sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O Estado me paga para beber café? (post perdido)

Pessoal, sei que muitos dos que caem aqui em "Carreira de concurseiro" ou já são funcionários concursados ou almejam uma vaga na administração pública. Aos que almejam uma vaga e ainda não a atingiram, talvez nunca tenham feito uma análise critica a respeito do tipo de situação que relatarei a seguir, aos que já são funcionários públicos e por um acaso caíram aqui, talvez se percebam vez ou outra em situação análoga ao que ocorreu comigo hoje na prefeitura em que trabalho e que muito possivelmente deve ocorrer com muitos servidores públicos Brasil afora frequentemente.

De modo que hoje eu me vi ao longo de toda a minha jornada laboral sem ter o que fazer, fiquei completamente entediado, implorei pedi aos meus superiores imediatos que me passassem algo para fazer, qualquer coisa, só não queria ficar parado, não teve jeito, na hora de bater o cartão pra ir embora, eu constatei que havia passado oito horas de trabalho sem ter realizado nada produtivo, sendo que preenchi muito do tempo vago bebendo café.


Você pode até rir com o que vou falar aqui, mas a verdade é que eu odeio ficar atoa no expediente! Sei que para muitos parece loucura, mas eu possuo um enorme senso critico relacionado ao fato que eu recebo uma renda do Estado e portanto devo retribuir de algum modo, parece bastante simples, mas por incrível que pareça, nem todos os servidores  públicos pensam assim (muito infelizmente).

Eu trabalhei durante pouco tempo de minha vida na iniciativa privada, entretanto, posso afirmar que me esforçar para obter destaque no trabalho sempre foi uma característica minha, no setor público, meu senso de responsabilidade no serviço é, por mais incrível que isso possa parecer para muitos, ainda maior.

Sinceramente, se um dia como hoje se repetir, ficarei ainda mais desanimado com o meu emprego atual, as vezes penso em pedir exoneração, mas aí tenho receio de não conseguir nada na iniciativa privada, afinal a crise ainda tá pegando - e mesmo que não tivesse, meu currículo não é la grande coisa...


Epilogo

Eu escrevi o texto anterior em 2016, ele estava perdido em meio aos rascunho aqui do "Carreira de concurseiro", acho que nunca o publiquei por uma questão de repetividade, de modo que a ideia central exposta neste texto - algo como um liberal perdido na terra do serviço publico brasileiro - já é um figurinha carimbada, aparecendo brevemente aqui em diversos posts de "Carreira de concurseiro".

A saber, eu até saí deste emprego relatado no texto por ter passado em um concurso mais bem remunerado. Interessante agora notar o quanto eu queria me destacar neste trabalho, mas não percebia que trabalhar em um lugar com uma alta influencia politica como uma prefeitura é muito diferente do que trabalhar em uma empresa privada que reconhece o desempenho de um funcionário, de modo que, na maioria das vezes, na prefeitura  a habilidade técnica do individuo não representa absolutamente nada para a chefia superior - agente politico. 

3 comentários:

  1. kkkkkkkkk

    Post foda e engraçado!

    Meu trabalho é por demanda e depende de inputs fornecidos por outros colegas. Quando eles não fazem o deles, eu simplesmente não tenho nada para fazer.

    Às vezes acontece de eu ficar um dia inteiro sem fazer absolutamente nada, repito, não tem o que fazer, eu não tenho como fazer nada sozinho.

    Aí aproveito para fazer cursos online (já devo ter uns 30 mil cursos kkk), revisar algum trabalho, etc.. Mas fica um marasmo terrível, os colegas levam uma semana inteira para fazer um trabalho que eu faço em 1 dia, foda.

    Se eu animar de voltar aos estudos, terei pelo menos umas 10 horas por semana para estudar durante a jornada de trabalho, com certeza.

    Abraço!

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    1. Fazer oq IC, o jeito é se adaptar e transformar o tempo parado em algo produtivo, o seu caso é ainda pior por depender dos outros. Eu também poderia estudar bastante, fico o dia inteiro sozinho numa sala com ótima estrutura - puta merda, é melhor eu estudar no trabalho do que em casa, rs -. Grande abraço!

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  2. Já estudei muito durante o expediente, numa época em que o serviço estava mais tranquilo. Colocava o material no smartphone e ficava lendo e fazendo resumos em papeis de rascunho (que tem aos montes em qualquer repartição pública), ou ficava fazendo questões no tec concursos, que aí só precisava de papel nas de matemática e raciocínio lógico.
    Depois mudou a chefia, e veio um cara mais motivado que começou a cobrar mais coisas, aí o ritmo aumentou e eu não pude mais estudar... mas ainda reservo o horário do almoço para isso.
    Confesso que essa mudança de chefia trouxe muito mais motivação, porque ter um chefe vagabundo só é legal no começo, depois tudo fica num tédio absurdo, um marasmo que só desmotiva, que nem você mencionou no post.

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas