domingo, 1 de março de 2020

Porque os degraus da carreira de concurseiro nem sempre são óbvios

Há quem, na hora de escolher mudar de emprego considere certos fatores como ambiente de trabalho e sonho de trabalhar em certa função. Eu não, sou um cara mais simples, meu fator singular é salário.

Me chame de mercenário, talvez o seja.

O problema é que, em uma carreira de concurseiro, embora eu seja simples, as coisas são complexas, ainda que consideremos apenas o fator dinheiro na hora de cogitar mudar de cargo.

A coisa nem sempre é clara, não temos sempre certeza de qual cargo é mais vantajoso financeiramente.

Progressões, quando existentes, devem ser comparadas e deve se calcular qual cargo te dará maior renda em x anos.

Gratificações são outros fatores capciosos, devido a sua natureza incerta. Você nunca consegue prever que gratificação ganhará, por qual período. Não saberá se a cultura de gratificações da sua repartição se manterá no futuro, se elas ainda existirão, se serão melhores...

O medo da dor de corno em fazer uma escolha ruim assusta, assusta quando escolhemos entre dois cargos públicos e não sabemos qual será melhor a longo prazo. E não da pra voltar atras, um novo concurso levaria anos, o salário inicial já não compensaria e talvez as condições para novos nomeados sejam diferentes.

Claro que se um cargo paga pelo menos uns 2k a mais que outro, talvez a escolha seja mais simples, mas quando a diferença não é tanta, são diversos fatores para considerar.

O medo de pisar em falso é constante, há uma neblina pela frente e não conseguimos enxergar o futuro, pensamos estar subindo um degrau, mas na verdade estamos descendo.

Nós que seguimos a carreira de concurseiro não temos bola de cristal. Temos a tarefa árdua de as vezes nos depararmos com escolhas difíceis e apenas tentar prever o futuro.



2 comentários:

  1. Fala Astronauta, blz? Minha situação: Trabalho num cargo muito bom, gosto do que faço. Porém de 2014 a 2017 início, eu estudei com afinco para o cargo de auditor fiscal da receita Federal. O salário? Cerca de 50% a mais no início, com boa perspectiva de aumento nos anos seguintes. Queria ir pra lá pelo salário. Porém depois de 3 anos estudando, e depois de muito refletir, decidi ficar onde estou. Há muitas coisas a considerar, realmente. Mas essa é a vida, com suas dúvidas, escolhas, e consequências. Damos graças a Deus por termos um emprego, especialmente quando o desemprego está alto. Bom é poder escolher entre dois cargos. Pior seria não poder escolher nenhum hehe

    Abração e fica com Deus

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    1. Verdade DP, pessoalmente, dou graças a Deus e amo meu cargo atual, não quero que pareça que reclamo de barriga cheia, mas sempre procuro melhorar financeiramente. Na situação que vc descreveu por exemplo, eu trocaria de cargo, pra aumentar renda em 50%, mas... cada pessoa é única e tem suas prioridades, que diferente das minhas, nem sempre são majoritariamente de ordem financeira.

      Grande abraço.

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas