  3. Quando piora no setor público, pode ter certeza que no privado está bem pior.

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    1. Não sei, o lobby contra efetivos do setor público parece que vai vir forte nos próximos anos, agora vamos ver como será.

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  4. Ainda esta valendo muito apena. Apesar da concorrencia...
    Qualquer emprego publico já é melhor que a maioria dos empregos na IP.

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    1. De fato, conheço gente que ganha razoavelmente bem na iniciativa privada, mas ainda assim trabalha até nos sábados, sem tranquilidade nenhuma. O concurso, pelo menos te da certa tranquilidade, pois geralmente tem uma jornada de trabalho menor, até pra estudar pra outros cargos melhores.

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  5. Legal ver o seu esforço.
    Ainda vale a pena ser concursado em um cargo de alto escalão, sim. Hoje mesmo eu pensei: mesmo se a minha remuneração ficar congelada por 5 ou 10 anos, ainda vou ganhar bem diante da realidade do povo brasileiro. A diferença é muito grande.
    Mas repito algo que me disseram quando entrei no meu órgão: "já foi bem melhor". Houve inúmeros excessos no passado, e nós pagamos a conta por isso perante a sociedade, e hoje não somos bem vistos (por mais que sejamos quadros técnicos e mais bem qualificados). Ser servidor ainda é bom, mas tenha em mente que o melhor ficou no passado (você vai estudar mais, ganhar menos e trabalhar mais que os seus colegas mais antigos de repartição).
    Se fosse recomeçar na vida, eu faria concursos?
    Talvez... Hoje há outras possibilidades muito interessantes, como por exemplo estudar e trabalhar no exterior (com TI ou inteligência artificial, por exemplo), para fugir da violência e dos problemas do Brasil, que infelizmente não terão solução num futuro próximo. Se vc migrar e morar em países desenvolvidos, a renda média dos cidadãos é de 4 vezes a do brasileiro... quem mora num país justo assim só precisa ser mediano na vida, nem precisa estar no 10% mais ricos para ter uma vida digna e confortável (atualmente, pensaria em morar num lugar onde todos tivessem tão boas condições de vida quanto eu, e não num lugar onde me joguem o rótulo de "privilegiado").
    Pense em todas as possibilidades. A vida é muito ampla. Desejo-lhe sucesso. Abs.

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    1. Obrigado pelo incentivo. Obrigado também por partilhar sua experiência pessoal no setor público. Me fez pensar, realmente, infelizmente o servidor público ficou marcado pelo arquétipo de incompetente e preguiçoso, quando na verdade a maioria dos servidores concursados que conheço são excelentes profisisonais e esforçados, vamos trabalhar para mudar essa cultura, essa visão irreal que uma grande parcela da sociedade ainda tem dos servidores públicos.


      Abraços.

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  6. Ser funcionário público é, de qualquer forma, mais interessante do que estar desempregado ou ser vagabundo. A vantagem da competição é que, por um lado, coloca todos em pé de igualdade e, por outro, não exige ser bom de lábia para afirmar suas habilidades. Segundo, o serviço público tem seus lados bons e ruins, assim como o setor privado. É de fato uma questão de caráter. O aventureiro ficará entediado no serviço público, enquanto o psicopata ficará triste por morrer no setor privado. Mesmo entre os pequenos funcionários, encontraremos pessoas que preferem servir a comunidade com uma renda baixa em vez de enriquecer um chefe ou um acionista.

    É também uma questão de condições econômicas: quando a economia está indo bem, os funcionários públicos são tratados como trabalhadores de baixos salários; mas quando fica ruim, eles são chamados de privilegiados. Nos cargos pequenos é que é muito fácil passar na competição, a ponto de não haver vagas por falta de candidatos, principalmente na educação. Então, o que estamos esperando para se tornar uma pessoa privilegiada? Que grandeza de alma ...

    Saiba, no entanto, que não há mais próximo de um escravo do que um servidor. Ele serve exclusivamente ao Poder Público e tudo o que faz pertence ao Estado, com raras exceções. O estado pode puni-lo pelo que ele faz em sua vida privada, mesmo que não seja ilegal. O estado deve dar permissão para um funcionário renunciar. Ele pode nomear onde e quando quiser. Se ele quiser pagar abaixo do salário mínimo, ele pode (ele não nega).
    O serviço público oferece atividades vitais - saúde, educação, segurança, solidariedade - sem fins lucrativos: quando vai mal, todo mundo fica mal. E sem ele, você pagará um preço alto. Você sentirá sua dor em todos os sentidos da palavra. Mas quando isso acontecer, mesmo trabalhando no privado não o salvará. Gostemos ou não, nossa economia, como na maioria dos países, é uma economia mista. Há coisas que o público não pode fazer e coisas que o setor privado não pode gerenciar. Escolher o papel de alguém na sociedade é uma escolha de vida que tem pouco a ver com as “vantagens” deste ou daquele sistema.

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas