sexta-feira, 2 de junho de 2017

Lógica curricular: Setor Público vs Setor Privado


Desnecessário dizer, mas o farei mesmo assim, que a lógica de uma carreira profissional no setor público possui demasiadas peculiaridades não encontradas no setor privado.

Deste modo, se você pretender ter sucesso em sua jornada no setor público deve desde já adotar estratégias diversas daquelas utilizadas para se tornar um bom profissional no setor privado. Imagino que isso seja difícil para muitos leitores de "Carreira de concurseiro" que ainda não se libertaram das amarras do setor privado e portanto, acabam tendo que ficar reféns de uma lógica profissional que não se aplica ao setor público.

Amigo leitor, se você por um acaso pretende ser um bom profissional e construir uma carreira no setor privado, saiba que respeito isso, mas devo sublinhar que de minha perspectiva você está dançando a música errada. Fora se formar em medicina, a música que toca na sociedade brasileira de hoje e de ontem é única: trabalhar no setor público. Confesso que eu mesmo já fui um ingênuo sonhador, acreditava que o setor privado brasileiro se pautava na competitividade intelectual, ledo engano, sorte a minha que comecei a me interessar por concursos públicos la pelos meus 23 anos. Hoje tenho 25 e apesar de não estar bem, creio friamente que estou melhor do que estaria se tivesse tentado a sorte no setor privado.

E se um dia você quer ganhar um salário de marajá no setor público, deve seguir alguns preceitos de enriquecimento curricular um tanto divergentes do que seria adequado se sua opção fosse uma carreira de sucesso no setor privado brasileiro.

Vejamos um ponto chave para exemplificar o que quero dizer:

Formação acadêmica


Se sua cabeça ainda funciona na lógica de moldar um ótimo currículo profissional, deve achar que cursar determinado curso superior na Universidade Federal do Rio de Janeiro é melhor do que cursar o mesmo  curso numa uniesquina. Sim, eu sei, o curso da Uniesquina é pago, o da Federal não, mas vamos desconsiderar este fator por um instante. 

Qual a diferença na hora de fazer concurso público se o seu canudo é da Uniesquina ou da Federal? Nenhuma. Ao ler editais de concursos você encontrará redações como:

CARGO: Assessor de Comunicação Social 
REQUISITOS ESPECÍFICOS MÍNIMOS: Curso de Nível Superior em Comunicação Social
Ou seja, em nenhum momento os editais estabelecerão - até porque seriam inconstitucionais se o fizessem - que seu diploma tem de ser de uma faculdade federal.

No que tange a cursos de pós-graduação, mais uma vez, muitos editais, principalmente na área acadêmica, concedem pontos consideráveis a quem tem especialização, mestrado e doutorado. Independente do diploma ser de Uniesquina ou de Federal.

Após o concurso, já trabalhando, muitos cargos públicos concedem gratificações consideráveis a quem tem formação além daquela minima exigida para o cargo. Ou seja, se você tem doutorado e é assistente administrativo numa Universidade federal por exemplo, expandirá bastante o seu salário. Mais uma vez, fod*-se se o curso é federal ou uniesquineiro.

Eu mesmo tenho uma especialização em uma área que não me interessa, mas não há problema, somente quero o diploma para ganhar pontos em futuros concursos, bem como ganhar gratificações, já estando trabalhando. Ano que vem pretendo começar um mestrado em uma área que odeio pela mesma razão.

Se você ainda não iniciou um curso superior, mas pretende fazê-lo para aprimorar suas opções de concurseiro, recomendo dois caminhos possíveis:
  1. Cursar bacharelado em direito: Uma tecla que bati diversas vezes por aqui em "Carreira de concurseiro", afinal, direito é o curso onde encontramos as mais numerosas e algumas das melhores oportunidades em concursos públicos, além de ser uma das matérias mais basilares nos mesmos.
  2. Um curso tecnólogo: Tecnólogo em que? Tanto faz, faça o que for mais acessível pra você. Se não me engano alguns cursos tecnólogos em faculdades particulares não durão mais do que dois anos. Mas e se depois de formado não encontrar nada na área? Não há problema, em sua carreira de concurseiro você muitas vezes se deparará com cargos cuja exigência minima é algo como: "Curso de Nível Superior em qualquer área de formação". Trata-se de uma solução rápida pra você que ainda não tem nível superior mas já pretende fazer concursos para tal, que além de tudo são bem menos quantitativamente concorrido que os de nível fundamental e médio.
E quanto a educação básica: Devo estudar em escolar particular ou pública? 

Me deixem em paz! Eu tenho que ilustrar o post!
Bom, creio que muitos dos leitores deste texto já tenham passado pelo ens. fundamental e médio. Mas muitos tem ou virão a ter filhos, então eu recomendaria estudar em escola pública.

Os números do Enem ou de outros indicadores não mentem, a qualidade nas aulas nas escolas particulares é melhor, porém estudar escolas públicas tem uma vantagem, além da financeira é claro.

Afinal, se você quer seguir a lógica deste texto e cursar determinado curso superior em uma faculdade particular, que por alguma razão é mais acessível para você do que uma pública - é mais perto de sua casa, por exemplo. Saiba que o papai governo federal pode bancar sua formação, mas somente se você concluiu todo o ensino médio em escolar pública!

Além disso, do jeito que a coisa anda e com os malucos da esquerda dominando a cultura brasileira - Lula vem aí - não demora muito para ter estudado escola pública te proporcionar alguma cota em concurso público.

Ta, acho até que não há problemas em cursar o ens. fundamental em escolar particular.



Agora, o ensino médio? As aulas de uma escola pública são sim uma merd*, mas você tem internet para que? O adolescente de hoje pode acessar o xvideos estudar o que bem entender com um computador na mão. Não há nada que uma boa orientação parental com auxilio do Google na tarefa de educar não resolva. A menos que você/ seu filho seja um idiota, aí amigo, não tem nem Google nem escola particular que resolva.

P.S.: Ao longo de minha argumentação desconsiderei que em uma escola pública seu filho pode ter maior contato com elementos culturais degradantes - funk carioca - e más companhias, em contrapartida, nas escolas privadas pode ter contato com patricinhas e playboys, então, acho que fica tudo elas por elas, embora casos específicos devam ser analisados separadamente. 

28 comentários:

  1. Tirando a parte de estudar em escola pública, concordo com tudo.

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  2. Olá, Astronauta!

    Tirando a parte de que ainda estou no setor privado e não estou com vontade de sair dele AINDA, concordo com o post (inclusive com a imagem, é bonitinha hahaha).

    Bom, eu sempre achei que no fim das contas, pra quem deseja prestar um concurso, foda-se de onde veio o diploma, contanto que seja um diploma de verdade. Além do mais, a pessoa pode ter feito um pro uni da vida e ter tido uma bolsa de 100% em uma unisquina qualquer (quase meu caso, mas juro que minha faculdade era uma das boas!) e com certeza essa pessoa terá se graduado muito antes de alguém numa faculdade pública, que vive em greve. Quanto a estudar no ensino médio em escola pública, eu sou favorável também e novamente me uso de exemplo. Estudei em escola pública da 3ª série do fundamental até o sim do ensino médio e não sou nenhuma analfabeta, nem engravidei, nem virei funkeira, nem... você entendeu. É claro que a qualidade de ensino de uma escola pública é inferiro, mas todo mundo tem acesso a internet e os pais sempre podem cobrar. O que meus pais economizaram na escola gastaram em cursos extracurriculares pra mim e valeu a pena. No fim ainda ocnsegui dar uma carteirada de 'hipossuficiência financeira', fiz um vestibular de graça e ganhei a bolsa da faculdade. Onde eu trabalho, vejo uma porrada de adolescente escroto que os pais pagam caro na escola, nos cursos, nas roupas e no fim das contas eles só querem zuar... vale a pena o investimento?

    Escrevi um testamento... sempre me empolgo quando o assunto é educação e ensino.

    Um abraço!

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    1. haha, ta certo Jaque, pelo contrário, seu comentário ta grande, mas ta bem rico em argumentação. Mas é isso aí, desde que o curso seja reconhecido pelo MEC, o que interessa é o canudo, e já que o governo ta dando tanta bolsa integral, melhor ainda. Quanto a esses adolescentes que vc tem contato onde trabalha, o que é fundamental mesmo pro adolescente é boa influência parental, de nd adianta pagar tanto em educação e ser um pai ausente.

      Uma coisa sobre minha educação básica que não relatei no post: Eu estudei uma parcela do ens. médio em escola particular, lembro que sempre propus aos meus pais que me repassassem pelo menos parte do dinheiro da mensalidade e em contrapartida eu ia pruma escola pública - kkk, nunca funcionou.

      Abraços.

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  3. Muito boas suas observações, eu só acrescentaria que é preciso focar somente nisso. Ir para bibliotecas, excluir Facebook, Instagram, WhatsApp e YouTube. Sumir do mundo virtual, pois consome muito tempo com besteira.
    Se a família mais atrapalha do que ajuda, igual a minha, o melhor é passar o maior tempo possível longe deles também.

    Estudei toda minha vida em escola pública, somente a uniesquina que foi paga pelo meu suor. E só posso afirmar o seguinte: Pura perda de tempo. Não se aprende nada na escola, depende de você e somente de você aprender tudo por fora. Na faculdade é a mesma coisa, com a diferença que os professores realmente cobram a matéria, apesar de ter muito cambalacho pra arredondar nota e etc.

    Uniesquina é ruim, mas as federais estão de parabéns!

    http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/estudante-que-cursava-historia-ha-15-anos-e-desligada-da-universidade-federal-do-ap.ghtml

    Viu esse caso? hahaha

    No mais é isso.

    Abraços!

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    1. Olá, PS!

      Em uma palavra: "História". HAHAHAHAHAHAH Certeza que era militante.

      Um abraço!

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    2. Pobre, da uma olhada: https://edj.trf1.jus.br/edj/bitstream/handle/123/228711/Caderno_JUD_AP_2017-05-15_IX_84.pdf?sequence=1

      Procura por:
      11160-10.2016.4.01.3100 AÇÃO ORDINÁRIA

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    3. kkkkk "condeno a pagar 10% da causa". É o mínimo que merece por exigir direitos que nunca teve

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    4. Daqui a pouco ela volta a faculdade para requerer seu antigo trabalho que provavelmente deve ser na UNE.

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    5. "eu só acrescentaria que é preciso focar somente nisso. Ir para bibliotecas, excluir Facebook, Instagram, WhatsApp e YouTube. Sumir do mundo virtual, pois consome muito tempo com besteira."

      Permita-me discordar. Já passei em 5 concursos (atualmente, sou Analista em um Tribunal Superior, salário já beirando os 15k e até o final da década vai bater nos 20k) e nunca precisei desse retiro espiritual que alguns pregam.

      Acho que mais atrapalha que ajuda.

      O ideal é seguir uma rotina mais normal o possível. Por exemplo, eu usava as redes sociais como RECOMPENSA por cumprir um ciclo de estudos.

      Após estudar 50 minutos, eu descanso 10. Faço isso umas 4x por dia de estudo (aos finais de semana, 6 ou 8, fazendo 25 horas líquidas de estudo por semana tranquilamente).

      Nesses 10 minutos de intervalo, eu checo as redes sociais (grupos de estudos no whatsapp, bulsshits e notícias no facebook, fotos dos amigos viajando etc.). Isso dá uma "limpada" na mente, permitindo que retorne aos estudos com a cabeça fresca.

      Mas cada um deve descobrir como funciona pra si. Não existe fórmula mágica.

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  4. Pois é PS, é justamente isso que eu acho, com a internet em mãos, o que falta é o individuo querer estudar.


    Hahaha, sensacional, não tinha conhecimento deste caso.
    Me lembrou até algo que um conhecido me relatou outro dia:O cara se formou numa Universidade Federal e de uns anos pra cá se matriculou em um segundo curso na mesma, até aí td bem, o curioso é que ele me relatou que apenas renova a matricula semestralmente em duas matérias para poder utilizar o restaurante do local, que é bem barato e próximo a casa dele, hahahaha.

    Abração!

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  5. Concordo 100%, é a pura realidade.

    Também recomendaria no ens. médio fazer curso técnico integrado/concomitante. Se um dia tiver no desespero, já pode catar algum concurso nível Médio Técnico, que mesmo com poucas vagas, a concorrência é absurdamente menor que nível médio qualquer como esses de Assistente Administrativo, Tribunais, etc.
    Eu ficava só de bobeira depois do colégio e hoje me arrependo. E meus pais torrando grana com escola particular, que mesmo com ótimas notas nunca me levou a lugar algum.

    Outra coisa que eu já comentei por aqui é que em universidade pública pode demorar muito, além de exigir maior dedicação (salvo exceções de Humanas), ou seja, gasta-se mais tempo e energia para chegar ao mesmo resultado do uniesquineiro. Aulas são pura masturbação mental (QUALQUER ÁREA).

    É engraçado como em cada fase da vida, setor público e privado se alternam como melhor opção:
    Fundamental → Privado; Médio → Público; Faculdade → Privada; Emprego → Público; Aposentadoria → Privado

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    1. Isso aí petisco, 100% de acordo com suas colocações, obrigado por participar. Essa realidade que pessoas como eu, vc, o ps e outros dezenas de internautas já apontaram aqui na blogosfera não é percebida pela maioria da população.

      Abraços!

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  6. Entendo seu raciocínio, mas gostaria, respeitosamente, de expor minha opinião:

    Em primeiro lugar, concurso público não é uma "carreira", mas sim uma "oportunidade".
    Um curso superior não é um "degrau" para se almejar um "cargo público", mas sim uma grande oportunidade de adquirir conhecimento para a vida e, por que não, termos uma profissão.

    Acho que todos devemos ter uma profissão, e "concurseiro" definitivamente não é uma profissão.

    Continuando o raciocínio, por quê não aliar então um curso superior bem feito, numa área em que eu me identifico, com um cargo público?
    Sim, isso é possível. Digo isso porque foi o que eu fiz!

    Quando fiz a faculdade, não fiz com objetivo de ser aprovado em algum concurso, mas sim com o objetivo de obter conhecimento e ter uma "profissão". O cargo público não foi um objetivo, mas sim uma consequência!

    Pense comigo: se eu fizer um curso "mais ou menos" e meu objetivo for "passar em algum concurso", caso isso não ocorra? Sim, isso pode acontecer. Aliás, acontece com a maioria que está nessa "carreira".
    Vou fazer o que? Trabalhar em CallCenter?

    Concluindo: estudei a vida toda em escola pública, do pré ao terceiro ano, depois fiz uma faculdade pública (num tempo que não haviam cotas pra esse ou aquele), estudei bastante e obtive um bom conhecimento, creio eu. Tanto, que pouco tempo depois de formado e trabalhando na iniciativa privada, fiz concursos na minha área de formação e sou, há 5 anos servidor público federal. Detalhe: não estudei um segundo para os dois concursos que passei, fiz isso "apenas" com o conhecimento que obtive na "faculdade" e o conhecimento prático que obtive durante o tempo que ralei na iniciativa privada.

    Então é isso,
    Grande abraço!

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Cara eu te entendo mas o maior problema do teu argumento é que isso não funciona mais. No seu tempo dava pra matar as provas só com o que viu na universidade, mas hoje se alguém fizer isso não fica nem no cadastro de reserva. Eu digo até porque já testei e comparei provas antigonas na minha área e as mais recentes. Pegue concursos dos últimos 4 anos, é quase impossível gabaritar e as notas de corte estão insanas! E cada vez mais exigem Redação e Discursivas. O nível é outro.

      Outra coisa é que não existe isso de "fazer um curso bom" ou "mais ou menos". Se não tiver peixada, vai ficar desempregado independentemente do seu esforço ou formação. Brasil é 3º mundo, não existe demanda por profissões de nível superior, aqui é terra de salário mínimo, vc pode amar a profissão e ser ultra qualificado; o mercado fala mais alto e te joga no CallCenter pois é só lá que tem vaga pra quem não é amigo do rei.

      Pessoalmente gosto da minha área de formação, entrei em universidade federal e me dediquei, não entrei pensando em concurso. Mas a realidade veio sem dó e tudo isso foi em vão pois o sucesso depende muito mais de fatores externos que NÃO se pode controlar (sua família e classe social, aparência física, politicagem, Economia e Governo)

      Vc foi abençoado por ter nascido alguns anos atrás e ter pego épocas de vacas gordas.
      Te desejo bons ganhos como funça federal. Abraços!

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    3. Mano, te entendo também... e concordo com quase todo seu raciocínio!

      Realmente há 5 anos era "menos difícil" passar em um concurso do que hoje. Essa diferença não se dá pelo nível das provas, mas sim pela conjuntura econômica do Bostil e do altíssimo nível de desemprego. Qual a implicação disso? Mais e mais gente se tornando "profissional de concurso".

      De fato, atualmente, nenhuma profissão é garantia de um bom salário (exceto medicina - até agora), mas ainda assim é melhor que se tornar um profissional de concursos e correr o risco desse único "tiro" não acertar o alvo.

      O que eu quero desmistificar é que "concurseiro" não é profissão e não se deve pensar no futuro por essa ótica. Portanto, fazer uma uniesquina, uma federal ou um curso tecnológico não deve ser uma escolha baseada em fazer ou não um concurso no futuro, mas sim no que você almeja agregar de conhecimento e ter como profissão.

      Por fim, digo que é "menos difícil" passar em um concurso "técnico", ou seja, que não seja administrativo, ou relacionado a direito. Existem milhares e milhares de "baixareis em direito" formados em concurseiros se degladiando por essas vagas. Enquanto concursos de áreas específicas geralmente são menos concorridos boa parte das vezes são decididos pelo conhecimento técnico, o que uma faculdade bem feita e conhecimento prático poderão te dar.

      Ainda que hoje seja mais complicado que outrora, ainda é possível! Sobretudo para os concursos de áreas específicas.

      Desejo sorte também e espero que chegue ao seu objetivo!

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    4. Anon, seu raciocínio é em partes perfeito, sim, qm tem aptidão e muito desejo de cursar determinado curso, que fique a vontade, porém o mercado privado no Brasil não é brincadeira, e muitas vezes pretere quem tem Q.I em detrimento de profissionais competentes, portanto tais profissionais acabam encontrando no setor público um meio de escapar a armadilha do setor privado brasileiro.

      Neste texto procurei dar boas dicas a qm qr entrar no setor público, mas não tem nenhum sonho especifico de profissão, pelo que vc escreveu creio que vc tem este desejo por seguir uma profissão especifica, respeito isso, mas não tneho este desejo, inclusive, sou formado em uma área na ql possuo interesse nulo em seguir - licenciado em História - a maior parte das vagas de emprego em História são para atuar na docência na educação básica, é algo que não tenho saco pra fazer e sinceramente, creio que me sinto muito mais completo trabalhando em prefeitura ou em qlr outro cargo q eu vier a ter futuramente.

      Seu caminho de vida é o ideal pra vc, mas não é o ideal pra mim ou pra outros que assim como eu almejam um bom cargo público. O que não é o seu caso, pois, se entendi bem de sua narrativa, seu objetivo de vida era trabalhar naquilo que é formado, independente de ser um emprego publico ou privado e, apenas por acaso vc está num cargo público.

      Petisco, como sempre certeiro no pensamento: "e te joga no CallCenter pois é só lá que tem vaga pra quem não é amigo do rei." >>> sabias palavras.

      Anon,

      "Qual a implicação disso? Mais e mais gente se tornando "profissional de concurso"." >> Sim, mas se a sociedade é assim, eu e outros "concurseiros" apenas jogamos com as regras impostas, não critique o jogador, mas sim o jogo.

      "(...) , é melhor que se tornar um profissional de concursos e correr o risco desse único "tiro" não acertar o alvo" >> Perdoe-me, mas acho que vc perdeu o foco central que prego auqi no blog, afinal, a estratégia q chamo "carreira de concurseiro" é bastante segura, começar por empregos mais básicos no serviço público e ir subindo de nível aos poucos, é um projeto a médio/ longo prazo, porém seguro. E se der errado e o concurseiro sequer conseguir um cargo básico na adm pública? Bom, aí ele estará na mesma estaca que estaria caso não tivesse tentado.

      Sim, os concursos de áreas especificas são "menos difíceis", de acordo.

      Bom, minha replica ficou gigante, rs.

      Abraços Anon e Petisco, obrigado por participarem.

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    5. Achei interessante os dois pontos de vistas, acredito que ambos estejam corretos, o que difere os difere é apenas o que o individuo almeja pra si.

      Boa discussão!

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    6. Sempre estudei em escola pública (interior de um estado subdesenvolvido).

      Nunca sabia no que queria trabalhar, nunca tive sonho algum. Quando as professoras perguntavam em que gostaríamos de trabalhar, ouvia os colegas dizendo: juiz, policial, bombeiro, médico, adévogado, etc.... Eu só queria ganhar dinheiro, pois trabalhava desde os 10 pra ganhar o meu (já vendi picolé, coxinha, fui engraxate, trabalhei em mercado, fiz de tudo).

      E sempre fui um aluno "acima da média".

      Quando fiz o enem, tirei uma nota suficiente pra conseguir bolsa 100% em quase qualquer curso numa faculdade intermediária. Mas não quis.

      Naquele ano, minha irmã (que morava no DF), comentou comigo que saira o concurso da Caixa, pra nível médio. Salário uns R$ 1.500 (o que era muito dinheiro pra minha realidade à época).

      Daí eu pensei: quer dizer que se eu passar nessa prova eu vou ganhar 1,5k, sem precisar agradar a ninguém (afinal, um Zé ninguém do interior do Brasil não pode agradar a ninguém mesmo, no máximo o dono de algum posto ou mercado no qual consiga um emprego)?

      Nesse dia decidi que faria concurso. Meus colegas se matando nas faculdades da vida e eu vim pro DF com o intuito de estudar pra concurso.

      Não passei na Caixa, mas em pouco mais de 6 meses passei em um Ministério, salário de 2k.

      Maravilha. Tava rico, porra!

      Meus colegas fodidos com a vida de universitário cuja família vende os rins pra pagar a mensalidade, eu ganhando mais que eles ganharão mesmo depois de formados.

      Aí segui o script proposto na publicação: fiz um curso tecnólogo em uma uniesquina (Gestão Pública), continuei estudando pra concurso e hoje sou Analista num Tribunal Superior, tenho salário de Médico em início de carreira, com esforço infinitamente inferior (trabalho 7h/dia, feriado a rodo, recesso de 20 dias no final do ano, stress quase zero).

      Pra mim funcionou muito bem. Mas pode não dar certo pra outros, concordo.

      O fato inquestionável é que o fator esforço/retorno na iniciativa privada é desproporcional quando comparado ao serviço público. Isso tá errado, eu sei. E vai mudar algum dia. Até lá, já nadei de braçada demais. Estou acumulando patrimônio pra ter outras opções, caso as coisas se acertem no país e o serviço público deixe de ser essa farra que é.

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    7. Unknown, muitíssimo obrigado por partilhar a sua narrativa, esse é o caminho, ainda chego la, espero que outros visitantes do blog possam ler a sua história e se inspirar a buscar uma vida de altos salários no setor público.

      Um grande abraço!

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  7. Bem, o tema é espinhoso.

    Tentarei começar, hmmm, pelo começo, kkk

    Quanto ao ensino de base: seja a pré-escola, ensino fundamental e médio, sou favorável às escolas particulares, a menos que você tenha muito (MUITO MESMO) tempo disponível para cuidar da educação do seu filho.

    Vejamos que estudei em escola pública e lá sou quase um mártir por haver passado "de primeira" em um concorridíssimo vestibular. Mas sou exceção nesse aspecto. Não sou gênio, mas a média era baixa.
    Comparado com os colegas de cursinho, não sabia nada.

    Em uma boa escola particular (se não for pra pagar uma boa, mantenha na pública) a criança terá outras oportunidades culturais, como viver com pessoas que estão aprendendo outro idioma , fazer experiências em laboratório (que enriquece a experiência de aprendizado), fazer teatro (desinibir-se), entre outras atividades.
    Se você tiver muito tempo, pode deixar a criança numa escola pública e prover isso tudo por vias alternativas, até mesmo gratuitas muitas vezes.

    E se não houver condições, não significa que está criando um perdedor ou que a criança não tem futuro. Mas é fato que a formação "mais ampla" muda a forma como pensamos.

    Enfim,

    Quanto à Universidade.
    Pra PASSAR NO CONCURSO, você realmente pode ter cursado qualquer universidade, desde que válido o diploma.
    Pra EXECER sua profissão de maneira decente, você precisa ESTUDAR em qualquer universidade. Ir à universidade não garante nada e temos profissionais EXCEPCIONAIS formados em universalidades que não são nem um pouco renomadas.
    É fato que estar em um ambiente que estimule o desenvolvimento, é um catalizador, um facilitador. Entretanto, não é determinante.

    O que pode facilitar é para arrumar um "extra", dando aulas, ou coisas assim.

    Apenas por curiosidade, há que se repensar várias coisas: No Brasil, por volta de 2013, tínhamos mais cursos de direito do que no resto do mundo inteiro somado.

    Bem, formar-se em direito abre as portas para certas atividades e concursos, mas pense também no que fará, já que a tendência é manter-se, por um longo tempo, exercendo a mesma atividade num serviço público. Então creio que seja importante refletir a respeito...

    Vale destacar que em áreas fiscais também temos ótimos salários no serviço público.

    Espero não ter escrito de forma muito bagunçada!

    Dá uma passada lá no blog,
    https://funcionariopublicoinvestidor.blogspot.com.br

    Abc

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    1. Ola Funcionário Público Investidor,

      ótimo pensamento quanto ao ensino de base, de acordo. Destaco a linha "Em uma boa escola particular (se não for pra pagar uma boa, mantenha na pública)", realmente, vejo muita escola particular de qualidade vagabunda por aí e não faz sentido algum matricular seu filho nelas.

      no mais, suas colocações são perfeitas, visitarei seu blog, alias já fiquei curioso em conhecê-lo somente pelo alto nível de suas colocações.

      Abraços!!

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  8. Concordo plenamente, inclusive é o que estou iniciando com os meus filhos. Ensino fundamental será em uma escola particular. O médio, pública com cursos extracurriculares. Nível superior uma Unopar ou similar. Vou prepará-los para as carreiras públicas e trilhar a independência financeira.

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  9. Astronauta, não pare com o blog! Se possível, faça mais posts sobre esses concursos pequenos "fora do radar". Me inscrevi no concurso da CREMERJ, mas to cabrero com aquelas matérias específicas (pra mim é tudo redação oficial) e com a descrição da redação (pra mim ta dando margem pra cobrarem um documento oficial ao invés de um texto dissertativo-argumentativo).

    Abraço!

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    1. Fala MIN, há quanto tempo, desculpe, mas é que realmente tenho andado sem tempo, pretendo voltar ao blog dentro de alguns meses.

      Realmente, o peso do conhecimentos especificos é alto de mais pra descuidar.

      Você fará para aux. administrativo? Quanto a Redação oficial estude - naquilo que couber - o manual de redação da presidência: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm.

      Realmente, me parece que os demais pontos de conhecimentos especificos deveriam ter sido abrangidos em redação oficial. Esse conteúdo me pareceu mal redigido... edital amador.

      A redação, sei não, mais uma vez mal feito, mas aí temos que recorrer ao ques estabelece o edital, onde diz que a redação será uma dissertação: "(...) texto dissertativo,
      organizado de forma ordenada e coerente dentro da norma culta, com base em tema dado."


      Estude o que couber de redação oficial e veja pelo lado bom, esses específicos eliminaram do páreo de cara candidatos despreparados que não estudaram.


      Torço muito por vc no CREMERJ, vc é um cara dedicado. Vai dar certo!

      Abraços!

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  10. cara vc morreu ? No Hell de Janeiro não duvido nada. Ou tá só papirando pra um concurso fodalhão? Está estudando pra qual depois do fiasco do TRF?

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    1. kkkk, Fala Anon, nada veio, continuo vivendo (felizmente), to sem tempo mesmo, mas não é nem por conta de concurso não, rs, pretendo voltar ao blog assim q der, la pra Outubro.


      Abraços!

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Nobres leitores, se eu demorar a responder, é porque provavelmente tô fazendo cosplay de eremita e estudando pra concursos.

Aquila non capit muscas