domingo, 31 de maio de 2020

Mudança de comportamento na pandemia

Olho com certa decepção para uma sociedade que muitas vezes ao invés de abraçar a mudança parece preferir se amarrar ao passado, seria medo ou uma nostalgia ingênua?

Fato é que as tecnologias que temos a disposição nos colocam em um mundo muito diferente daquele de dez anos atrás e ainda mais diferente do mundo que cresci, nos anos 1990.

Muitas coisas que necessitavam o deslocamento para serem realizadas in loco, agora podem ser feitas do conforto do sofá.

Infelizmente, muitos de nos preferem fazer atividades in loco, você pode pagar suas contas deitado na cama com o app do banco, mas não, prefere pegar fila na lotérica ou no banco.

Você tem, de casa, acesso a conhecimento vasto ofertado gratuitamente online, mas não, prefere pagar um cursinho para aprender. 

Abrindo um parenteses aqui, nesse nicho de concursos, eu mesmo nunca paguei por um cursinho, sempre estudei por conta de casa, mas este tópico especifico fica para outro post.

Enfim, o ponto é que muitos preferem remar contra a maré, tem facilidades, mas preferem dificultar as coisas.

Outros são forçados a tal, pois trabalham em empresas old scholl que forçam o individuo a cumprir um horário britânico in loco. La mesmo onde trabalho, bato ponto na entrada e na saída, acho que isso é querer ir contra a evolução e acredito até que em minha vida ainda verei legislações que facilitem o home office.

Ademais a burocracia pública também prejudica as atividade remotas, mas apostaria que a adm. pública gradualmente irá se adaptar ao longo dos próximos anos.

Já temos a tecnologia para a mudança, o que falta agora é o aspecto cultural e toda essa resistência.

Creio que a pandemia forçará uma mudança cultural no sentido de muita gente passando a apreciar o trabalho e o aprendizado remoto, além de atividades de entretenimento.

Não vou aqui ficar falando de politica, mas já falando, uma das muitas coisas que me decepcionou no gov. Bolsonaro, foi que, em campanha, o cara havia sinalizado pela facilitação do ensino a distância na educação básica, o problema é que o coitado é tão perdido que uma das coisas que ele imediatamente questionou a paralisação, logo em março, foram as escolas. Ora, este seria o momento completamente oportuno para se incentivar ead na educação básica. 

Mas enfim...

Mas isso é apenas uma hipótese minha e evidentemente uma mudança radical como essa nunca é automática, mas gradual.

Fato é que o que está ao alcance do sofá de muita gente aí já tem mais estrutura e facilidade do que muito escritório dos anos 1990.


Resistir a mudança é querer morar no século passado. 

E você, é do tipo que dorme para sonhar com o passado ou está atento e empolgado com as mudanças?

Um comentário:

  1. o mundo pós 2012 foi só ladeira abaixo, bem como minha vida. Prefiro ser feliz em meus sonhos nostálgicos do que amargar esse futuro distópico.

    Pra cada facilidade/tecnologia dando um passo pra frente, o comportamento humano dá 2 passos pra trás. Redes sociais e smartphone são a maior prova disso.

    Para nós concurseiros e funças infelizmente modernidade é uma faca de dois gumes, pois tudo isso pode também ser utilizado como desculpa para cortar reajustes, auxílios e gratificações, reestruturação de carreiras dificultando progressão, quadros enxutos com menos nomeações e a longo prazo quem sabe até processos seletivos mais "moderninhos" com ampla margem de favorecimentos subjetivos ao invés das "antiquadas" provas escritas. Aquele famoso estudo do Banco Mundial sobre gasto público já mencionava isso, e pelo visto vem sendo a cartilha desse governo e dos próximos, ainda mais com o rombo desse vírus chinês.

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas