quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Os bons e os maus no funcionalismo público

Frequentando diversos redutos da internet sobre o assunto vida de concurseiro, pude constatar em comentários ou em textos mais complexos, uma verdadeira falácia calcada em preconceito sobre os chamados concurseiros, ou seja, indivíduos que passam horas a fio estudando e são fortemente dedicados a passar em concursos públicos cada vez melhores e mais concorridos.

O que se fala sobre esses indivíduos é que seriam futuros parasitas de nosso dinheiro público, sem comprometimento algum para com a(s) estatal(is) onde viriam a trabalhar e só iriam ao trabalho, conquistado após muita luta - para bater cartão e coçar o sac*. Contra evidências não há argumentos, não vou mentir que isso é uma análise justa e eu mesmo defendo uma diminuição do tamanho do Estado, seja em salários, seja na privatização de empresas públicas e de sociedades de economia mista; Os correio mesmo são exemplo de serviço de péssima qualidade, além do que esse ano deram prejuízo ao Estado. Forte candidato a privatização, já estando na mira de Michel Temer.

Em defesa dos concurseiros

Entretanto nem todos os concurseiros caem nessa análise arquétipa feita por muitos, entenda, muitos concurseiros - e eu sou um deles -, justamente por terem se esforçado bastante para conseguirem seu emprego dos sonhos, quando chegam a conquistá-lo não marcam bobeira e se dedicam como podem. O que ocorre é que há sim muitos funcionários ruins em estatais, a maioria não concursados, que receberam seu emprego de mão beijada, ou mesmo alguns concursados anti éticos. Essa minoria infelizmente acaba virando um clichê aos olhos daqueles que observam a situação. E assim a exceção vira a regra.


Concurseiros, muitas das vezes, são indivíduos bastante inteligentes e esforçados - os de sucesso pelo menos - que por alguma razão simplesmente não conseguem no setor privada boas oportunidades e desse modo acabam enxergado no concurso público a única possibilidade de mobilidade social nessa maldita economia brasileira onde reina o apadrinhamento politico, seja no setor público, seja no setor privado.

Por isso cara leitor, meça suas palavras antes de criticar a instituição do concurso público, a qual se encaixa perfeitamente na sociedade brasileira, como uma forma de combate a colocação de imbecis em bons empregos simplesmente porque são parentes ou conhecidos de algum fulaninho.


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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas