domingo, 29 de dezembro de 2019

Parasitas: O caso do homem que não queria trabalhar

Uma coisa que sempre preguei por aqui e espero que a maioria dos servidores efetivos concursados tenha em mente diz respeito ao grau de responsabilidade que nós, enquanto servidores públicos possuímos para entregar a sociedade o serviço que prestamos, o qual é pago com dinheiro público, oriundo de impostos do contribuinte. Aquele mesmo contribuinte que muitas vezes acorda as 6h da manhã com uma marmita debaixo do braço para realizar algum tipo de trabalho braçal sob o sol escaldante do verão de um país tropical.

Desse modo, não devemos deixar barato para aqueles servidores públicos inúteis, meros passivos financeiros para o orçamento público, que acham que tem o direito de nada fazer enquanto são remunerados - muitas vezes gordamente.

São esses parasitas que trazem má fama aos servidores públicos e dão munição a politicos demagogos que queiram cortar salários de servidores. 

"Ah, mas servidores públicos são muito bem remunerados se comparados a média de salários para cargos análogos no setor privado". Nunca entendi bem este tipo de argumento, é claro que os servidores públicos são melhor remunerados que a média do setor privado! Afinal são profissionais de alto nível e é do interesse público ter mão de obra seleta trabalhando no poder público. Faria mais sentido comparar salários com a nata do setor privado... enfim, estou divagando aqui. 

Pensando neste tipo de ser desprezível e já folclórico na cultura tupiniquim, o servidor público parasita, resolvi criar uma nova série de posts aqui, na qual relato casos que conheci pessoalmente sobre servidores públicos que gostam de receber, mas não são muito interessados em retribuir com o serviço devido.

Não sei muito da vida dos outros, portanto alguns casos narrados deixarão muito a calhar no quesito informação prestada, sem mais delongas, vamos ao primeiro post da série:

Alguém sabe qual a profissão do Zé Carioca? Seria ele um desses servidores
públicos parasitas bon vivants, bom, já temos um mascote para esta série.





O caso do homem que não queria trabalhar

Strangemasterson (nome fictício, ninguém se chama Strangemasterson) em seus 30  anos passou para dado concurso público la pelos meados dos anos 2000, quando os certames não eram la tão escassos e disputados como são hoje.

Imediatamente casou com a paixonite de adolescência, posteriormente teve três filhos com a mesma ao longo dos anos seguintes, nos quais estava nomeado em seu emprego público.

Apenas nomeado. Porque após o estágio probatório, o camarada simplesmente não queria trabalhar, faltas, atestados e licenças médicas seriam constantes nos anos pós estágio probatório.

Durante tais anos, vivia na pindaíba, tendo que bancar uma família numerosa com um salário muito ralo, de, cerca de 700 em valores atuais. 

Vivia pedindo dinheiro emprestado, inclusive para meros conhecidos, como este Astronauta concurseiro que aqui escreve, eu literalmente bebi com um cara umas duas vezes e virei amigo de Facebook... alguns destes conhecidos, com pena da família, ajudavam, mal sabiam eles, que se quisesse, Strangemasterson poderia ganhar cerca de 3.5k mensais se não fossem as constantes licenças médicas.

O cara curiosamente, simplesmente não queria ir trabalhar. preferia prejudicar a si mesmo e a sua família ganhando uma renda muitíssimo inferior aquela que poderia auferir. 

Também não investia dinheiro e não estudava para outros concursos, parece que o plano de Strangemasterson era passar a vida vivendo de migalhas.

Mas aí veio o canto do cisne, a cartada final e talvez a mais desprezível de Strangemasterson: um pedido de aposentadoria por invalidez em 2016, com proventos proporcionais ao tempo de serviço, que devem ser ridículos, afinal a aposentadoria era calculada por base no salário base. O rapaz devia ter pouco mais de 40 anos naquele ano.

 "Mas Astronauta concurseiro - o nobre leitor deve indagar com certa razão - você não está sendo duro com Strangemasterson, afinal ele é inválido, deve ter uma doença grave". 

Bom, eu não quero entregar muito do caso, mas adianto que é uma doença muito simples e nem um pouco grave.

A doença mais grave de Strangemasterson, na verdade é outra, uma aversão aguda a trabalho.

Epílogo

Hoje em dia Strangemasterson banca a família numerosa com uma pífia aposentadoria. 



Um comentário:

  1. Tenho nojo desse tipo de gente. Preguiçosa e inútil. Quando vê assim, ainda faz campanha para Lula ou Boulos.

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas