quinta-feira, 5 de abril de 2018

Jogando com suas cartas


"Life is not a matter of holding good cards but of playing a poor-hand well." ~ Robert Louis Stevenson.

Uns dias atrás ouvi um conhecido meu dizer algo que me deixou um tanto pensativo - e levemente irritado até. Como por razões pessoais vocês sabem que não exponho minha identidade por aqui, não posso informar o nome do protagonista de meu post, então o identificarei por dois adjetivos que resumem bem a personalidade e o estilo de vida do mesmo: vamos com "vagabundo cachaceiro". Não me levem a mal os cachaceiros, eu mesmo me considero muito bom de copo - com toda a modéstia a parte. De modo que o segundo adjetivo pode nem sempre ser necessariamente uma critica, exceto quando acompanhado do primeiro adjetivo... Digo, eu não me importo de sair pra beber em alta frequência, desde que não prejudique minha vida acadêmica, profissional, familiar etc. Se bem que nos últimos meses cortei bem a birita... 

... mas, isso é assunto pra outro post, olha só, me deem um teclado na mão e eu começo a divagar, e tem blogueiro com preguiça de manter blog, estes posts de causos pessoais são muito fáceis de se escrever, difícil é escrever posts que precisam de pesquisa... opa, divaguei de novo... vamos ao que me levou a escrever hoje.

O que acontece é que 

um terceiro amigo meu começou uma faculdade de Direito recentemente e tem se mostrado animado com o curso, tanto é que em meio a uma mesa de bar tentou persuadir o vagabundo cachaceiro a entrar no curso de direito. O problema, prontamente apontado pelo Vagabundo Cachaceiro é que ele não tem dinheiro e nem ninguém para pagar pela cara faculdade, bem como não consegue passar num vestibular para faculdades públicas de direito.

Pensando sobre este ocorrido, creio que uma solução para o Vagabundo cachaceiro sair da situação em que se encontra seria entrar em uma faculdade mais fácil de se passar e, posteriormente, com o novo trunfo conquistado conseguir um emprego melhor e assim ter condições de entrar na sua sonhada faculdade de direito. 

Isso é claro é só uma, dentre muitas soluções que ele poderia criar, podem não ser as soluções ideias, mas são as cartas que ele tem para jogar agora enquanto não consegue cartas melhores. Uma faculdade fácil de entrar iria conceder ao sr. vagabundo cachaceiro uma nova carta e a possibilidade de conquistar outras. Na vida deve-se jogar de modo estratégico, sempre atuando com as cartas que se tem em mãos nos momento. Alguns já nascem com os ases, mas os desperdiçam, outros os conquistam no meio do caminho. 


O que não pode é estagnar e achar que você tem que morrer com as cartas que começou, porque isso aqui não é póquer, isso é a vida real e o jogo de cartas a que me refiro é só uma metáfora.

🃏🃁🃋🃍🂽🂡




6 comentários:

  1. Meua migo.. se for parar pra ver as cartas com que eu comecei na mão, e como, mesmo assim, entrei e curso medicina, passando por cima das adversidades..

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    1. É isso aí FA, exemplos como o seu somente provam como há muito mimimi de qm reclama e espera que o sucesso caía do céu. As pessoas começam bem ou mal na vida em diversos aspectos e somente cabe ao individuo se aperfeiçoar cada vez mais. Grande abraço. A propósito tenho q voltar ao seu blog qlr hora, ando sumido de la.

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  2. Tem gente que pra toda solução apresenta um problema.

    Cuidado, pois quando vc estiver tranquilo na vida, seu amigo vagabundo (me recuso a utilizar o termo cachaceiro de maneira pejorativa) vai dizer que você teve sorte e ele, azar.

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    1. kkkkkk "me recuso a utilizar o termo cachaceiro de maneira pejorativa", sensacional CI.

      Pois é, é aquela galera que coloca a culpa no sistema, sendo que este sistema, com tds as suas falhas, ainda é propicio para recompensar o esforço.

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  3. o lendário Pobretão de Vida de Ruim gostava de mencionar essas cartas, embora muitas vezes fosse desculpa pra trazer à tona seus (famosos) vitimismos.

    Mas o que deixa qualquer um PUTO é ver os caras que desperdiçam suas melhores cartas.

    Ainda assim... por mais "vagabundo e cachaceiro" que seja, no fim muitos nem se incomodam tanto com isso, ou melhor, simplesmente renderam-se à Matrix.

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    1. Verdade, lembro de ter lido algo assim no blog dele - que em muitos aspectos era o meu favorito da chamada blogosfera de finanças. Esse ponto também é verdade, nãos ei se estou certo ou errado ao fazer isso, mas quando vejo alguém desperdiçando suas boas oportunidades, não deixod e pensar comigo: putz, se eu fosse esse cara faria tal coisa e estaria bem na vida.

      Abraços.

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas